Tive de apagar a entrada sobre a origem da palavra NOITE, não porque não achasse graça à descoberta, mas porque o copy paste, me ensarilhou a formatação do blogue e não se percebia nada...
Obrigada ao Paulo pelo esforço em me demonstrar que estava errada ( não fui eu que descobri isto!) e à Graciete pelo seu comentário.
Fica aqui a ária da ópera Flauta Mágica e as duas fotos da NOITE tiradas na Luz no ano passado.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Fim de férias

Já me estava a habituar ao som da guitarra às 4 da manhã, às saídas para a praia da minha filha, que se quer despedir do sol e do mar que não verá tão depressa, aos jantares aqui em frente à TV ( não é pedagógico, pois não???), aos jogos de futebol, aos empréstimos do laptop a toda a hora, às confusões do facebook e dos nomes e entradas, aos silêncios e até à desarrumação da roupa, da casa de banho e cozinha...já estava habituada a ter juventude aqui em casa...
Na 6ª feira, quando voltar de Londres, encontrarei a casa vazia de filhos, os quartos sem alma, o silêncio será doloroso e as saudades grandes.
Nunca se está bem...mas temos de nos habituar a olhar para dentro de nós próprios sem remorsos, tentar viver o nosso mundo, criar a nossa Arte, procurar os nossos amigos reais e do ciberespaço, ver os nossos programas de TV, ouvir a nossa música... sem feedback de espécie nenhuma, sem interrupções, sem vozes nem sorrisos...

O nó na garganta teima em aparecer...e nem a lufa-lufa da mudança depois de amanhã o impede de se manter. Hoje não estou capaz de mais.
Tirei estas fotos anteontem com o meu Ipod. Havia uma poça no chão e o céu espelhava-se nela, assim como o candeeiro e uma árvore. O efeito era lindo...resolvi fotografá-la.
Na minha vida vai chover em breve...mas espero bem que depois apareçam o céu azul, a luz e o resto que me animam e fazem viver.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
The Museum of Everything - O Museu de tudo

Chama-se : The Museum of Everything e está patente ao público no Selfridges, um dos armazéns mais bonitos da Oxford Street, onde passei largas horas no ano de 1971, quando fui preparar a minha tese de licenciatura nessa cidade. Era um espanto e podiamos lá passar umas horas ( no quentinho) a visitar todos os andares, desde a entrada, cheia de acessórios, como agora se chamam aos artigos de beleza, joias,etc. até ao andar de cima com artigos de casa, toalhas de linho irlandês lindíssimas e objectos que nunca víamos em Portugal, descendo depois às secções de roupas com camisolas de malha lambswool, quentinhas e macias. Foi lá que comprei o meu primeiro kilt ( saia escocesa) em 1969, com 23 anos, quando fui num passeio de fim de curso a Londres.
Desde 2009 que o espaço é também usado como um Museu muito especial. Neste museu todos podem expor a sua criação, mesmo que não sejam conhecidos do público.

Num site brasileiro, encontrei esta informação:

“O Museum of Everything apresenta uma ótima oportunidade de merchandising por sua riqueza de imagens e padrões que vêm da arte”, explicou Linda Hewson, diretora criativa da loja. A exposição fica aberta até o dia 25 de outubro.

Estou cheia de vontade de ir ver uma iniciativa deste género,. Já sei que não se pode fotografar, é expressamente proibido, de modo que esta fotos serão as únicas que porei aqui a propósito. Mas com certeza falarei desta experiência que me vai marcar assim como a peça Billy Elliot, para a qual já comprei bilhetes.
Fica aqui um vídeo com música deste musical, da autoria de Elton John.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Os hábitos mudam
Dantes andávamos todos de transportes públicos. O automóvel, quando existia, era para levar as crianças à escola ou para os pais que trabalhavam muito se deslocarem para o local de trabalho.
Os estudantes andavam todos de autocarro em Lisboa.
A minha vida de estudante foi, aparentemente, um desperdício - ou talvez não - pois chegava a passar duas horas nos transportes públicos, muitas vezes à chuva, sem poder ler, pois enjoava, contemplando as ruas mais feias de Lisboa, por onde passava o autocarro 12.
Depois ainda tinha de apanhar o 38, de dois andares, que já seguia por ruas mais chiques. Chegava a casa extenuada à tardinha e só me apetecia dormir.
Quando comecei a dar aulas no Liceu Pedro Nunes, beneficiei de algumas boleias com um amigo do meu irmão, que também andava lá a estudar. Foi uma benesse, pois o liceu era muito fora de mão e tinha de sair as 7.45.
Quando casei, passei a ter de apanhar três transportes para chegar ao Liceu MªAmália - autocarro, metro e autocarro....chegava ao liceu as 8.15 e tinha cinco aulas em perspectiva...mas primeiro tomava um café no Pisca-Pisca, que já não existe, e comia uma madalena, que me sabia pela vida.
Tirei carta, mas nunca cheguei a guiar, tive dois acidentes, era distraída até dizer basta, não tinha jeito nenhum para conduzir e tornava-se perigoso fazê.lo. Foi uma grande lacuna na minha vida, em que experimentei quase tudo.
Parece que agora as pessoas se deram conta de que ter um automóvel sai caríssimo e descobriram que há metro, autocarro e até eléctricos no Porto.
Estão em pânico, como se passar do carro para o omnibus fosse uma degradação humilhante. Deviam ir a Londres
ou a Munique,
onde se vêem executivos vestidos a preceito no metro ou nos Strassenbahnen, eléctricos que percorrem a cidade toda. Ninguém sente vergonha, nem medo. Todos são inteligentes e amigos do ambiente.
Os estudantes andavam todos de autocarro em Lisboa.
A minha vida de estudante foi, aparentemente, um desperdício - ou talvez não - pois chegava a passar duas horas nos transportes públicos, muitas vezes à chuva, sem poder ler, pois enjoava, contemplando as ruas mais feias de Lisboa, por onde passava o autocarro 12.

