sábado, 3 de setembro de 2011

Mensagem

Hoje li esta mensagem no facebook, postada por uma amiga do WOOPHY.

Apoio-a incondicionalmente, acho que vem directa aos meus pensamentos nos últimos dias. Perdoem-me se vos choco, mas não vos é dirigida. É apenas um desabafo.

Não tenho tempo para odiar quem me odeia; não tenho tempo para me chatear com quem não me entende; não tenho tempo para me preocupar com quem não se importa comigo... Sabem porquê? Porque estou ocupada a amar quem me ama, a falar com quem me entende e a lutar por aqueles que se importam comigo. A vida é muito curta para ser desperdiçada com pessoas vazias e sem princípios!

Por outras palavras : Não podemos estar  bem com Deus e o Diabo. Há que fazer escolhas na VIDA!


Foto tirada na Foz em 2009 - Molhe

Tons outonais

Hoje descobri que o Outono já chegou...as árvores dos pinhais da Foz já estão castanhas e parece que vivemos num país do norte da Europa, com temperaturas a rondar os 20º, chuva ou aguaceiros, nuvens cinzentas e ameaçadoras.
Gosto do Outono, quando ele não vem cedo demais, mas talvez porque este ano fui para a praia em Julho, parece-me que já é a altura das folhas mudarem de cor...as primeiras são as vinhas virgens, que tão belas se tornam, adquirindo aquele tom vermelho e único. Os últimos são os carvalhos aqui da rua, que até Dezembro ostentam uma cabeleira ruiva e afogueada para depois ficarem negros e esguios a olhar o céu.



Pintei três quadrinhos hoje, precisamente sobre este tema...estava inspirada e apetecia-me passar toda a tarde em casa.

Acabei por ir à Foz com os meus netos mais novinhos e fez-me bem respirar o ar de mar e contemplar as nuvens em castelo prateado por cima de Gaia, lá longe.
Já não havia quase ninguém na areia, de repente, numa semana, acabou o verão... como se alguém tivesse fechado a porta da praia e do mar aos banhistas e pusesse um letreiro a dizer: "Proibido veranear!"
 Os miudos divertiram-se no "Homem do Leme", parque infantil perto da estátua,  muito agradável para as famílias em frente ao mar...estava-se bem, ainda que não haja possibilidade de grande descanso com crianças. A alegria deles, porém,  compensa.

Esta foto foi tirada por mim há já dois anos, mas é a que melhor espelha o que a estátua representa....um barco ao fundo, uma criança junto ao Homem, que fita o mar sem cessar.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Cinema - esse local mágico para tudo esquecer

Hoje fui ao cinema. Paguei 5 euros por dois bilhetes por ser cliente da Zon e senior:))
Não foi uma ida vulgar, mas propositada, para me esquecer da realidade, para me evadir em espírito e por umas horas acreditar.
Acordei com uma angústia enorme que só passou quando me sentei na sala e as luzes se apagaram. As razões para tal não existem, são endémicas, como se diz agora. Mas a verdade é que acordei como se o mundo fosse acabar amanhã. Há coisas que não se explicam, fazem parte da nossa maneira de ser e são difíceis de compreender, quando se tem tudo na vida para se ser feliz.

O filme era o ideal. Inglês, passado na Escócia e em Londres, simples, bonito, verosímil, q.b. Actores excelentes, sentimentos contidos,  evolução das relações, dos hábitos, das vidas...
A linha do enredo do filme é revelar o que se passa na vida de duas pessoas no dia 15 de Julho, ano após ano durante vinte anos, o que fazem, com quem vivem, como trabalham, do que gostam, etc. É original e interessante, mesmo que aparentemente um pouco vazio. A minha filha tem o romance e vou lê-lo, pois deve ser mais denso e talvez mais empolgante. Mas gostei do filme, da música e da Paz que me transmitiu.

Os meus netos vieram aqui durante a tarde, vão crescendo e dando-me cada vez mais alegria. O mais velho já vai no 4º Harry Potter com sete anos de idade....adora ler... e a J.K Rowling caiu-lhe no goto.Ainda bem, acho que quando tinha a idade dele, ler era o meu hobby favorito, para alem de fazer ginástica pela casa toda, segundo dizem as minhas irmãs...o mais novo  com 2 anos já diz OK, em vez de Sim, está no bom caminho:))

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

À espera do pior

As perspectivas financeiras nos próximos anos são catastróficas, sobretudo para a função pública. Sei, por experiência, que depois do 25/4, se conseguiram muitos benefícios, alguns deles mais do que justos, outras que não se justificavam, sobretudo porque não havia qualquer avaliação do trabalho dos trabalhadores e sabemos que muitos trabalhavam pouco, mal e sem eficiência de espécie nenhuma.
Bastava ir aos serviços, quaiquer que fossem, para verificar a ignorância e a ineficácia total. Ainda me lembro de estar em filas durante tres horas para pagar o imposto profissional numa escada que era um buraco em Cedofeita....e ainda há pouco tempo, verifiquei quase o mesmo na Loja do Cidadão. Gostaria que os funcionários fossem bem pagos e eficientes, mas cá há muitos trabalhadores que são maus e nunca vão para rua, como devia ser.
O mesmo acontecia na secretaria da minha escola, quando lá trabalhava, quase nunca estavam as funcionárias todas a trabalhar, havia os cafezinhos e os pequenos almoços a toda a hora, as baixas constantes, faltas, saídas mais cedo, etc. O mesmo acontecia com professores, que tinham horários zero, ou reduzidos e podiam acumular outras funçoes noutras escolas, dar explicações, sempre a pretexto de terem ordenados baixos. Muitos de nós pedimos reformas antecipadas com receio do que estava para vir e ainda porque não aguentámos o regime imposto por MLR, com exigências de horário muito mais apertado do que os anteriores.

