sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Por montes e vales- Exposição de Teresa Silva Vieira na Utopia



Já aqui falei várias vezes da Teresa, uma das almas da UTOPIA.
A Teresa não pinta quando está presente nas nossas aulas , ajuda no que pode, traz-nos os materiais, dá umas dicas e é muito, muito carinhosa com todos.

A exposição a óleo da Teresa é simplesmente maravilhosa....leva-nos por esses montes e vales, com um colorido berrante, grande simbiose de tonalidades, meias abstractas, meias figurativas, numa dança da Natureza, que a Teresa nunca se cansa de pintar.

Ficam aqui algumas das suas obras, para quem não puder ver a expo. Ela estará patente ao publico por mais umas semanas.


PARABENS, TERESA! E OBRIGADA!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O "meu" primeiro Óleo



Estarão a perguntar porque é que a palavra meu está entre aspas. É fácil de adivinhar, não fiz este quadro sozinha, houve aqui uma grande ajuda do professor Domingos, que se sentou a frente do cavalete e pintou o que a tela lhe sugeria...tornou-a algo definido, uma paisagem agreste, que me faz lembrar o livro "O Monte dos Vendavais", as terras do Yorkshire onde viveram as irmãs Bronté.

Este é o primeiro quadro a óleo produzido em parte por mim e estou muito feliz pois acho o material fascinante. A mistura das cores é muito diferente do acrílico e como não seca facilmente, pode-se moldar essas cores como queremos.

Obrigada Professor!

O outono aqui tão perto



Pois é, já acabou o verão, este ano, com muito calor sobretudo lá para o interior e sul, que aqui no Porto nunca se sufoca e há sempre a brisa maritima refrescante que nos é oferecida pela nossa localização privilegiada. Chove mais? Dizem que sim, mas esta chuva é benfaseja, os verdes não são castanhos, os rios são caudalosos, há cascatas no Gerês, há cambiantes de luz no céu, o azul não é todo uniforme como as vezes em Lisboa, a ferir os olhos.
Segundo o meu amigo Pedro Freire, a cidade é iluminada pelo reflexo do sol nas pedras graníticas das construções antigas e possui um encanto diferente mais romantico e menos banal.


Em Portugal o Outono começa no calendário antes de se notar na natureza. As árvores da minha rua estão bem verdes ainda e só lá para fins de Novembro, estaremos envolvidos em sinfonias de castanhos, vermelhos e amarelos dourado.
O Jardim Botanico esta semi fechado, andam a preparar uma exposição e a restaurar a casa Andersen, já não era sem tempo. Não tenho ido lá, a ideia de ver máquinas e gruas não é bem aquela que mais aprecio...:)

Hoje vou continuar com a minha experiência de óleo. Só tive uma aula, mas achei interessante pintar com um material que não seca, tem cheiro e cores brilhantes. Vamos a ver se consigo fazer alguma coisa com tantas cores.

Um poema outonal feito numa escola e pinturas, que já ofereci aos meus familiares.

Que o Outono seja belo este ano para todos vós! Calmo e relaxante, sem grande sobressaltos. Para mim vai ser diferente...


AGUARELA DE OUTONO


Âmbar, dourado

E fulvo também!

Matiz de castanho

Lá vem o Outono

Que encanto tamanho...



Na brisa do ar

As folhas ao vento

Quais estrelas cadentes

Aguarela e desejo

São carícias de beijo

No rosto do chão

São húmus, são seiva

Da Mãe Natureza

Em renovação!...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Hoje pintei



(clicar)


Inspirada pelas paisagens maravilhosas que vi do comboio em Inglaterra, apeteceu-me pintar mais uma paisagem. Fi-lo ao som de Bach, que tocava em alto som na minha sala, ao lado da cozinha, onde pinto. Deixo-vos com essa maravilhosa peça.

DIA SEM CARROS



ONDE?

