Catarse no botânico

Gosto imenso de chuva...sobretudo quando estou em uníssono com ela.


 Os poetas petrarquianos identificavam-se com a natureza e buscavam nela lenitivo para as suas paixões e amores. 

Hoje fui eu que tentei encontrar neste espaço, a que tenho o privilégio de chamar quase meu, um consolo para o desânimo , as saudades e a ausência de respostas.

O jardim estava vazio. Só vi dois parzinhos muito envolvidos e felizes. Tomei um chá no restaurante japonês e comi um scone. Ando sem vontade de comer. Penso e repenso sobre o mesmo tema e a minha escala emocional vai do dó ao si, num turbilhão de desejo e desespero.

Tirei fotografias com o meu Ipod, que não é muito bom e ouvi musica clássica para me distrair.

 O Jardim estava belo, embora eu o visse desolado. Todas as flores choravam como eu, as gotinhas a tremelicar com a brisa. O céu ameaçava chuva, mas ficou pelo ameaço. Só as rosas
cheias de   viço se erguiam altaneiras, ostentando o seu esplendor....lembrei-me do Principezinho e da sua rosa petulante, a quem nada servia.
A água é uma benesse e torna tudo muito mais vivo, mais cheiroso, mais luxuriante. É uma benção do céu.  Até chorar faz bem à alma...

Waiting for the miracle

Tinha iniciado estes quadrinhos antes de ir a Inglaterra...algo premonitório na minha mente.
Hoje acabei-os, precisava de pintar, de fazer algo que me distraísse, algo de criativo. No fundo continuo lá, não vim para o Porto, não estou cá, o meu coração, os meus desejos, as minhas esperanças e preces estão ali naquele local, onde a minha filha recupera.

Falei com ela...está muito melhor e sente-se feliz...é a minha filha, meiga, calma e tão bonita por dentro.
Fiquei em Paz.

Aqui estão os quadrinhos. Chamei-lhes Quadros primaveris. As nuvens ameaçam chuva, mas há luz no horizonte.

A pintura como catarse

Tinha iniciado estes quadrinhos antes de ir a Inglaterra...algo premonitório na minha mente.
Hoje acabei-os, precisava de pintar, de fazer algo que me distraísse, algo de criativo. No fundo continuo lá, não vim para o Porto, não estou cá, o meu coração, os meus desejos, as minhas esperanças e preces estão ali naquele local, onde a minha filha recupera.

Falei com ela...está muito melhor e sente-se feliz...é a minha filha, meiga, calma e tão bonita por dentro.
Fiquei em Paz.

Aqui estão os quadrinhos:

Ausente...mas presente

Tenho estado ausente por motivos de força maior. Neste momento escrevo-vos de Leeds. A Primavera aqui está a esplendorosa, mas o motivo que me forçou a vir não dá para grandes fotos.

É assim, nem tudo é Luz, nem Oiro.

Voltarei quando tiver coragem para vos dizer algo positivo.

Para já ficam as imagens da Primavera neste país agri-doce.