Fui ao cinema com os meus netos e o meu filho ver O Mágico, "Belleville Rendez-vous"
O filme prometia, as críticas eram fabulosas, estrelas e mais estrelas, banda desenhada em aguarela, nada de computadores, nada de 3D, história pouco convencional, influência dos filmes franceses dos anos 60.
Então porquê a desilusão?
O filme que se dizia para m/6anos era tudo menos um filme para crianças. Triste, sem ponta de humor, imagens magníficas da Escócia, Paris, Edinburgo, lagos, tudo desenhado por grandes artistas. Uma personagem a imitar o Sr. Hulot de Tati, mudo ou quase, um mágico caído em desgraça que se vê obrigado a deixar Paris e a procurar quem o aprecie noutro país. Pelo meio há um encontro com uma rapariguinha que se afeiçoa a esta criatura porque ele lhe oferece aquilo que ela tanto ambiciona, uns sapatos e um casaco novo. No fim, quando ela já tem um aspecto decente e aceitável, enamora-se por um rapaz mais novo e o nosso mágico, alem de perder os empregos, também perde a companhia. Filme triste, melancólico, com aguarelas lindas, uma história que se desenvolve muito lentamente, com cenas muito parecidas com os filmes de Tati, que concebeu a história em 1956.
Li as críticas e esta do Cine Cartaz do Publico ficou-me na memória:
Não Levem os vossos filhos
Não levem os vossos filhos a ver este filme, principalmente se tiverem 6 anos e não quiserem explicar porque é que há pessoas com cordas no pescoço em cima de cadeiras e pessoas aos tombos com garrafas nas mãos. Não me recordo de uma gargalhada sequer na sala. Houve pessoas a sair a meio. A descrição dos meus filhos foi que o filme é triste. Que o filme é cinzento. Deviam reclassificar o filme, não é para crianças, não é uma comédia. Não questiono a qualidade do filme mas não enganem as pessoas! Não desiludam as crianças!
Publicada a 06-01-2011 por André Ribeiro
Os meus netos estiveram sentados de pedra e cal durante todo o filme. Pelo meio ouvi o mais pequeno que tem 5 anos dizer: "Porque é que eles não falam? Falta muito para acabar, pai? , 'Podemos comer pizza depois do filme?". Não pediram para sair, nem se mostraram especialmente ansiosos o que me surpreendeu. No fim disseram num desabafo: Não percebi nada do filme. Nada! Contei-lhes a história toda.
O Pai sorriu e disse: Apesar de tudo os miudos são artistas, apreciam a Arte.
sábado, 29 de janeiro de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
A Evolução de Darwin
Finalmente a Casa Andresen e o Jardim Botânico vão abrir ao público no dia 1 de Fevereiro para a Inauguração da Exposição sobre as Teorias e a personalidade de Darwin.
Vai aqui um excerto da notícia que só não me enche de alegria por pensar que a Casa Andresen já não é aquela que eu via da minha varanda, foi completamente transformada e Sophia não a reconheceria....
O momento inaugural das celebrações do Centenário da Universidade do Porto vai coincidir com uma viagem única ao encontro de um dos mais importantes e intemporais nomes da Ciência. Assim se lança “A Evolução de Darwin”, título da exposição que estará patente, de 1 de Fevereiro a 17 de Julho de 2011, nos espaços do Jardim Botânico do Porto.
Projectando-se no espaço renovado da Casa Andresen, esta mostra ambiciosa dará a conhecer a vida e obra de Charles Darwin - incluindo a sua viagem à volta do mundo a bordo do HMS Beagle e as evidências que o levaram a postular a revolucionária teoria da evolução das espécies – através da reunião inédita de um conjunto de acervos provenientes da Universidade e de várias outras instituições nacionais e internacionais. O Museu de História Natural da U.Porto, o Museu Nacional de História Natural, o American Museum of Natural History, o Real Jardín Botánico de Madrid ou o Museé de Histoire Naturelle de Paris são apenas algumas das entidades que contribuem para um espólio que tem como foco central o acervo cedido pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Em termos de estrutura, “A Evolução de Darwin” conta-se através de diferentes módulos temáticos nos quais se propõe muito mais do que uma biografia de Darwin. Começando por conhecer o mundo ”Antes de Darwin”, o visitante terá a oportunidade de reviver a “Viagem do Beagle” que inspirou a teoria sobre a Evolução por Selecção Natural, tida como uma das mais importantes conquistas da história da ciência. De “regresso” a Londres, poder-se-á acompanhar o debate gerado junto da comunidade científica pelo lançamento de “A Origem das Espécies" (1859), ponto central de um legado que se projecta até à actualidade. Por fim, haverá ainda tempo para conhecer a ligação de Darwin a Portugal, recordada através da primeira edição da tradução portuguesa de “A Origem das Espécies” pela portuense livraria “Lello”.
