Hoje voltei ao tema num quadrinho mais pequeno, com impasto para dar alguma rugosidade e saliências. Adorava merguhar com óculos e barbatanas quando tinha idade para isso,
Um poema ao mar, sem o qual a vida seria difícil.
Viver na Beira-Mar
Nunca o mar foi tão ávido
quanto a minha boca. Era eu
quem o bebia. Quando o mar
no horizonte desaparecia e a areia férvida
não tinha fim sob as passadas,
e o caos se harmonizava enfim
com a ordem, eu
havia convulsamente
e tão serena bebido o mar.
Fiama Hasse Pais Brandão, in "Três Rostos - Ecos"