sábado, 8 de agosto de 2009
mil visitantes
em poucos dias chegámos aos 1000 vistantes. Obrigada!
Espero que este seja um local de convívio coma ARTE e com a BELEZA.
Um abraço amigo
o célebre MIT
Este é o conhecido STATA CENTER, o Massachusetts Intitute of Technology, onde se faz grande parte da investigação sobre tecnologias no planeta.
"This is the Stata building, a Frank Gehry designed edifice that provides a wide range of student services. It is as daring as it gets, with angles, primary colors, metal, glass"
Moro aqui bem perto a 2 estações de metro e o edifício é realmente magnifico, por dentro e por fora.
Fica aqui um link para quem estiver interessado em saber mais sobre o tema.
www.web.mit.edu/
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
De novo em Boston
No ano passado tive a sorte de estar aqui por duas vezese vi uma parte da cidade. Este ano estou instalada num pequeno B&B em pleno Harvard. O campus é enorme e cheio de animação, dia e noite. O João, meu filho, cheio de trabalho , os meninos uns amores, hoje foram para a escolinha americana, mas às 4 vou estar com eles até a noite, espero. Vai aqui uma foto que tirei num arranha ceus, no ano passado, que é tb um museu e shopping centre.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Meeting WOOPHY em Aveiro
O meeting, organizado pela Teresa Soares, o Miguel Oliveira e o Paulo Calafate foi uma alegria para os olhos e para o coração e nem a chuva, que insistiu em cair durante o passeio de moiliceiros, conseguiu estragar o momento. É claro que todos iam munidos de máquinas das mais sofisticadas às mais simples e tiraram-se centenas de fotos.
Vários vídeos foram feitos a partir das fotos. Quero agradecer aqui publicamente ao meu amigo Paulo Calafate, que apresentou este video com fotos tiradas por mim e o colocou no YOUTUBE sem eu saber. A musica foi escolhida por ele e as fotos também. Não posso ver este vídeo sem sentir grande emoção. Um grande abraço ao Paulo.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Regina Gouveia
A Regina foi minha colega na Escola Carolina Michaelis e, embora ela leccionasse Física-Química e eu Inglês, a nossa vivência da escola e sobretudo, a nossa carolice e motivação - muito antes desta era socrática - aproximou-nos.
O feitio dela não era muito parecido com o meu. Ela era muito mais interveniente e eu mantinha quase sempre low profile. Ainda me lembro de Conselhos Pedagógicos em que a Regina estava do contra e falava tão depressa que ninguém compreendia o que ela dizia. Mas tinha razão:)
A Regina tem costela transmontana e isso nota-se muito nela. Vivi dois anos em Chaves e sei como eles são, raçudos, inteligentes e sensíveis, pessoas diferentes. Sempre achei extraordinário o seu jeito de mãos, fazia camisolas e casacos lindíssimos em lãs diversas e andava sempre com cachecois, pois tremia de frio nos laboratórios de Física. As joias simples que usava - e que se podem ver na foto acima - eram feitas de objectos que encontrava, conchas, pedaços de pedra, que ela moldava e tornava uma obra unica.
Ficámos amigas. Pura empatia, eu que não tinha muitas amigas na escola, ela que era mais popular, muito admirada, mas bastante reservada. Descobrimos, há dias, que ambas nos aposentámos um pouco pelas mesmas razões - ela com 39 anos de ensino e 22 de orientação de estágio, eu com 37 e 16 de orientação. A Regina, porém, está muitos furos acima, tirou um Mestrado em Educação, trabalhou na Universidade do Porto e recebeu vários prémios, um dos quais o Prémio Rómulo de Carvalho, professor que, por coincidência, o foi do meu irmão Mário no Pedro Nunes e meu colega durante o ano de estágio e, alem do mais, o grande Poeta António Gedeão.
A Regina começou a pintar num atelier, como eu. Mas também publica livros e faz poemas para adultos e para crianças, que eu não faço, nem nunca fiz.
Daí eu querer prestar-lhe esta pequena homenagem, num blogue dedicado às artes divulgando alguns dos seus poemas. Não consegui fazer o upload das pinturas que ela me mandou em word, mas em breve o farei.
Aqui estão:
Silêncio branco
Nos enredos da memória, por entre o silêncio branco,
vão desfilando sombras de mil vozes e penumbras de mil cores,
as palavras não ditas e as reditas, a luz que o orvalho dispersou,
os murmúrios do mar e os sussurros do vento,
o reverso do tempo que eu tento aprisionar
no búzio que a maré aqui deixou.
