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sábado, 3 de julho de 2010

EVENTOS



Portugal é um país pobre, com poucos recursos - segundo dizem - poucas verbas, vencimentos baixos e vida cultural pouco atractiva. Isto é o que dizem as cabeças pensantes, a inteligentsia cultural deste país. Segundo eles , em Portugal, não há nada para ver, para onde ir aos fins de semana, onde levar as criancinhas nas férias, a não ser á praia. No estrangeiro é que é bom. Nada de mais falso.
O Porto - e já nem falo de Lisboa, que considero acima da média em oferta cultural - oferece todos os dias - seja fim de semana ou dia útil - inúmeros eventos musicais, teatrais, workshops de tudo quanto há, expos de pintura e escultura, inaugurações, instalações, fotografia, bibliotecas,feiras do Livro, sem mencionar sequer os museus que estão abertos para serem visitados a toda a hora.



Só não vai quem não quer, pois em geral estas actividades são de entrada livre ou exigem um bilhete simbólico. Tenho procurado divulgar neste blogue muitas actividades em vários domínios, pois nem sempre os encontramos nos jornais diários, sendo mais visíveis na net no site Porto Lazer, por exemplo.

Não sou muito de encontros sociais,hoje em dia, não vou a muitos eventos, nem gosto de sair a toda a hora. Cada vez mais gosto de estar em casa.

Fui a muitos eventos em Lisboa, nos anos 60s e 70s, fiquei um pouco blasée de óperas, teatros ( o teatro francês no Tivoli era excelente), concertos ( Coliseu,Gulbenkian, Aula Magna, etc)cinemas ( todos filmes franceses, suecos, italianos que apareciam no CCC ( Cineclube Católico) ou nas salas lindas do Monumental, S. Jorge, Império, S. Luis, Estúdio e até no Restelo, salas que já morreram sem deixar rasto. Arranjava bilhetes para tudo através do meu Pai ou de amigas (até consegui ouvir o Charles Aznavour sem pagar bilhete, pois a filha do dono do Monumental era minha colega), da FLUL.Tive uma juventude "intelectual" até dizer basta. Lisboa era um paraíso.

Na província nada havia. Em Chaves ainda se comemorou um 10 de Junho com alguma expressão artística, exposição de Nadir Afonso, artesanato, etc., mas duma maneira geral foram anos perdidos em termos culturais. Ouvia música clássica pela ´radio ou em discos de vinil - que ainda possuo - e estive quase sete anos sem ir ao cinema. TV só um canal a preto e branco. Lia muito. Foi mesmo um deserto total em matéria de eventos sociais. Durante anos, enquanto os filhos cresciam, só via programas infantis na TV e já estava desfazada de tudo o que passava acima de um certo nível cultural. Perdi o hábito de sair à noite e só os concertos da Regie Symphonie - mais tarde Orquestra Nacional do Porto - em S. Bento da Vitória me animavam e relembravam a minha juventude; dava aulas numa Escola Profissional de Música e conhecia bem muitos dos intérpretes dessa orquestra.

Hoje em dia, gosto muito de ver exposições, sobretudo quando não há ninguém...sento-me nas cadeiras e olho para os quadros o tempo que quero. Não há barulho, nem interferencias. Ir a um local às tantas horas, ouvir apresentações de artistas, elogios às obras, beber um Porto, falar , falar, não é comigo.

Prefiro vivenciar a cultura à minha maneira e de preferência a sós comigo própria.Mesmo pintar é uma tarefa solitária. Não sou bicho de mato, mas não me acho compatível com uma agenda cheia de festas, encontros, inaugurações, cursos, vernissages ou outros. Devo perder milhares de oportunidades de conhecer pessoas, de me fazer conhecer ou de entrar na alta roda intelectual. Mas isso não me preocupa nada.
Estou contente com a aposentação, pois libertou-me de horários. Cada vez mais gosto de liberdade e de um pouco de solidão. Enquanto posso usufruir dela.

sábado, 7 de novembro de 2009

Era uma vez

Assim nasceram os blogues. Talvez ninguém saiba bem quem foram os criadores de tal proeza. Como na net, tudo é semi-mágico e acaba por envolver milhões de pessoas e de criar laços.

A história do Blogger



( in : charquinho blogspot)

O Blogger teve início numa pequena empresa em São Francisco chamada Pyra Labs , em Agosto de 1999. Isto aconteceu durante o crescimento súbito das empresas dot-com. Mas não éramos exactamente uma empresa financiada por capital de risco, virada para festas, com jogos de matraquilhos no corredor e cerveja gratuita. (A não ser que fosse cerveja gratuita de outros.)

Éramos três amigos que se sustentavam com aborrecidos projectos da Web para grandes empresas, tentando entrar em grande estilo no cenário da Internet. A nossa intenção original já não tem tanta importância. Mas enquanto perseguíamos esse objectivo, criámos o Blogger, mais ou menos impulsivamente, e pensámos — Hmmm... isto até parece interessante.

O Blogger arrancou como uma empresa de pequenas dimensões, acabando por crescer ao fim de alguns anos. Obtivemos algum dinheiro (mas continuámos uma empresa pequena). Foi então que entrámos em ruptura e ficámos sem dinheiro, o que tornou a nossa pequena aventura menos divertida. Sobrevivemos por pouco, algo despedaçados, mas mantivemos o serviço sempre a funcionar (a maior parte dos dias) e começámos a reconstruir tudo.

As coisas voltaram a correr bem em 2002. Tivemos centenas de milhares de utilizadores, embora ainda sejam poucas pessoas. Foi então que aconteceu algo totalmente inesperado: A Google quis comprar-nos. Sim, essa Google



Gostámos muito do Google . E eles gostaram dos blogues. Então, ficámos receptivos à ideia. E resultou lindamente.

Agora somos uma pequena equipa (ligeiramente maior do que antes) no Google com o objectivo de ajudar as pessoas a exprimirem-se na Web e a organizar as informações do mundo de uma perspectiva pessoal. Tudo isso foi basicamente o nosso objectivo.


É fantástico pensar que três pessoas conseguem fazer girar o mundo inteiro. Isso dá-nos uma ideia do que a nossa mente e o know-how são capazes de criar em prole dum mundo online mais próximo, da solidariedade e porque não, dum prazer diário quase viciante!