Assusta-me muito esta redução drástica nos nossos proventos - a que chamam solidariedade - será justo que todos fiquem pobres porque uns enriqueceram ilicitamente ou adquiriram bens por empréstimos? Sempre consegui viver bem porque trabalhei trinta anos nos manuais escolares, trabalho que fazia com gosto e bastante exito, tendo conseguido fazer parte de equipas excelentes. A editora também ajudou com a sua eficiência e nome.

Nunca fiz vida de luxos, não frequento clubes, nem discotecas, não tenho carro, ando de transportes publicos ou a pé, não gasto em artigos de beleza, a não ser no essencial, nem em roupas ou joias caras. A minha loucura dantes eram os elecrodomesticos, as tecnologias, etc., mas mesmo isso já  faz parte do passado. Gasto bastante em restaurantes, onde vou regularmente com os meus filhos....mas nunca exorbitamos e eles estão habituados a moderar-se. 

Porquê esta inquietação? É mais por eles, pelo futuro dos que começam agora, pela minha filha, que ainda não encontrou um lugar certo, pelos meus netos que vão ter de sair muito provavelmente, como os meus sairam...é toda esta incerteza que me faz ir para o Botânico e não levar música, andar dum lado para o outro, a pensar....

Ontem estava um dia cinzento, mas mesmo assim consegui tirar algumas fotos bonitas...


terça-feira, 30 de agosto de 2011

Serralves forever

É um local magnífico....mesmo em dia de chuva miudinha, daquela que molha os tolos e os que o não são tanto! O parque agradeceu, revelando-se no seu verde mais vibrante!
A minha filha faz anos e quis festejá-los indo ao museu. No ano passado fomos ao Sea Life e há dois anos à Feira do Artesanato. Almoçámos juntos em família, mas depois o resto da tarde é sempre dela e minha já há anos. Não é preciso muita gente, ambas temos gostos parecido ,amamos a beleza e sobretudo, o silêncio. O meu neto compôs o ramalhete.

A exposição OFF THE WALL é interessante, uma série de estruturas em madeira que convidam os visitantes a entrarem no jogo - tipo parque infantil - rodando em rodas gigantes, escorregando por ladeiras íngremes, subindo muros altos,  ou fazendo sobe e desce. É curioso como uma coisa banal se torna emocionante...
O resto das exposições não me entusiasmou, acho que usam e abusam dos vídeos, que aparentemente não nos mostram nada de muito atractivo, corpos nus, mexendo-se para cá e para lá...mas sem a magia duma dança como a de Pina Bausch, por exemplo. As fotografias expostas eram tristonhas, tudo a preto e branco, não lhes dei demasiada atenção pois tinha levado o meu neto e ele é ainda demasiado novinho para as apreciar, ao contrário da primeira exposição, que ele já tinha visto e adorou.
Não deu para passear no parque, apesar de ter pago bilhete para tal. A chuva molhava a sério, contentámo-nos em admirar o parque pelas janelas imensas que tornam aquele espaço magnífico. Na loja, comprei uma recordaçãozinha para o meu neto - um chapéu de chuva enorme a dizer Serralves -  e uma prenda para a minha filha...just a symbol.

domingo, 28 de agosto de 2011

Fotografia

É uma paixão.
Mais do que a pintura. Nunca me canso de tirar fotografias, de ver o ângulo, de preparar o disparo, prever o que irá sair. Com máquinas digitais, o gosto torna-se quase um vício. Gostava de ter uma óptima máquina e de saber mais, porque o que vejo no Woophy Club do Facebook, ao qual pertenço, deixa-me boquiaberta, espantada como é possível conseguir-se tal perfeição.
O meu amigo Javier que é argentino, e de quem já falei aqui, dedicou-me hoje uma foto de um par de bailarinos de Tango. A foto é extraordinária, até parece que se vê o movimento dos corpos sob a magia da música. Infelizmente não dá para gravar e colocar aqui.
Uns primos meus que estiveram no Peru também expôem lá fotografias do outro mundo, que nos dão vontade de viajar para terras exóticas de máquina a tiracolo.
Quando vou ao Botânico há sempre ocasião de fotografar algo de especial. Já tenho umas dez fotos de nenúfares, todas elas belissimas, na minha opinião, nem sei o que as faz assim...é a flor, é a luz, são os reflexos, tudo contribui para que saiam fotos mais conseguidas do que banais.
Não sou especialista em retratos, mas já tirei algumas aos meus netos e à minha filha que são diferentes das convencionais.

O Vivacidade desafiou-me a fazer uma exposição de fotografia. Ainda não aceitei, nem sei se quero fazê-la, mas fiquei "com a pulga atras da orelha" e ansiosa por realizar algo diferente.