De modo a evidenciar a importância científica de Darwin e o seu contributo para a expansão do conhecimento evolução e biodiversidade, a mostra inclui ainda uma área de animais vivos nas estufas do Jardim Botânico. Entrando num universo povoado por tartarugas, suricatas, pombos, araras, macacos entre outros animais, o visitante poderá conhecer diferentes exemplos de selecção natural apresentados por Darwin.
Comissariada por José Feijó (U.Lisboa/Fundação Gulbenkian) e Nuno Ferrand (Universidade do Porto), a exposição “A evolução de Darwin” estará aberta ao público de terça a sexta-feira, das 10 às 18 horas; e ao fim-de-semana das 10 às 19 horas. O preço de entrada é de 4 euros (adultos) estando previsto descontos para vários grupos. Está ainda prevista a realização de visitas guiadas destinadas às Escolas e ao Público em geral.
Vai aqui um excerto da notícia que só não me enche de alegria por pensar que a Casa Andresen já não é aquela que eu via da minha varanda, foi completamente transformada e Sophia não a reconheceria....
O momento inaugural das celebrações do Centenário da Universidade do Porto vai coincidir com uma viagem única ao encontro de um dos mais importantes e intemporais nomes da Ciência. Assim se lança “A Evolução de Darwin”, título da exposição que estará patente, de 1 de Fevereiro a 17 de Julho de 2011, nos espaços do Jardim Botânico do Porto.
Projectando-se no espaço renovado da Casa Andresen, esta mostra ambiciosa dará a conhecer a vida e obra de Charles Darwin - incluindo a sua viagem à volta do mundo a bordo do HMS Beagle e as evidências que o levaram a postular a revolucionária teoria da evolução das espécies – através da reunião inédita de um conjunto de acervos provenientes da Universidade e de várias outras instituições nacionais e internacionais. O Museu de História Natural da U.Porto, o Museu Nacional de História Natural, o American Museum of Natural History, o Real Jardín Botánico de Madrid ou o Museé de Histoire Naturelle de Paris são apenas algumas das entidades que contribuem para um espólio que tem como foco central o acervo cedido pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Em termos de estrutura, “A Evolução de Darwin” conta-se através de diferentes módulos temáticos nos quais se propõe muito mais do que uma biografia de Darwin. Começando por conhecer o mundo ”Antes de Darwin”, o visitante terá a oportunidade de reviver a “Viagem do Beagle” que inspirou a teoria sobre a Evolução por Selecção Natural, tida como uma das mais importantes conquistas da história da ciência. De “regresso” a Londres, poder-se-á acompanhar o debate gerado junto da comunidade científica pelo lançamento de “A Origem das Espécies" (1859), ponto central de um legado que se projecta até à actualidade. Por fim, haverá ainda tempo para conhecer a ligação de Darwin a Portugal, recordada através da primeira edição da tradução portuguesa de “A Origem das Espécies” pela portuense livraria “Lello”.
De modo a evidenciar a importância científica de Darwin e o seu contributo para a expansão do conhecimento evolução e biodiversidade, a mostra inclui ainda uma área de animais vivos nas estufas do Jardim Botânico. Entrando num universo povoado por tartarugas, suricatas, pombos, araras, macacos entre outros animais, o visitante poderá conhecer diferentes exemplos de selecção natural apresentados por Darwin.
Comissariada por José Feijó (U.Lisboa/Fundação Gulbenkian) e Nuno Ferrand (Universidade do Porto), a exposição “A evolução de Darwin” estará aberta ao público de terça a sexta-feira, das 10 às 18 horas; e ao fim-de-semana das 10 às 19 horas. O preço de entrada é de 4 euros (adultos) estando previsto descontos para vários grupos. Está ainda prevista a realização de visitas guiadas destinadas às Escolas e ao Público em geral.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
60.000 visitas
Não sei como agradecer a todos os que valorizaram este blogue de tal modo que , se um dia, eu tiver de o deixar, vai ser por um motivo muito forte ou porque perdeu a razão de existencia.
Esta pintura que fiz há um ano é uma imagem de tudo o que aqui aconteceu. Este blogue nasceu na penumbra,timidamente, foi lançando ramos e raízes até alcançar o ar livre, o céu , e o infinito. E não se sabe que mais poderá acontecer...
Esta pintura que fiz há um ano é uma imagem de tudo o que aqui aconteceu. Este blogue nasceu na penumbra,timidamente, foi lançando ramos e raízes até alcançar o ar livre, o céu , e o infinito. E não se sabe que mais poderá acontecer...
YES, WE CAN
São quase tres da manhã.
Oiço Barack Obama e o seu discurso sobre o Estado da Nação.
