sexta-feira, 9 de abril de 2010
Fazendo turismo
Edifício Peninsula e jardins circundantes
O site de fotografia WOOPHY, de que já falei bastante neste blogue, oferece todos os meses a possibilidade de competirmos com três fotos tiradas no espaço de 15 dias , obedecendo a um determinado tema. Este mês o tema é : Streets e as fotos têm de incluir pessoa/s e ser a preto e branco.. É curioso que nestas fotos a preto e branco se realçam muito as linhas arquitecturais dos edifícios, ganhando estes uma nova dimensão, que cativa o olhar. Esta é a minha opinião, claro.
Pessoas passeando na hora do almoço junto ao mercado do Bom Sucesso
um quiosque e uma transeunte
A avenida Gonçalo Sampaio, onde ficam os edifícios mais modernos da cidade
Hoje muni-me da minha Leica e fui ara a cidade tirar fotos. Não há dúvida de que olhar para tudo com espírito de descoberta é muito mais interessante do que andar pelas ruas, queixando-nos da falta de asseio, dos carros em cima de nós, da poluição ou das vistas menos belas. Turistas gostam quase sempre daquilo que vêem porque estão numa "boa" como dizem os brasileiros....
Em frente do edifício Península, um dos mais vistosos da cidade, reflectindo tudo à volta e o céu.
Montra de um novo espaço chamado Boulangerie de Paris, onde o ambiente é tipicamente parisiense.
Só naquele pedacinho do Largo do Bom Sucesso, junto à Rotunda da Boavista, tirei umas vinte fotos todas elas interessantes. Depois trabalhei-as artisticamente, transformando-as em b&p. Penso que ficaram giras.
Montra do shopping Cidade do Porto
Cliquem nas fotos para as verem com todos os pormenores!
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Beethoven e futebol
Estou a ver o Liverpool- Benfica e a ouvir simultaneamente a sinfonia nº 5 de Beethoven, para evitar ouvir os comentários inuteis e cansativos do "inefável" Rui Santos, o mestre da Bola, da SIC.
Devo dizer que quem aconselhou uma vez os amantes de futebol a seguirem esta técnica foi um ex-jogador , treinador Artur Jorge. Dizia ele que se via bem melhor e que se relaxava , mesmo quando o jogo era importante; realmente, ao som da musica, os passes parecem uma dança e o jogo torna-se magnífico.
Experimentem! É emocionante!
O Benfica tem de ganhar...tan-tan.tam!....mas será capaz?
Não foi....o Andante da sinfonia diz tudo! Tan-ran-ran-ran-ran-ran...ran-ran-ran-ran-ran...
Befiquistas: Resta-vos ouvir a sinfonia numa edição histórica de Karajan:
Consolem-se que ainda há o campeonato :)))
Tokio Hotel
Pergunto-me a mim própria o que faz com que uma banda destas - puro metal sem qualquer carisma - leve milhares de jovens - na sua maioria raparigas - a acamparem durante dias às portas do Pavilhão Atlàntico, sem ir a casa, revezando-se ara ir buscar comida, com os pais a darem apoio (?), de noite, gritinhos histéricos, filas de criaturas aparentemente normais, telemóveis a faiscar, pois é preciso gravar tudo, isqueiros e sobretudo, uma gritaria selvagem no meio dos acordes e gestos obscenos das figuras estapafúrdias em cima do palco.
Lembro-me de concertos em Lx em que se partiam cadeiras - o Johnny Halliday, por exemplo - no Tivoli, mas nunca de acamparmos dias e dias a espera de entrar na sala....até porque os nossos pais nunca alinhariam nisso.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Glow senses - nova revista
Há tempos a Vivacidade recebeu um e-mail desta revista que estaria interessada em publicar um artigo sobre a minha pintura - tinham visto anunciada a Exposição Cor em Movimento. Fiquei surpreendida com tal ideia, mas é claro disse que sim e que arranjaria um texto para acompanhar as fotos dos quadros. Entretanto falei com o meu professor, Domingos Loureiro e ele ofereceu-se para escrever um artigo sobre a minha pintura tal qual ele a /me vê. Num dia, apenas, redigiu o texto que podem ler a seguir.
Ontem sairam as revistas de Abril - GLOW - são uma colecção de cinco que se podem ler online como se tivéssemos a versão em papel, mas com as fotos em grande e com a possibilidade de aumentar e diminuir consoante se quiser. Procuram-se as páginas no índice e é fácil encontrar o sítio.Os pedaços das pinturas foram seleccionados a gosto dos editores.
Acho a ideia de uma revista online muito interessante e estou bastante orgulhosa por poder estar lá representada!!
É este o site:http://www.calameo.com/read/000246474379dfaa85972?authid=8Y9Qvf07TYex
Basta procurar as páginas 88-94 e ler.
E este o texto, que está anexo.
‘Momentos de (sens)acção’
Virgínia Barros é antes de qualquer outro desenvolvimento um ser emotivo!
Começo deste modo porque é demasiado importante que merece ser destacado antes de dizer qualquer outra coisa.
Esta introdução poderia ser atribuída a qualquer ser humano, principalmente aqueles que decidem explorar o seu lado mais criativo, mas será de certeza compreendido por quem lê este texto depois de observar os seus trabalhos, já que perceberá o quanto o lado cognitivo é importante na obra da autora e, arrisco dizer, na sua própria vida.