Dantes era o dia em que todos teriam de deixar o carro em casa e andar de transportes publicos. mas penso que já ninguém cumpre, nenhuma cidade aceita este repto.
Não tenho carro, ando de transportes publicos e de taxi, quando não posso andar muito. Não me importo nada de não possuir aquilo que outros não dispensam. ter um carro hoje é uma despesa constante, gastos regulares com a manutenção, acidentes, aborrecimentos e papelada. Por outro lado as cidades são feitas para os carros, os passeios são exíguos, tortos, alterados por causa dos veiculos que estacionam em cima deles, a vida urbana torna-se quase irrespirável.
Ainda agora estou a ver um programa sobre os passeios de Lisboa. Bem feito, com a lista dos obstáculos que os idosos , por exemplo, têm de ultrapassar para se mover. Lembro-me que a minha mãe caiu na avenida Vasco da Gama por causa dum buraco que ela não viu e a partir daí nunca mais quis sair à rua sozinha, tal era o receio de se mover.

Quem me dera viver numa cidade sem carros...a sério. Detesto barulho, odeio as travagens bruscas, a insegurança quando ando com netos, tudo! Até o chiar dos semáforos que oiço aqui da janela.

Viajar de comboio é o meio mais repousante e saboroso que conheço. Não o trocaria por mais nenhum.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ser feliz



A Felicidade é algo tão complexo que não consigo defini-la, nem sequer tento. Limito-me a abraçá-la quando por vezes bate a porta.
Esta foto da minha Luisa de braços abertos junto à sua nova morada H ( de Heaven ( céu) , Haven ( porto de abrigo), quiça de Hope ( esperança), seja lá do que for, dá a medida da sua alegria por estar de novo em Leeds, numa nova vida, com outros voos.

A Felicidade são momentos, sorrisos, actos de amor, palavras, gestos,contemplação, lágrimas e risos, amizade concretizada e sem, duvida, a sensação de dever cumprido.

É o que sinto neste momento, em que o vazio é grande quando me sento aqui no sofá da minha sala e olho em volta. A guitarra do meu filho está silenciosa e a madeira não se ouve. Aqui e acolá os livros, algumas revistas sobre temas esotéricos tão do seu agrado, os earplugs do Ipod, DVDs que ficaram por aqui e acolá, na estante, a foto da minha filha a imitar a do Titanic, de braços abertos na Foz. Nenhum deles está cá. E fazem-me tanta falta!

Mas tudo está bem, como podem ver nas foto já tiradas em Leeds. Filhos felizes é caminho andado para as mães serem felizes. E logo vem os netos....:)

Hoje em dia as comunicações são transmissoras fieis de sentimentos e ajudam muito a matar as saudades.
Os blogues também, enquanto escrevemos, libertamos os nossos fantasmas e estamos convosco.

domingo, 19 de setembro de 2010

Amanha volto para o Porto

Ja deixei a minha filha na sua nova residencia, num quartinho que parece de revista IKEA, muito cosy e alegre, com as coisinhas dela a personalizar um sitio banal. A residencia estava cheia de jovens a entrar com malas e sacos, pais a despedirem-se, jovens a cumprimentarem.se pela primeira vez, um abiente tao agradavel que me pareceu ser o ceu comparado com o isolamento do Porto e das nossas universidades. Aqui todos sao desenraizados, vem de longe da India, da Malasia, da Australia ou aqui da Europa e isso cria amizades e lacos de entreajuda mais fortes.
Vai ser bom para ela estar de novo num grupo de trabalho e ter de estudar, pesquisar a actuar. O Porto estava a ser um modo de morte, nao uma razao de viver. Virei quantas vezes forem precisas, pois gosto desta cidade e sinto.me bem. Fui com os meus filhos ao cinema ver um filme excepcional do Stephen Frears e depois jantar a um restaurante frances. Muito bom....
E agora vou dormir.

Boa noite, meus amigos.