Numa cidade há milhares de detalhes que nos passam despercebidos, de tal modo é a azáfama em que andamos, sobretudo quem anda de carro ou transportes públicos.
Quem anda a pé, goza muito mais e melhor destes pormenores que a cidade nos oferece e que podem nem ser bonitos, mas são no mínimo curiosos.
Hoje à ida para o Solinca para mais uma tortura no ginásio ( já perdi 2kg neste dois meses, não é mau), diverti-me a tirar fotos com o meu Ipod a objectos ou coisas banais da minha rua: farois , farolins, simbolos de marcas, maçanetas velhas, caixas do correio antigas, portões, grades, muretes, um sem número de coisas que contam histórias....ou contariam se falassem. Olho para um farolim e pergunto-me: Quem usará este carro? Será velho, será novo, mulher, casado, solteiro??? A curiosidade matou o gato....mas eu ainda não morri.
Esta é uma rua com muito encanto e nunca acaba de me surpreender. Não consigo tirar fotos aos passarinhos - muitas espécies de aves canoras - que me deliciam com os seus chilreios. As flores já estão mais murchas devido ao calor e falta de rega, mas continuam a sobreviver no meio de tanta poluição. Às vezes pergunto-me como é que as árvores do Campo Alegre não morrem de fuligem, de patine ou de cansaço, passam centenas de autocarros por elas todos os dias....os escapes que são tudo menos escapes, deviam chamar-se ratoeiras...
É a cidade que temos....mas os meus netos desenham sempre paisagens de campo, com sol, flores, mar, árvores...é raro desenharem casas, muito menos automóveis e ainda menos autocarros...
UM CRIME OITOCENTISTA
Há 3 dias