sábado, 2 de junho de 2012

Obrigada

Meus amigos e Mano,

Escrevo-vos a todo o vapor do hotelIbis, onde se paga uma libra por uns escassos minutos de reflexao e expressao dos nossos sentimentos. Tivera eu uma libra em ouro e gasta-la-ia a agradecer-vos todo o carinho e amziade que li nestes posts ha minutos. Foi a segunda vez que chorei hoje...a primeira devem calcular quando foi, depois dum susto que durou uma hora. O empregado do Cnetro disse-me que nao havia visitas, nem entradas para ver doentes, pois estav uma pessoa com uma infeccao e eles nao queriam abrir. Ao longe vi a minha Luisa, que ja tinha tudo pronto, mala feita, etc. para vir comigo. Felizmente, acabou por vir um enfermeiro, que nos deu a doc. necessaria para trazer a minha filha e a medicacao necessaria, revelando grande interesse e ternura por ela. Compensou a espera, mas eu fiquei debulhada em lagrimas ao sairdo centro, onde tanta coisa aconteceu ja, desde 2005.
Janeti num belo restaurante italiano onde se come divinalmente , depois de termos estado a despejar o quarto da Luisa , livros,DvDs, roupa, tralha...acumula-se tanta coisa em quase dois anos. Amanha terminamos vamos pra o porto na 2. A viagem e longa e cansativa, mas ha horas que valem bem o esforco.

Bem hajam todos....hoje so tirei umas cinco fotos, o dia esta cinzento e chuvisca ou nao sejam as terras de Sua Majestade em Jubileu!!

Bjinhos a todos e ate a volta

From Leeds with LOVE

Não fazem ideia do que me comove ler estas mensagens que pessoas extraordinárias me escrevem todos os dias. Penso nelas ...e desejo-lhes o mesmo que me desejam a mim...toda a felicidade e Paz neste mundo turbulento que nos deprime tantas vezes.

Crer é poder...na minha óptica ( Lumix!!). Fui buscar a minha Luisa, não me canso de olhar para aquela carinha de menina, sempre de cabeça no vago, à vezes numa outra dimensão. Vai para Leeds, depois de um mês e meio no B Centre

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Rejuvenesci...no Dia da Criança

Sim, comprei uma nova máquina fotográfica - esta para durar mais uns anitos (?) e não tão frágil como a Leica. Tão vaidosa era aquela que se mirou nas águas do lago e enamorou-se da sua imagem....foi minha companheira durante quatro anos....vida curta. merecia mais.



Esta Panasonic Lumix , com lente Leica e outras potencialidades foi mais barata, mas parece-me bastante boa para as minhas ambições. É um pouco pesada, mas só andarei com ela em viagem ou na Foz.

Ainda só experimentei automático, zoom e macro, mas gosto das fotos e talvez esta camara ofereça outras virtualidades, visto ser mais moderna e prática. Para já, pode-se pendurar ao pescoço o que já dá algumas garantias....se cair a um lago, caio eu também!! Depois, tem um zoom poderoso, que ainda não explorei, pois não tive tempo.




Hoje o dia estava acizentado, a prever trovoada e a visibilidade não era a melhor, mas estava morta por experimentar o meu brinquedo e como é o Dia da Criança, achei que tb tinha direito a divertir-me um pouco.
No Botânico tinha havido uma homenagem a Sophia , mas não assisti, quando cheguei já tinha terminado, ainda estavam lá alguns adolescentes, felizes porque, segundo me pareceu, iam dali para a praia. Ainda bem, é tão aborrecido estar dentro duma sala de aula com este tempo quente...e o mar aqui tão perto.

Ficam aqui as experiências que fiz e um poema de Florbela Espanca, dedicado à criança que fui um dia e à Mulher que hoje sou:














Amo as pedras, os astros e o luar
que beija as ervas do atalho escuro,
amo as águas de anil e o doce olhar
dos animais, divinamente puro.


Amo a hera que entende a voz do muro
e dos sapos, o brando tilintar
de cristais que se afagam devagar,
e da minha charneca o rosto duro.


Amo todos os sonhos que se calam
de corações que sentem e não falam,
tudo o que é infinito e pequenino!


Asa que nos protege a todos nós!
soluço imenso, eterno, que é a voz
do nosso grande e mísero Destino!...


