Fui ver há dias o filme com o meu filho que é louco por musicais.
Vimo-lo na sala VIP, que é um luxo, mas só pagámos um bilhete, o meu foi de graça por causa dum cartão que tenho.
Bem instalados, o filme soube-nos bem, é leve, tem humor, a música é excelente, o Daniel Day Lewis o que diríamos em gíria adolescente "bué de giro" e actor excepcional, com uma performance irrepreensível, Penelope Cruz e Marion Cotillard acompanham-no bem. O filme tem um toque felliniano, com flashbacks a preto e branco em que o menino Fellini dá os seus primeiros passos na sexualidade e na sua relação com a Mãe, uma Sophia Loren, que parece sempre jovem...apesar das rugas.
Deixo-vos aqui com a canção mais espectacular do filme : Be Italian. Infelizmente não há versão da dança completa no Youtube, só parcial.
SARAGHINA:
Spoken:
So you little Italian devils, you want to know about love?
Saraghina will tell you. If you want to make a woman happy, you lie on what you’re born with, because it is in your blood.
Be Italian
Be Italian
take a chance and try to steal a fiery kiss
be Italian
be Italian
when you hold me don’t just hold me but hold this
please be gentle, sentimental
go ahead and try to give my cheek a pat
but be daring and uncaring
when you pinch me try to pinch me where there’s fat
HA!
be a singer be a lover
pick the flower now before the chance is past
be Italian
be Italian
live today as if it may become your last!
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Fotografia a duas cores
Há dois dias que estava sem PC.
Foi a arranjar e no processo desapareceram todas as fotos que tinha nas "minhas imagens", excepto umas quantas que tinha gravado para uma pen e uns CDs. Enfim...o que me vale é que tenho mais de mil fotos nos ficheiros do Woophy e a pouco e pouco vou tentar recuperar as melhores.
Ao passar as fotos para o Picasa, reparei como algumas fotos a preto/ azul/ amarelo e branco são lindas. São só duas cores, mas o efeito é magnífico, sobretudo se há bastante preto a contrastar.
Vão aqui algumas:
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
KO COMPUTER
O meu PC vai para a oficina hoje....não o vou ter durante um ou dois dias....e como não tenho mais nenhum, o blogue vai ficar em standby.
Há muito que queria apresentar aqui uma banda inglesa excepcional, que conheço já há uns anos. Chama-se Sparks. Eis uma das canções mais hilariantes que conheço ( e verdadeira!)
A letra é dum humor imperdível, assim como o vídeo
I married myself
I'm very happy together
I married myself
I'm very happy together
I married myself
I'm very happy together
Long, long walks on the beach, lovely times
I married myself, I'm very happy together
Candlelight dinners home, lovely times
This time it's gonna last, this time it's gonna last
Forever, forever, forever
I married myself
I'm very happy together
I married myself
I'm very happy together
This time it's gonna last, this time it's gonna last
Forever, forever, forever
This time it's gonna last, this time it's gonna last
Forever, forever, forever
I married myself
I'm very happy together
Long, long walks on the beach, lovely times
I married myself, I'm very happy together
Candlelight dinners home, lovely times
This time it's gonna last, this time it's gonna last
Forever, forever, forever
This time it's gonna last, this time it's gonna last
Forever, forever, forever
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
PORTO - cidade linda
Andava à procura de fotografias do Porto para eventualmente pintar a cidade em tela. Há tantas fotos desta cidade e são todas tão lindas que fiquei extasiada diante do ecran, sem ter a coragem de acreditar que é possível imitar ou sequer criar algo tão belo quanto a realidade.
Resolvi pôr aqui uma dessas fotos que , por sinal, está num sítio turístico sobre o Porto. Quem tirou esta foto deve tê-la na parede da sua casa e olhar para ela todos os dias...é impossível desfitar o olhar.
Resolvi pôr aqui uma dessas fotos que , por sinal, está num sítio turístico sobre o Porto. Quem tirou esta foto deve tê-la na parede da sua casa e olhar para ela todos os dias...é impossível desfitar o olhar.
domingo, 17 de janeiro de 2010
Tinta a transbordar
Tenho tantas tintas que elas transbordam das telas....foi esta a ideia que presidiu à criação dum novo quadro.
"Estás a mentir", diria o meu neto, com um sorriso....ou "Estás a ser irónica", como já disse uma vez à Mãe, quando ela comentou que tinha três filhos rapazes e que "era uma alegria".
Gravei há tempos uma fotografia de que gostei bastante, em que se usava o photoshop para conseguir um efeito especial. Resolvi transformá-la numa tela. Não sei se o efeito é o mesmo, mas que ficou especial, lá isso ficou!!