A sua pintura vive tanto deste lado emocional e sentimental (este pleonasmo procura o ênfase da ideia) que não poderemos ter qualquer tipo de observação racional ou objectiva. Não que o sentimento não possa ser objectivo, mas porque ele exige sempre que a regra seja quebrada e que o esforço seja no sentido da procura e não no sentido da chegada. As metas não são locais que a artista (atrevo-me a designá-la como artista) procure, mas sim a procura e a caminhada. A sua obra é uma espécie de conflito entre a ideia/sentimento e a necessidade da expressão, como se dependesse dela para sobreviver, respirar, olhar, andar. A sua pintura é então esta busca incessante pela expressão, a busca do eu.
A pintura de Virgínia Barros é mais um modo de pulsar do que um modo de representar.
Se imaginarmos os caminhos que esta luta envolve talvez tenhamos dificuldade em encontrar uma definição ou uma gaveta onde colocar a sua obra, porque ela é sem duvida uma forma de sair desse mesmo mundo de definições objectivas. Ela é no seu sentido mais básico, simplesmente pintura, simplesmente respirar, simplesmente sentir. Nunca nos interrogámos porque inspiramos e expiramos, nem porque amamos e (também) odiamos. Sabemos apenas que dependemos disso para continuarmos vivos, para nos sentirmos vivos.
A pintura é, na artista, esse lado, esse inspirar e expirar, onde pintar é simplesmente estar vivo. Talvez não seja somente na pintura, mas em várias artes, tal como no modo de encarar a vida, onde a criação e a expressão são as faces da moeda que Virgínia ostenta. Ao seu lado emotivo, contrapõe-se o seu lado cognitivo. O seu eu racional é apenas a base para se integrar e se inteirar das realidades circundantes, politicas, ideológicas, sociais… A sua obra o seu estado espiritual, o seu lado emotivo que cresce a cada dia que passa e que nos surpreende a cada obra que realiza, a cada suspiro que liberta.
Assim volto ao princípio e pergunto se haverá outra expressão para descrever esta artista que não seja simplesmente ‘um ser emotivo’?
Finalmente espero que ao olharem as suas pinturas compreendam este modo como descrevo a artista e como considero ser o modo ideal para descrever as suas obras. Ao ‘olhar’ qualquer um dos seus quadros ninguém ficará indiferente a estes aspectos e a pintura será com certeza muito mais reveladora da artista e principalmente de nós mesmos, que, talvez, também sejamos ‘seres emotivos’.
È um prazer poder incentivar a sua emoção/acção.
Domingos Loureiro
Porto Março 2010
Muito obrigada, Professor! Muito obrigada Vivacidade! E obrigada à GLOW SENSES.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Aprender línguas
elmorisette.blogspot.com/
Hoje no I vem um artigo bastante longo sobre os portugueses e as línguas estrangeiras, que se aprendem ou se deseja aprender na escola.
Ensinei inglês e alemão durante anos. Alemão era para os alunos que queriam seguir Direito ou Germânicas, os únicos cursos que exigiam essa Língua. Hoje está quase eradicado da Escola, mesmo a nível do secundário, porque a maioria dos alunos acha a língua muito difícil e quer ter boas notas para poder entrar na universidade. Um contrasenso, pois só deviam contar para entrada na universidade as cadeiras nucleares e o resto deviam ser opções, quantas mais melhor, de quem quer crescer culturalmente, independentemente da via que vai seguir.As Línguas não são um luxo, mas uma necessidade.
Os meus filhos andaram todos no colégio alemão - não por luxo, mas por opção nossa, apesar de sermos bastante "remediados" nessa altura, estarmos a pagar o apartamento e termos tido tres filhos em 4 anos - 1976, 1979 e 1080, o que é obra! Fizémos enormes sacrifícios para lhes dar uma educação estrangeira a par da portuguesa, não viajámos durante anos, nem íamos ao cinema nem a restaurantes,sequer. O dinheiro desaparecia em propinas, camioneta e livros ou materiais escolares. Só houve dinheiro mais tarde, quando comecei a poder trabalhar noutras escolas- na Escola Prifissional de Música e no Isai, por exemplo - e a partir de 1985 para a Porto Editora, o que me permitiu outros vôos. Mas valeu a pena: os filhos falam 4 linguas, o que foi muito bom para o futuro deles.
Infelizmente, nessa altura, os alunos só tinham aulas de manhã até ao 9ºano...o que me obrigava a estar em casa de tarde, com horário misto ou a ter empregada nalguns dias. Faziam os TPCs todos em casa, o que já não acontece hoje em dia. O Colégio agora está aberto até às 5 e até nos dias de férias,os miudos vão para actividades durante o dia....nunca mais passam férias com os pais, a não ser no Verão.Também se paga muito mais do que nos anos 80-90.
Acho que se deve aprender línguas enquanto se é criança, mas não acredito muito no ensino do inglês aos pequenitos da primária pelos processos que tenho visto implementar nas escolas públicas. Os professores não têm preparação para lidar com crianças. Não é com joguinhos e canções que se aprende inglês, mas com escrita, muitos exercícios, muita comunicação oral com pés e cabeça e sobretudo com imersão na língua, experiências no estrangeiro, em locais onde só se pode falar inglês ou alemão.
Aprender espanhol na Escola, muito popular neste momento, será útil para os que querem tirar cursos em Espanha, mas o Inglês continua a ser a lingua franca das universidades de todo o mundo, na Ásia, nos EU e nos países europeus mais periféricos. Quem não sabe inglês, tem muita dificuldade em viver no estrangeiro, daí ser óptimo entrar em programas Erasmus, Comenius e outros.
Sinto-me privilegiada por poder falar 4 línguas bem. Ajuda-me muito quando vou ao estrangeiro e não só; para a minha progressão espiritual, intelectual e cultural também. É uma questão de cidadania.
domingo, 4 de abril de 2010
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