Quando comecei a dar aulas no Liceu Pedro Nunes, beneficiei de algumas boleias com um amigo do meu irmão, que também andava lá a estudar. Foi uma benesse, pois o liceu era muito fora de mão e tinha de sair as 7.45.
Quando casei, passei a ter de apanhar três transportes para chegar ao Liceu MªAmália - autocarro, metro e autocarro....chegava ao liceu as 8.15 e tinha cinco aulas em perspectiva...mas primeiro tomava um café no Pisca-Pisca, que já não existe, e comia uma madalena, que me sabia pela vida.
Tirei carta, mas nunca cheguei a guiar, tive dois acidentes, era distraída até dizer basta, não tinha jeito nenhum para conduzir e tornava-se perigoso fazê.lo. Foi uma grande lacuna na minha vida, em que experimentei quase tudo.
Parece que agora as pessoas se deram conta de que ter um automóvel sai caríssimo e descobriram que há metro, autocarro e até eléctricos no Porto.



domingo, 4 de setembro de 2011
Fim de tarde
Já em casa, consegui comprar bilhetes para ver um musical fantástico que é o sucesso maior em Londres neste momento: Billy Elliot, cuja história já foi feita em filme.
É a história duma criança , filho dum mineiro nos anos 80, que sonha ser bailarino e não tem nem dinheiro, nem o apoio do Pai viuvo para concretizar o seu sonho. A música é de Elton John e promete, pelo que já ouvi da banda sonora. Comprei os bilhetes online, são caros, mas valem a pena. Todos os musicais que vi lá ou na Broadway eram excepcionais e nunca mais os esqueci.
Arrumações - going down memory lane
Não há nada pior....que passar um domingo cheio de sol a abrir gavetas, onde se guardaram coisas há anos e que contém segredos para lá do imaginável, recordações que estavam abrigadas mesmo no fundo, fotografias amareladas e sem qualquer espécie de interesse actual, cartas, souvenirs, etc. Há quem deite tudo fora....há quem guarde tudo. Sou um meio-termo. Nas arrumações, encontramos algo interessante.
Em tempos, no ano de 1997, escrevi muitos mails a um amigo meu e ele a mim. Imprimi-os, pois eram quase diários dentro duma pasta com elásticos e trouxe-as para aqui em dada altura, pois eram privados
e não queria que ninguém os lesse.
Hoje, passados 14 anos, descobri que o que ali está sou eu há quase 15 anos, numa encruzilhada de vida, sufocando a minha infelicidade no dia-a-dia com os filhos, vivendo como profissional a 100% e, tentando encontrar consolação numa Amizade gratuita, grande, imensa e que nunca terminará.
Como no filme que vi há dias, os anos passam e só vemos bem a realidade e a importância das relações pessoais anos depois, com perspectivas diferentes e olho critico. Reli muito do que escrevi...está lá tudo, a minha ansiedade, os meus sonhos, o meu amor aos filhos, o gosto pelo ensino, pela música....o meu desejo de evasão, a minha restlessness, incapacidade de parar, de ficar, de estagnar.
Em tempos, no ano de 1997, escrevi muitos mails a um amigo meu e ele a mim. Imprimi-os, pois eram quase diários dentro duma pasta com elásticos e trouxe-as para aqui em dada altura, pois eram privados
Como no filme que vi há dias, os anos passam e só vemos bem a realidade e a importância das relações pessoais anos depois, com perspectivas diferentes e olho critico. Reli muito do que escrevi...está lá tudo, a minha ansiedade, os meus sonhos, o meu amor aos filhos, o gosto pelo ensino, pela música....o meu desejo de evasão, a minha restlessness, incapacidade de parar, de ficar, de estagnar.
Se ele ler isto vai-se rir...mas a espuma do tempo já levou quase tudo....
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