FLORBELA ESPANCA

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Há tardes assim

...em que só fazemos aquilo que nos apetece com  vagar e todo o tempo do mundo. Sem pressão, sem dores demasiadas, sem grandes preocupações, com  uns pozinhos de futilidade ou de consumismo, como queiramos chamar-lhe, acompanhados de gente anónima e de gente que nos atende com um sorriso quase conivente no cabeleireiro, no supermercado, na Leitura e até na Zara.

A crise forçou sorrisos aos empregados portugueses, habitualmente fechados e mal dispostos; dá-se-lhes emprego em troca dum sorriso permanente e dum trato user friendly dos clientes.
Dá gosto ser atendido por pessoas simpáticas e que "precisam" de nós para viver. Até aqui, ficava muitas vezes na dúvida se os empregados nas lojas queriam realmente vender alguma coisa ou se estavam mortos por que nós nos pirássemos ( é o termo!). Faziam sorrisos enjoados, diziam " não temos" e quase acrescentavam um " temos pena" doentio.

Hoje passeei-me pelo Cidade do Porto, arranjei o cabelo pois tenho de ir bonita para Leeds e ver a minha filha, não vejo a hora de a abraçar. Comprei uma malinha linda, pequena , só para documentos, dinheiro e pouco mais, não consigo transportar carteiras pesadas hoje em dia. É bom ter coisas novas de vez em quando!
Sentei-me no bar da Livraria Leitura e enquanto bebia um carioca de limão ( a bebida favorita do meu neto quando vem cá a casa!!) e comia um pecaminoso bolo de nóz , folheei o livro de Helena Sacadura Cabral, que é quase um blogue em papel com considerações sobre o que a autora valoriza na vida. Não fiquei interessada em o comprar, embora saiba que é uma pessoa com classe a todos os níveis. Já há muitos livros com cogitações íntimas e na era da Internet, em que tudo isso pode ser transmitido num blogue, num facebook ou twitter, onde é lido por centenas de pessoas, parece-me irrelevante que fique registado para a posteridade. Não censuro que se publiquem, as editoras lá sabem o que é que vende, mas há tantos escritores, poetas e historiadores que não arranjam editores para as suas obras originais e interessantes, que este tipo de livro - há-os às dezenas, neste momento - não me desperta nenhuma vontade de gastar dinheiro para o ler em casa.

Talvez um dia me arrependa de ter escrito isto e resolva publicar este blogue.....mas ainda muita água correrá debaixo da ponte. O livro em questão está no Top dos livros mais vendidos esta semana. As pessoas são curiosas ou bizarras, como diria o Principezinho.

O dia estava soalheiro, quente e radioso mesmo. Vim no autocarro a ouvir uns miudos das escolas a conversar naquela linguagem grosseira que agora se usa. Chocam-me cada vez mais as conversas que oiço casualmente, não há um fio à meada, não é português, é uma algaraviada boçal e sem pinga de humor.

Ontem li um artigo na net que dizia isto, que traduzo do inglês:

Há algo de errado numa sociedade em que as pessoas são incapazes de manter uma conversa com qualidade  cara a cara.

O artigo é todo ele interessante e dá que pensar. As pessoas hoje em dia falam por cabo, por fibra óptica, sem fios, por satélite....mas não olhos nos olhos.
Já ninguém ouve ninguém.. todos falam muito e muito alto.

Relembro com saudades tantas conversas que tive com os meus Pais, com o meu ex- e com os meus filhos durante anos e anos. Fazem-me tanta falta!

Fica aqui a canção maravilhosa dos saudosos Simon & Garfunkel, cuja letra tem muito a ver com o que acabo de escrever.








As minhas casas

Já vivi em 12 casas diferentes desde que nasci.

Da primeira mal me lembro pois tinha 5 anos quando mudámos para a grande. Só me lembro de dormir com mais 3 irmãs no mesmo quarto e das noites serem uma paródia.


Na segunda casa, vivi 20 anos, foi praticamente toda a minha infância e adolescencia. Era um local chique, mas muito afastado de tudo o que eu gostava na altura. Para fazer alguma coisa tinha de apanhar autocarros e à noite só com companhia e boleias. Mas tinha um jardim de sonho.

Adorei a terceira casa em Lisboa para onde mudámos em 1971 apesar de ser acanhada para tantos filhos. Era junto à Gulbenkian, jardim maravilhoso.  No meu quarto só havia duas camas, uma mesinha e um piano...já eu dava aulas no Pedro Nunes e depois no M.Amália... nem tinha onde arrumar os livros.