Republicanos e Democratas estão sentados em lugares arbitrários, lado a lado, sem diferenciação. Aplaudem todos, levantam-se para aplaudir. Obama autocritica-se e pede sugestões. Propôe novas reformas e exige comprometimento de todos. Fala claro, enérgico, mas com uma humildade que sempre me fascina. Pede aos pais que convençam os seus filhos a serem professores porque a nação precisa deles. Quer recompensar os professores pelos progressos na educação Louva-os.
Cá é o contrário. Tudo é imposto e ninguém se compromete porque não confia.
I wish I were American!
Oiço Barack Obama e o seu discurso sobre o Estado da Nação.
Republicanos e Democratas estão sentados em lugares arbitrários, lado a lado, sem diferenciação. Aplaudem todos, levantam-se para aplaudir. Obama autocritica-se e pede sugestões. Propôe novas reformas e exige comprometimento de todos. Fala claro, enérgico, mas com uma humildade que sempre me fascina. Pede aos pais que convençam os seus filhos a serem professores porque a nação precisa deles. Quer recompensar os professores pelos progressos na educação Louva-os.
Cá é o contrário. Tudo é imposto e ninguém se compromete porque não confia.
I wish I were American!
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Os Dales
Ontem comecei a fazer um quadrinho inspirado por uma foto dos Dales, região no norte da Inglaterra, onde se desenrolava a célebre série da ITV "Veterinário de Província" baseada nos livros de James Herriot, sendo ele próprio o retratado.
Quando fui a York pela primeira vez em 1993, fiquei encantada com as lojas de artigos típicos da região, casacos de lã feitos à mão, camisolas de tweed, casacos castanhos de fazenda grossa, chapéus, cachecois, tudo a lembrar a série. Trouxe para o meu ex- um casaco que ele usou durante anos e que morreu de velho, depois de levar cotoveleiras e ser cosido várias vezes.
Toda aquela região dos Dales é verde, dum verde amarelado mais ou menos discreto conforme lhe dá o sol ou passam nuvens. Salpicados na paisagem vêem-se rebanhos minúsculos que quase parecem malmequeres brancos de tão pequeninos na imensidão verde. É uma região lindíssima, que inspira paz e serenidade, cheia de pubs, quintas com cercas baixinhas com portões, por onde se pode passar livremente. A minha filha mora a uma hora deste paraíso, só é pena nenhuma de nós conduzir, temos de ir de comboio ou de camioneta para ver os locais.
Hoje acabei o quadrinho há pouco. Está a secar...faz-me bem olhar para ele.
Quando fui a York pela primeira vez em 1993, fiquei encantada com as lojas de artigos típicos da região, casacos de lã feitos à mão, camisolas de tweed, casacos castanhos de fazenda grossa, chapéus, cachecois, tudo a lembrar a série. Trouxe para o meu ex- um casaco que ele usou durante anos e que morreu de velho, depois de levar cotoveleiras e ser cosido várias vezes.
Toda aquela região dos Dales é verde, dum verde amarelado mais ou menos discreto conforme lhe dá o sol ou passam nuvens. Salpicados na paisagem vêem-se rebanhos minúsculos que quase parecem malmequeres brancos de tão pequeninos na imensidão verde. É uma região lindíssima, que inspira paz e serenidade, cheia de pubs, quintas com cercas baixinhas com portões, por onde se pode passar livremente. A minha filha mora a uma hora deste paraíso, só é pena nenhuma de nós conduzir, temos de ir de comboio ou de camioneta para ver os locais.
Hoje acabei o quadrinho há pouco. Está a secar...faz-me bem olhar para ele.
domingo, 23 de janeiro de 2011
O PORTO QUE EU (LISBOETA) VEJO TODOS OS DIAS
Enquanto ouvia os resultados das eleições e sentia um desinteresse total pelos comentários dos media, resolvi compilar um vídeo com 50 fotos do Porto, a preto e branco, que tirei de 2009 a 2011. Juntei-lhe música de Wim Mertens que tenho no meu I'Tunes. Penso que dará uma ideia da beleza e romantismo desta cidade. Poderia fazer outro diferente, há mil e um locais que não fotografei. Oxalá gostem!
Vejam o vídeo em ecran total porque vale a pena!
Boa semana!
Vejam o vídeo em ecran total porque vale a pena!
Boa semana!
Domingo a cores
Ao vivo e a cores, como se diz na TV....Aqui está o quadrinho que acabei ontem e que é mesmo pequenino como os outros - as telas só custam 1 euro e 50 no chinês:))
Gosto dos quatro juntos, fazem-me recordar as 4 estações do ano...Vivaldi....passeios nos campos verdejantes do Yorkshire ou nos Dales, os arredores de Chaves, os pinheiros da Sertã, onde passei anos da minha vida noutra encarnação (!!!)
E aqui vai O Outono De Vivaldi para vos animar neste Domingo de Eleições :(. O vídeo é todo animação de Ferenc Cakó, feita na areia. Muito curioso e, na minha opinião, genial. Que me dera desenhar assim....
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