sábado, 20 de março de 2010

DIA MUNDIAL DA ÁRVORE

É um dos dias que mais amo no calendário anual.

Aqui vai a minha homenagem a esses seres sem os quais o mundo seria um deserto...




Colagem de tres quadros "Bétulas"
(Pastel de óleo s/papel)

Revisitar Van Gogh



hoje na P2 do Público vem um artigo super-interessante sobre uma exposição de pintura e relíquias de VAN GOGH na Royal Academy of Arts em Londres.

Infelizmente, vou a Inglaterra , mas não paro em Londres, se não não perderia tal evento.

Fica aqui uma parte do artigo para quem estiver interessado:

Van Gogh

Auto-retrato do artista em construção
São 65 pinturas, 30 desenhos e 35 cartas raramente vistas. Uma vasta exposição que se propõe revelar O Verdadeiro Van Gogh, além da loucura e da orelha cortada. E quem era o verdadeiro Van Gogh? Um autodidacta que se entregou à arte para chegar aos outros: trabalho, trabalho, trabalho. Talvez a arte tenha sido a sua saúde. Em Londres, até 18 de Abril. Por Alexandra Lucas Coelho, em Londres


No Verão de 1880, um jovem holandês, mas não tão jovem assim, decidiu tornar-se artista. Apenas dez anos depois, no Verão de 1890, deu um tiro no peito. Fizera mais de 800 pinturas e 1200 desenhos, mas quase ninguém se interessou por ele.

Hoje visto como o fundador da arte moderna, Vincent Van Gogh morreu a achar que era um fracasso.

A sua imagem popular é a do génio louco, aquele que antes de se suicidar já tinha cortado a orelha, incapaz de controlar os seus actos (epiléptico, esquizofrénico, maníaco-depressivo, envenenado pelo metal das tintas? - não se sabe ao certo).

Agora, a Royal Academy of Arts, em Londres, propõe revelar O Verdadeiro Van Gogh com 65 pinturas, 30 desenhos e 35 cartas raramente vistas.

Uma vasta exposição baseada no trabalho sobre a correspondência do artista feito por um trio do Museu Van Gogh de Amesterdão, Leo Jansen, Hans Luijten e Nienke Bakker.

Durante 15 anos, estes peritos prepararam uma monumental edição anotada, incluindo reproduções das cartas originais, muitas delas com desenhos.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Estilo cubista

Esta semana comecei este quadro, que não me agrada muito, talvez por ser demasiado geométrico. É difícil dizer que ele não apela aos meus instintos, atrai-me, mas não me diz muito aos sentimentos.e eu sou uma sentimental...:)

Ponho-o aqui para não pensarem que só mostro as obras de que gosto ou que são muito emocionais...

Podem criticá-lo livremente....é saudável.



Labirinto- Acrílico sobre tela, 2010

DIA DO PAI - 19 de Março



"Não me cabe conceber nenhuma necessidade tão importante durante a infância de uma pessoa que a necessidade de sentir-se protegido por um pai." (Sigmund Freud).


Não sei se Freud tinha razão, se não, mas cada vez mais, sinto que a presença e intervenção do Pai na vida dos filhos é vital para o seu equilíbrio e bem estar. Tenho um caso na família em que o Pai faleceu em África quando as filhas tinham 2 anos e 8 meses, respectivamente, e foram educadas apenas pela Mãe, e bem, mas são casos excepcionais e muito difíceis de lidar sem ajuda dos familiares e amigos.

Esta ideia moderna de que os casais se devem separar para libertar os filhos de discussões traumatizantes ou de possíveis ambientes adversos é um pau de dois gumes, se os pais não compreenderem que em primeiro lugar está a felicidade, o bem estar e o equilíbrio dos filhos. O jogo de ping-pong entre casais é terrível para os adolescentes, sobretudo, que bem conheço da Escola.

Separei-me já os meus filhos eram bem adultos e , embora, talvez o devesse ter feito mais cedo, fui eu a lesada, não eles, creio eu.

Os pais modernos são muito mais carinhosos e presentes dos que os antigos. Sobretudo estão mais próximos e substituem as mães muitas vezes, quando elas trabalham.....adoro ver pais a passear com os meninos, nos parques, na praia, a andar de bicicleta na Foz, etc., onde tirei estas fotos.

UM FELIZ DIA DO PAI!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Evocação a Eugénio de Andrade





Sessão de evocação a EUGÉNIO DE ANDRADE

17/03/2010



A Árvore, o escultor José Rodrigues e o editor José da Cruz Santos promovem mais uma evocação do poeta de As Mãos e os Frutos, no dia 20 de Março de 2010, às 16h00, na sede da Cooperativa Árvore.


José Viale Moutinho irá falar dos poemas Elegia da Águas Negras para Che Guevara e outros epitáfios, que serão lidos pelo actor Júlio Cardoso.

Estará exposta a edição de Chuva sobre o rosto, poemas de Eugénio de Andrade à mãe, com vinte desenhos de Jorge Pinheiro.


No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.

Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.

Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,
E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!

Olha - queres ouvir-me? -
Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;

Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;

Ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio do laranjal...

Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.


Eugénio de Andrade



Acrílico s/ tela- 2009

segunda-feira, 15 de março de 2010

Chegou a Primavera


Acrílico s/ tela- 2009
Não sei se deram por isso, mas já se sente no ar um cheiro diferente, que ainda não é inebriante, mas que já se torna mais doce e agradável do que o odor acre das folhas húmidas. Pelas minhas ruas, há árvores e árvores cheias de flores, muito frágeis e vulneráveis ao vento. As petalas espalham-se pelos passeios, atapetando-os de rosa e branco. O sol brilha ainda a medo e no horizonte surgem, porventura, algumas nuvens de chumbo. Os dias, esses dão-se ao luxo de se estender umas horas mais, oferecendo ás crianças a alegria de poder ainda brincar lá fora depois do colégio, escola e infantário.... uau! já se pode patinar, correr, andar de bicicleta, skate ou simplesmente passear nos jardins. É bom ver o sol a despedir-se cada vez mais tarde para lá do mar...see you tomorrow!

Acrílico sobre tela 2008

Vai aqui a música cliché de Vivaldi, que nos surpreende sempre pela vivacidade dos seus violinos...