Depois de casar vivi no Lumiar, num apartamento pequeno, mas cheio de sol com uma varanda maior que os quartos todos. Não tinha vista, mas ficava num local simpático.

A partir de 1975, passei a viver em casas de magistrados, enormes, velhas, geladas , sem graça....mas tentei sempre fazer delas lares e sentia-me bem, apesar do desconforto e do frio. Beiras, Trás os Montes, Minho são regiões belas que me deixaram recordações inolvidáveis.

Quando vim para o Porto não tinha casa nenhuma, vivi um ano na da minha sogra e foi o pior ano da minha vida....como é de calcular..., mas depois mudámo-nos para um apartamento, já com três filhos, em frente à escola onde eu dava aulas. Parecia-me o paraiso, apesar de ser bem modesta...a pouco e pouco conseguimos pô-la decente e sentia-me lá bem, ainda que apertada, sem muito por onde respirar.





Daí fui viver já sozinha  em 2002 para um 8º andar duplex, que comprei entretanto. O apartamento tinha a vista mais ampla do Porto que conheço. Via pores do sol todos os dias, as janelas panorâmicas à noite pareciam de filme e os barcos flutuavam no ar lá muito ao longe. O meu filho mora lá.

Esta é a minha ultima casa, já cá moro há seis
anos. Fico perto dos filhos e netos, é cosy, está-se bem e lá fora há todo este arvoredo maravilhoso que nos faz esquecer a cidade.

Antes de me deitar, abro sempre a janela do quarto e respiro o ar fresco da noite. Não acredito em Deus, mas agradeço-lhe ter tido sempre uma casa a que pude chamar o meu lar.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Hallellujah, Susan Boyle

HALLELLUJAH

É uma palavra que nos eleva.

O som destas vogais e a aliteração l-l-l  fazem-nos lembrar o canto dos pássaros e a nossa alma sente algo de mágico ao pronunciar estes sons.

Muitas vezes cantei o Aleluia de Handel e ainda hoje me emociono ao ouvir os coros na Páscoa a entoá-lo. Hoje porem, não são coros que aqui vos deixo.

É a voz duma pessoa que comoveu o mundo inteiro e ainda hoje me faz chorar ao ouvi-la, não só porque tem uma voz celestial, mas porque teve a coragem de revelar ao mundo que ser belo não é ter um físico invejável e bonito, mas talento e capacidade de enfrentar as audiências para o mostrar.

Nunca falei dela aqui, mas oiço vídeos diversos constantemente e nunca me canso de olhar para a sua expressão simples , que se transfigura e nos transcende.

Susan Boyle, uma voz de sonho:





"Hallelujah"

I've heard there was a secret chord
That David played, and it pleased the Lord
But you don't really care for music, do you?
It goes like this
The fourth, the fifth
The minor fall, the major lift
The baffled king composing Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

Your faith was strong but you needed proof
You saw her bathing on the roof
Her beauty in the moonlight overthrew you
She tied you to a kitchen chair
She broke your throne, and she cut your hair
And from your lips she drew the Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

Baby I have been here before
I know this room, I've walked this floor
I used to live alone before I knew you.

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

domingo, 27 de maio de 2012

PAZ


Não há nada como a Paz.

A ausência de ansiedade, de angústia, de dor...significa Paz.

Hoje sinto-me cheia de esperança, nem vim ao blogue. Dizem que as pessoas felizes não têm história.

O meu neto ganhou o 1º Prémio de Violino num concurso nacional na categoria dele - até aos 9 anos -, tocando um concerto de Vivaldi que podem ouvir aqui.

A minha filha estava alegre, calma e com vontade de gozar a vida - tanta - que tem pela frente.

O meu filho veio jantar comigo na foz. estava uma tarde linda e o jantar excelente. Passámoa aqui o serão em harmonia.

As vezes sinto que não mereço tanto.










Paz

Não há nada como a Paz.

A ausência de ansiedade, de angústia, de dor...significa Paz.

Hoje sinto-me cheia de esperança, nem vim ao blogue.

O meu neto ganhou o 1º Prémio de Violino na categoria dele até aos 9 anos, tocando um concerto de Vivaldi que podem ouvir aqui.

A minha filha estava alegre, calma e com vontade de gozar a vida - tanta - que tem pela frente.

O meu filho veio jantar comigo na foz. estava uma tarde linda e o jantar excelente.

As vezes sinto que não mereço tanto.