Andante
Em Agosto, o sol rubro ao poente
antecipando um dia muito quente
e o alegre canto da cigarra
que a morna brisa acalentava,
faziam o poema.
Em Novembro, as cores outonais
das folhas, bailarinas surreais
que caídas no fim do seu tempo
bailavam ao sabor do vento,
faziam o poema.
Em Dezembro, o crepitar da lareira
e o manto branco na ladeira,
emprestando um ar de fantasia
a um natal pleno de magia,
faziam o poema.
Em Maio, o campo com seu ar de festa
exalando um subtil odor a giesta
e o rubro das papoilas nas searas,
contrastando com tímidas flores claras,
faziam o poema.
O poema estava ali,
não precisava de palavras.
Procuro o tempo
Procuro o tempo por detrás do tempo.
Procuro um tempo, linha aberta, não sei se parábola, se recta,
fluindo em direcção ao infinito.
Procuro o tempo por detrás do tempo
mas o que encontro é já um tempo elíptico,
linha fechada, quase circular, veloz, a convergir para o centro
onde não há tempo por detrás do tempo
e já não faz sentido procurar.
Obrigada, Regina!
Daqui a dias, porei aqui os teus livros publicados.
Fotografia em movimento
Esta entrada é especial para quem ama a fotografia. Vou pondo algumas dicas para melhorar ou modificar as vossas obras e ainda alguns sites especialmente inspiradores para quem quiser enviar as suas próprias fotos , comentar e deixar-se comentar, tomar parte em foruns, concursos, jogos, etc.
Software grátis : PICASA 3 - permite ter folders com todas as fotos que estão no PC, mal são tranferidas, aparecem lá como as mais recentes - permitindo toda a espécie de melhoramentos, sintonização, contrastes, inserir texto, desfocar, mudar cores, saturação, apagar manchas, etc. Tb se podem enviar as fotos de lá por email ou para blogues. É fantástico.
PHOTOFILTRE ( permite regular a luz, as cores, distorcer, aplicar efeitos especiais, dar um ar artístico como relevo ou efeito reflexo, pôr molduras, etc.
Acima estão fotos exemplificativas tiradas por mim com as CANON IXUS 70 ou a LEICA D-LUX 3.
Cliquem para ver os pormenores e as diferenças.
BOA DIVERSÃO!
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
EXPO: Seasons come, seasons go
Aqui podem ver alguns dos quadros que constam da colecção:
Também podem ver aqui aqui um dos poemas dos vários associados aos quadros em questão.
Um dia, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nosso membros lassos
A leve rapidez dos animais.
Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala.
Sophia de Mello Breyner
Se lá forem não se esqueça de assinar o livro de presenças!
Somente pela Arte Podemos Sair de Nós Mesmos
Somente pela arte podemos sair de nós mesmos, saber o que um outro vê desse universo que não é o mesmo que o nosso e cujas paisagens permaneceriam tão desconhecidas para nós quanto as que podem existir na lua. Graças à arte, em vez de ver um único mundo, o nosso, vemo-lo multiplicar-se, e quantos artistas originais existem, tantos mundos teremos à nossa disposição, mais diferentes uns dos outros do que aqueles que rolam no infinito e, muitos séculos após se ter extinguido o foco do qual emanavam, chamasse-se ele Rembrandt ou Ver Meer, ainda nos enviam o seu raio especial.
Marcel Proust
domingo, 2 de agosto de 2009
Dessines-moi um mouton
Excerto do livro "Le Petit Prince" de Saint-Exupéry, meu livro de culto, em tradução brasileira ( sorry!)
Refleti muito então sobre as aventuras da selva, e fiz, com lápis de cor, o meu primeiro desenho. Meu desenho número 1 era assim:
Mostrei minha obra prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes fazia medo.
Responderam-me: "Por que é que um chapéu faria medo?"
Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jibóia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da jibóia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações. Meu desenho número 2 era assim:
As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jibóias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma esplêndida carreira de pintor. Eu fora desencorajado pelo insucesso do meu desenho número 1 e do meu desenho número 2. As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e é cansativo, para as crianças, estar toda hora explicando.
