Vi a revista em questão pela primeira vez há uns meses, quando ia a passear na Rua Miguel Bombarda - uma das rua com mais galerias de arte e lojas "in" aqui no Porto - precisamente numa dessas galerias em que se encontrava aberta uma exposição interessante.
Folheei as duas revistas que já tinham saído - a 01 e a 02 e gostei do toque.
Sou adepta do papel lustroso ( como o da
National Geographic, que é a minha revista de eleição), aquele papel que se torna macio ao toque.
Já na editora para a qual trabalho, fiz grande pressão para que os manuais dos alunos oferecessem o mesmo papel que os dos professores, dado que os daqueles eram bastante inferiores aos dos últimos. Explicaram-me que os alunos têm de tirar notas nas margens e que o papel lustroso não é fácilmente aderente ao lápis. Acredito. Mas continuo a gostar de passar a mão pelo papel e sentir que ele é
user friendly, macio e bonito.
A revista
Bombart é bela, traz fotografias das exposições várias que se vão inaugurando no primeiro sábado do mês ( em princípio), divulgação de artistas velhos e novos, eventos em Lisboa e no resto do país, lista de sítios onde se dá à cultura um valor especial. Não é facilmente digerível, os textos são um pouco maçudos, a letra é pequena ( tenho de usar os óculos que detesto) e por vezes confusa. Não se percebe onde começa o artigo e onde acaba, mas a arte é mesmo assim, não pode obedecer aos canones formais. Aceito o aparente desalinho da revista, considero que o preço é acessível - 5 Euros - tendo em vista as magníficas fotos a cores e o design na sua generalidade, que são a mais valia do produto.
É uma revista que apetece comprar, não é um jornal, nem um catálogo. Apetece ter em cima da mesa de cabeceira e ir folheando. Ajuda a gostar de artes plásticas, o que é um valor em si mesmo.
O título é sui generis:
Bomb+art ( arte explosiva?). Ou é a adaptação do apelido do médico
Miguel Bombarda, que deu o nome à rua? Nome apelativo - como a revista.