E como não sei fazer poemas, transcrevo aqui um longo, mas belo de Fernanda de Castro:
Não fora o mar,
e eu seria feliz na minha rua,
neste primeiro andar da minha casa
a ver, de dia, o sol, de noite a lua,
calada, quieta, sem um golpe de asa.
Não fora o mar,
e seriam contados os meus passos,
tantos para viver, para morrer,
tantos os movimentos dos meus braços,
pequena angústia, pequeno prazer.
Não fora o mar,
e os seus sonhos seriam sem violência
como irisadas bolas de sabão,
efémero cristal, branca aparência,
e o resto — pingos de água em minha mão.
Não fora o mar,
e este cruel desejo de aventura
seria vaga música ao sol pôr
nem sequer brasa viva, queimadura,
pouco mais que o perfume duma flor.
Não fora o mar
e o longo apelo, o canto da sereia,
apenas ilusão, miragem,
breve canção, passo breve na areia,
desejo balbuciante de viagem.
Não fora o mar
e, resignada, em vez de olhar os astros
tudo o que é alto, inacessível, fundo,
cimos, castelos, torres, nuvens, mastros,
iria de olhos baixos pelo mundo.
Não fora o mar
e o meu canto seria flor e mel,
asa de borboleta, rouxinol,
e não rude halali, garra cruel,
Águia Real que desafia o sol.
Não fora o mar
e este potro selvagem, sem arção,
crinas ao vento, com arreio,
meu altivo, indomável coração,
Não fora o mar
e comeria à mão,
não fora o mar
e aceitaria o freio.
Fernanda de Castro, in "Trinta e Nove Poemas"
"Estás a mentir", diria o meu neto, com um sorriso....ou "Estás a ser irónica", como já disse uma vez à Mãe, quando ela comentou que tinha três filhos rapazes e que "era uma alegria".
Gravei há tempos uma fotografia de que gostei bastante, em que se usava o photoshop para conseguir um efeito especial. Resolvi transformá-la numa tela. Não sei se o efeito é o mesmo, mas que ficou especial, lá isso ficou!!
E como não sei fazer poemas, transcrevo aqui um longo, mas belo de Fernanda de Castro:
Não fora o mar,
e eu seria feliz na minha rua,
neste primeiro andar da minha casa
a ver, de dia, o sol, de noite a lua,
calada, quieta, sem um golpe de asa.
Não fora o mar,
e seriam contados os meus passos,
tantos para viver, para morrer,
tantos os movimentos dos meus braços,
pequena angústia, pequeno prazer.
Não fora o mar,
e os seus sonhos seriam sem violência
como irisadas bolas de sabão,
efémero cristal, branca aparência,
e o resto — pingos de água em minha mão.
Não fora o mar,
e este cruel desejo de aventura
seria vaga música ao sol pôr
nem sequer brasa viva, queimadura,
pouco mais que o perfume duma flor.
Não fora o mar
e o longo apelo, o canto da sereia,
apenas ilusão, miragem,
breve canção, passo breve na areia,
desejo balbuciante de viagem.
Não fora o mar
e, resignada, em vez de olhar os astros
tudo o que é alto, inacessível, fundo,
cimos, castelos, torres, nuvens, mastros,
iria de olhos baixos pelo mundo.
Não fora o mar
e o meu canto seria flor e mel,
asa de borboleta, rouxinol,
e não rude halali, garra cruel,
Águia Real que desafia o sol.
Não fora o mar
e este potro selvagem, sem arção,
crinas ao vento, com arreio,
meu altivo, indomável coração,
Não fora o mar
e comeria à mão,
não fora o mar
e aceitaria o freio.
Fernanda de Castro, in "Trinta e Nove Poemas"
Tempo criativo
O filme de ontem inspirou-me. Haverá algo mais repousante do que ver um filme da BBC, em que a língua é pronunciada e quase declamada num tom suave, os cenários são a natureza na sua perfeição máxima, há alfazema nos campos e borboletas nos ares, ternura e paixão numa mistura harmoniosa, drama e choro que nos fazem doer, mas que... sabem bem?
Fiz o quadro de cima ainda emocionalmente afectada pela história curta de um dos maiores poetas ingleses: John Keats. A cozinha estava escura e as cores são quase subentendidas, que não escolhidas pela vista.
Hoje voltei á bétulas...e fiz este quadro a partir duma foto muito bonita e manipulada. É diferente, embora parecido com os outros três.
Espero que gostem.
Subscrever:
Mensagens (Atom)