Já vos falei várias vezes neste site maravilhoso que é o WOOPHY ( World of Photography), local que me foi recomendado por uma amiga do meu primeiro atelier, a Paleta, em 2008. Desde então já fiz o upload de quase 2000 fotografias, todas tiradas por mim em várias ocasiões, viagens, encontros, passeios pela cidade, férias ou, simplesmente, em casa. Também participo nos concursos que eles promovem todos os meses e aprendo imenso com os comentários e perspectivas de outros fotógrafos amadores.
Na Wikipedia encontrei esta informação sobre o site em questão:
Woophy is a photo sharing website and an online community Where members put their photos on a world map . Founded in 2005 by Joris van Hoytema, Hoyte van Hoytema Geenevasen and Marcel, the site has over 36,500 members and contains around 815,600 photos from just under 41,000 cities and villages in the world. Most of the pictures are uploaded from surroundings, buildings, nature and problems in the world. Woophy also has an active forum where photographers discuss their photos in a critical way.
É muito pouca info para o manancial de virtudes que o site oferece. Uma delas é a relação que se estabelece entre membros desta comunidade, que ao fim de um mês já se conhecem, escrevem em particular, trocam fotos, impressões sobre o site, amizade, elogios simpáticos e até convites para encontros em Portugal e no estrangeiro. Já se organizaram dois encontros em Portugal, um em Aveiro, em 2009 e outro no Porto em 2010. O próximo será nos dias 16-17 de Abril em Faro. Conto lá estar, já marquei viagem para mim e filha na Ryanair e quarto no hotel Faro, onde ficará grande parte dos 40 participantes. Do programa constará um passeio de barco pela Ria Formosa e jantar num restaurante típico de Faro e ainda safaris fotográficos em Olhão e nas praias vizinhas. Estou ansiosa por encontrar os amigos, um dos quais, vem da Argentina, uma das "sumidades" do Woophy, que muito admiro. Este ano por coincidência vou reencontrar um primo meu - a mãe dele é segunda prima da minha - que já no ano passado esteve no Porto, mas que eu ignorava que fosse meu primo. Só este ano através da minha irmã, ficámos a saber quem éramos. Quando deixei Lisboa teria ele uns sete anos. Vai ser engraçado.
Uma das consolações que tenho quando um dos meus computadores vai à vida, o que já aconteceu, perdendo todas as fotos que tinha armazenadas, é de voltar a encontrar grande parte deles no meu amigo Woophy. É fantástico ter assim um baú de recordações que não está dependente das birras tecnológicas dos meus objectos pessoais.
Um dos participantes do Encontro de Aveiro, Paulo Calafate, fez no ano passado um vídeo com fotografias que eu tinha tirado - como fez com outros amigos - e postou-o no Youtube. Aqui fica para verem o ambiente em que se vive esta aventura woophiana, em que qualquer um pode participar, desde que goste de fotografia.
Dizem que amanhã a Lua estará grande, maior do que o habitual, com um tamanho nunca visto nos últimos 18 anos. Parece que o nosso satélite resolveu aproximar-se mais de nós, como que a tentar enxergar-nos melhor.
Hoje esteve um dia límpido e sem núvens, espero que amanhã haja luar.
Aqui na cidade só dou pela Lua quando estou na Foz ou as vezes da varanda por detrás das árvores. Os meus netos adoram ver a Lua durante o dia e já lhes ensinei que a Lua é mentirosa e que os quartos crescentes e minguantes são em forma de D e C. Não que isso seja importante, mas gosto de conversar com eles de coisas que aprendi quando era criança e nunca mais esqueci.
Os luares mais belos que vi até hoje foram sempre junto ao mar, na Praia da Luz , onde passo férias. No ano passado tive a sorte de apanhar a Lua Cheia em Junho e tirei fotos lindíssimas, uma das quais voltei a pôr hoje no blogue.
A acompanhar aqui fica a sonata mais popular de Beethoven, mas desta feita o terceiro andamento tocado por um dos mais jovens e geniais pianistas da actualidade: Evgeny Kissin.