Como este excerto, há outros fascinantes e controversos que irei transcrevendo por aqui. O objectivo não é dar a conhecer o livro - certa que estou de que todos o conhecem - mas reflectir sobre o tema "arte" e abstracção. Assim como lemos nas entrelinhas, também podemos ver através dos traços. O que vemos é sempre diferente. É pessoal. Muda conforme o momento, o tempo, a luz, o espaço. Muda conforme a nossa idade. Crianças e adultos lêem nas entrelinhas coisas diferentes. Crianças e adultos olham para as imagens de modo diferente. Que tem razão? NINGUÉM e TODOS!
Tempo de descobertas
Foi há ano e meio. No dia 8 de Janeiro de 2008, recebi uma carta da minha Escola, que por sua vez, trazia anexada uma outra da Caixa Geral de Aposentações, informando-me de que me tinha sido concedida a aposentação, após 37 anos de ensino em escolas publicas.
Foi um dos dias mais felizes da minha vida, contrariamente ao que sempre tinha pensado iria ser. Senti-me leve, desamarrada, jovem e cheia de força para enfrentar a nova aurora que se adivinhava. O que ia eu fazer agora que tinha todo o tempo do mundo?
Dois meses depois, passei numa loja da minha rua, onde se podia ler um letreiro assim:
SE QUERES APRENDER A PINTAR,PINTA!
Achei o apelo convidativo e entrei. O atelier parecia uma loja com tudo o que há de materiais, telas, tintas, papeis, quadros já pintados, barcos montados, bonecos, uma panóplia de coisas que suscitaram a minha curiosidade. Perguntei se ali havia aulas de pintura. Acrescentei que nunca tinha pintado na minha vida para que a rapariga simpática que me atendeu não pensasse que eu era já uma artista. Disse-me que sim, que tinham aulas às 3ª e 4ª e qual o preço. Resolvi inscrever-me.
Na 4ª seguinte, fui à minha primeira aula.
A porta do atelier estava fechada e um rapaz - para mim ele será sempre um rapaz - sentado na berma da janela perguntou-me ao que eu ia. Respondi-lhe que era uma nova aluna. Ele sorriu e respondeu : Eu sou o professor. Nikola Raspopovic!
Estávamos apresentados e ainda esperámos mais uma meia hora porque tinha havido alguma complicação e a rapariga não tinha conseguido vir. Conversámos, ele explicou que era sérvio, mas que estava no Porto há catorze anos; eu, timidamente, continuei a afirmar que nada sabia de pintura, que nunca pintara a não ser na escola e que não era dotada, mas que gostaria de experimentar algo novo.
E foi assim que começou a minha aventura com as artes. Desde então já pintei mais de 50 quadros, a acrílico, a pastel, a guache, a aguarela. Alguns destes podem-se ver aqui no blogue, embora não tenham a assinatura, são apenas fotos. Até já fiz uma exposição!!
Cada vez gosto mais de pintar. Descansa-me, relaxa, abre-me os olhos para a beleza do que me rodeia e até para o abstraccionismo daquilo que vejo, tornou-se-me quase uma obsessão, como já o era a fotografia à qual dediquei sempre muito do meu tempo livre.
Tenciono mostra-vos aqui algumas das minhas telas, mas não só. Gostava de convencer-vos a pegarem num pincel ou num pastel e a tentarem pintar. Se o conseguir, fico feliz.
Arte - happiness is looking forward to
A nossa vida é 90% preenchida com a realidade. O que se passa à nossa volta e, sobretudo, o que nos toca mais profundamente e aos nossos, domina-nos praticamente durante todo o percurso desde que nascemos, crescemos até ao momento em que paramos de trabalhar.
É essa paragem que quero celebrar aqui, neste blogue; quero celebrar aquele momento em que recebemos uma carta, declarando que, a partir dali, somos senhores da nossa vida. Para sempre.
O que fazer, então? Há quem se inquiete, quem se deprima, quem pense "isto é o fim", quem morra todos os dias mais um bocadinho. Há outros, todavia, como eu que dão um suspiro de alívio, que enchem as baterias, que olham o mar e o luar de outra maneira e partem, felizes, sem saber bem para onde.
Quero que este blogue seja um espaço de reflexão sobre ARTE - música, pintura e fotografia, em especial. Quero que através dele se descubram trilhos e caminhos novos, recordando os já conhecidos e amados. Espero que haja leitores conhecedores e interessados, penso que os temas são ilimitados e eu "só sei que nada sei".
O meu lema foi sempre " HAPPINESS IS LOOKING FORWARD TO" - ou seja, a felicidade reside no anseio por alguma coisa.
Este blogue é, ainda, apenas o anseio, a expectativa. E o gosto pela arte.