sábado, 26 de novembro de 2011

Folhas de outono

Hoje já se podiam apanhar folhas de outono com sol. Há dias quis apanhar algumas, mas estavam demasiado húmidas e mesmo quebradas da água que impiedosamente caiu. Dois dias de sol é quanto basta para as folhas cairem e se quedarem ilesas no pavimento até que um transeunte ou animal as espezinhe, amachuque e destrua para sempre...beleza tão efémera que não dispenso.
Lembro-me de a minha Mãe se queixar de Lisboa, dizendo que havia demasiadas árvores de folha perene à volta e quase não se dava pelas mudanças de estações. Era uma queixa um pouco infundada, porque sempre vivemos rodeados de tílias, choupos, árvores de fruto no meio de pinheiros, eucaliptos e cedros, esses sim, de folha verde permanente.Mas é verdade que, quanto mais norte, mais caem as folhas e mais bonito é o outono...

Aqui não me posso queixar...aliás, a maior parte destas árvores à volta já estão despidas e entrevejo alguns prédios que preferiria não ver. A Casa Andresen tambem já voltou ao vermelhão, que considero um erro, pesado e triste, sobretudo no inverno.

Mas, como ia dizendo, hoje já se podiam apanhar folhas do chão e fi-lo ao vir do café. Pu-las debaixo duns livros pesados durante uma hora, foi suficiente para ficarem prensadas, sem perder as cores lindas do ácer, que ainda parece florido da minha varanda.

Resolvi colá-las em papel próprio para pintar em acrílico, usando o gel de impasto. Durante algumas horas assim estiveram presas ao papel, como borboletas que já não podem voar..
Depois pintei-as num fundo a condizer, mistura de azul prussiano ( sempre ele), amarelo de Nápoles e ocre. A colagem ficou praticamente pronta, só falta aplicar-lhe algum verniz.


E para acompanhar música eterna numa interpretação transcendente do ADAGIO TRIO:

Folhas de outono

Hoje já se podiam apanhar folhas de outono com sol. Há dias quis apanhar algumas, mas estavam demasiado húmidas e mesmo quebradas da água que impiedosamente caiu. Dois dias de sol é quanto basta para as folhas cairem e se quedarem ilesas no pavimento até que um transeunte ou animal as espezinhe, amachuque e destrua para sempre...beleza tão efémera que não dispenso.
Lembro-me de a minha Mãe se queixar de Lisboa, dizendo que havia demasiadas árvores de folha perene à volta e quase não se dava pelas mudanças de estações. Era uma queixa um pouco infundada, porque sempre vivemos rodeados de tílias, choupos, árvores de fruto no meio de pinheiros, eucaliptos e cedros, esses sim, de folha verde permanente.Mas é verdade que, quanto mais norte, mais caem as folhas e mais bonito é o outono...

Aqui não me posso queixar...aliás, a maior parte destas árvores à volta já estão despidas e entrevejo alguns prédios que preferiria não ver. A Casa Andresen tambem já voltou ao vermelhão, que considero um erro, pesado e triste, sobretudo no inverno.

Mas, como ia dizendo, hoje já se podiam apanhar folhas do chão e fi-lo ao vir do café. Pu-las debaixo duns livros pesados durante uma hora, foi suficiente para ficarem prensadas, sem perder as cores lindas do ácer, que ainda parece florido da minha varanda.

Resolvi colá-las em papel próprio para pintar em acrílico, usando o gel de impasto. Durante algumas horas assim estiveram presas ao papel, como borboletas que já não podem voar..
Depois pintei-as num fundo a condizer, mistura de azul prussiano ( sempre ele), amarelo de Nápoles e ocre. A colagem ficou praticamente pronta, só falta aplicar-lhe algum verniz.


E para acompanhar música eterna de Mozart numa interpretação transcendente:

Folhas de outono

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Três quadrinhos

Gosto muito de pintar quadros pequeninos, que se relacionem uns com os outros, embora muitas vezes acabe por oferecê-los separadamente.

Estes foram feitos ontem e hoje. São harmoniosos. Sao abstractos, mas dizem -me algo.




quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Os choupos

Havia vários no jardim da minha casa de infância. Tinha um especial carinho por eles, adorava ouvi-los a restolhar com o vento quase constante nas tardes primaveris de Lisboa, via-os despirem-se
das suas folhas leves, lançarem tufos de algodão, amarelecerem ou esverdearem... eles estavam presentes nas imagens que me ficaram na retina.

Hoje passei por uma avenida onde há uma fileira de choupos, pouco habitual nesta cidade. Puxei do meu I'Touch, que tira fotos e disparei...

Ficam aqui as fotos...e umas pinturas maravilhosas do Mestre do impressionsimo, o meu preferido,


Monet.

Woophy-14-day-challenge November 2011

Como vos contei, tendo sido vencedora desta competição no mês passado, organizei a dita deste mês, sugerindo o tema : Backlight photos - silhouettes ( contra-luz-silhuetas). Sempre fui apaixonada de fotos a contra-luz e eu própria tenho uma colecção delas num folder especial.

Recebi umas trinta fotos ao todo, vindas dos mais diversos países. Acabei por escolher três finalistas e destas uma vencedora. Vou colocá-las aqui e gostava que se pronunciassem quanto ao mérito das mesmas, procurando identificar aquela que eu escolhi.



( foto de Jan Hemels - Holanda)


( Foto de MacLeitão - Faro- Portugal)



( foto de Trudy Truinsta - Holanda)

Todos gostaram muito do tema. A panóplia de fotos e comentários às mesmas e ao concurso podem ser lidos aqui:

http://www.woophy.com/forum/4_5327_0.html

No FACEBOOK também existe agora um WOOPHY CLUB que é dedicado aos Woophians. Todos os dias lá colocamos fotos, que são apreciados e até enviados para um outro site PIXABLE, que premeia as melhores.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A minha cidade

No Domingo fui almoçar com a família a Gaia para festejar a conclusão do doutoramento da minha nora.
Estava uma tarde linda, daquelas que fazem realçar a maravilha que é o
granito e a harmonia desta cidade, sobretudo quando que se vê do outro lado do rio. Puxei da minha Leica,
o céu de chumbo prometia chuva,mas o sol esbranquiçado que tornava o cenário absolutamente deslumbrante, manteve-se fiel durante aquelas horas, permitindo-nos um café cá fora, admirando um cenário que nunca cansa.

O Porto é lindo

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

No reino dos azuis

É uma cor transcendente , o azul prussiano, que se pode multiplicar em mil nuances e cambiantes, todos eles lindíssimos.

Este quadro foi pintado só com a cor de duas bisnagas: azul prussiano e branco. O jogo das duas cores permitiu estes efeitos. Misteriosas formas, sombras , reflexos....


Tudo simples. E belo. Como este poema, que encontrei na net.

Soneto do Desmantelo Azul

Então pintei de azul os meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori as minhas mãos e as tuas.

Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.


E afogados em nós, nem nos lembrámos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.

E perdidos de azul nos contemplámos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.





Carlos Pena Filho