A todos os que lêem este blogue, é com grande prazer que informo sobre a minha futura exposição no ESPAÇO VIVACIDADE em Abril próximo.
Um agradecimento à Adelaide, Pedro e Helda, que mantém aquele espaço sempre activo e aliciante; um "obrigada do coração" ao meu irmão Mário que fez dum dia para o outro um poema inspirado no quadro acima; outro obrigada a todos os que me incentivaram a pintar, desde que em 2008 me aposentei e a vida parecia um pouco vazia.
Hoje fui ao Cidade do Porto fazer as minhas compras da quinzena. Faço-as no Froiz, pois trazem-me tudo a casa daí a umas horas, sem pagar nem mais um tostão e sem se estragar nadinha. Tudo vem tal qual até à minha cozinha e eu venho de mãos vazias, o que é excelente para quem se desloca de autocarro ou anda a pé. Fui a ouvir Música Antiga de que cada vez gosto mais. É repousante, é alegre, é íntima, é nostálgica e lembra-me o tempo das cortes, das belas donzelas apaixonadas e dos amantes sempre prontos para o duelo.
À vinda desci, como sempre na paragem que fica pouco antes do Botânico e atravessei a ruela que liga à Faculdade de Ciências, ao Departamento onde o meu filho dantes trabalhava, antes de se mudar para a FEUP. Gosto muito daquela ruela, que me lembra mesmo as de Sintra, ladeada de muros altos e cheios de musgo e histórias para contar. Quantos jovens já por ali passaram, cheios de esperança, ilusões ou tristezas. As árvores altíssimas olham-nos sobranceiras, com o sorriso de quem já viveu tudo e tudo sonhou.
Ao passar em frente do portão do Jardim botanico que faz esquina com essa ruela, veio-me de relance aos olhos uma imagem rosa, tão cheia de cor e tão forte, que parei instantaneamente para contemplar. Quase não se via o chão. Estava juncado de pétalas lindas, aveludadas, suaves, meigas, que ali cairam esta noite e permaneceram à espera da noiva que um dia por lá há-de passar.
Aqui ficam a foto tirada com o meu I'touch e um excerto magnífico do filme Tous les Matins du Monde, um dos mais belos filmes de época que jamais vi. Vão dedicados a todas as donzelas românticas, como a que eu fui outrora.
Hoje fui ver a Exposição. Fui com o meu ex- depois dum almoço a três numa churrascaria da Rua da Saudade. Estava a chover e não tinha chapéu de chuva, de modo que a boleia soube-me bem:)
Não há muito a dizer da expo, era mesmo só para ver...as fotografias tiradas no local expressam bem a beleza duma amostra destas. Junto um poema descoberto no blogue Poesia e Paixão e um vídeo ao vivo dum concerto no Royal Albert Hall, em Londres, com a mais célebre ária da ópera "A Dama das Camélias" - Traviata - de Verdi Brindo como os cantores à Beleza, às Flores e ao Amor!
Quem é essa mulher que passa,
Qual ramalhete de flores vermelhas e aveludadas
Em laçarotes negros de cetim
E a fragrância de sua inebriante existência
Me prende por instantes os sentidos...
Que guerreira é essa,
Que o tempo não lhe rouba o arco,
Não empresta vigor, não vende coragem,
Não barganha contra si própria
A determinação de amar e ser amada,
Como "Carmem", sem temor, nem pudor...
...
Que canção é essa composta
À luz da liberdade de estrelas,
Que faz da força do sol sua melodia
E da beleza da lua, sua harmonia...
Ouço um coro de fadas que,
Neste caminho de celebração à vida,
Espargem pétalas de flores vermelhas e aveludadas
E num rompante festivo e majestoso
As vozes celebram:
"Esta é a Camélia Vermelha,
De todas as fadas,
De todas as flores,
De todas as damas!"
Eloise Barreira
Saí da exposição com os olhos cheios de cor e de luz, mas o cenário mais belo estava cá fora, à chuva, à minha espera....