Há quem queria reabrir o processo, sobretudo da parte dos britânicos, alegando que surgiram muitas pistas e que há que as seguir e não desistir da procura da menina que há cinco anos desapareceu sem deixar rasto da Praia da Luz.
A Polícia portuguesa está renitente e com razão. Inúmeros casos de desaparecimento de crianças são arquivados no nosso país por falta de indícios ou verbas, por desinteresse ou por pura incompetência.
Por que razão haveria Madeleine ter atenção especial. O dinheiro não justifica tudo. Ainda está para se saber qual o papel dos pais da criança no caso. Lendo livros e artigos da época, verificamos que muitos pontos de interrogação se colocam sobre a actuação dos progenitores e dos seus amigos, a interferência das entidades britânicas, incúria da Polícia local e mesmo sobre o papel dos media na cobertura do caso.
Como já aqui escrevi, não acredito no rapto. Ninguém que conheça aquela terra pode acreditar nisso, mesmo estando as crianças abandonadas num apartamento à beira da rua. Seria muito perigoso entrar num quarto com tres crianças, fugir com uma de 4 anos pelas ruas desertas ou mesmo de carro sem ninguém dar por isso. Os testemunhos ão controversos e atitude dos pais contraditória.
Alguém mente, sempre mentiu...
A Luz sofreu com a escassez de turismo nos ultimos anos.Os resorts quase todos nas mãos dos ingleses perderam grande parte dos seus habitués.
Porém a praia continua linda , como é linda a sua igreja.
Ainda no ano passado, os meus netos andaram felizes por ali.
Pena é que a mancha de Maddie continue a estigmatizar uma estância de férias que não merecia nada disto.
Foi ontem a leilão na Sotheby um dos quadros mais famosos do mundo. Um quadro ímpar, que tem sido interpretado das mais diversas formas. O seu primeiro nome foi O Grito da Natureza.
Pode-se dizer que é uma obra que avassala quem o vê, envolvido numa atmosfera de desespero e de uma imensa angústia. O autor explicou o que o levou a pintar aa cena, mas para muitos, outras causas mais graves na sua vida familiar estiveram na génese da criação.
Na web encontra-se muita informação sobre este quadro. Fica aqui alguma.
O Grito (no originalSkrik) é uma pintura do norueguêsEdvard Munch, datada de 1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O pano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr-do-Sol. O Grito é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista e adquiriu um estatuto de ícone cultural, a par da Mona Lisa de Leonardo da Vinci. Em 2012 tornou-se a pintura mais cara da história a ser vendida num leilão.
Munch pintou ao longo de décadas quatro versões de "O Grito". Três
delas estão em museus na Noruega, enquanto a quarta estava nas mãos de
Petter Olsen, um empresário norueguês cujo pai foi amigo e patrono de
Munch, tendo adquirido inúmeros quadros ao artista.
Nesta versão, de 1895, as cores são mais fortes do que nas outras
três versões e é a única em que a moldura foi pintada pelo artista com o
poema que descreve uma caminhada ao pôr-do-sol que inspirou a pintura.
Outra particularidade única desta versão é que uma das figuras que está
em segundo plano olha para baixo, para a cidade.
Em 2 de Maio de 2012 foi vendido pelo preço recorde
de 119,9 milhões de dólares (cerca de 91 milhões de euros), tornando-se a
obra mais cara de sempre em leilão, superando o quadro até então
recordista, de Pablo Picasso, Nu, Folhas e Busto, que em Maio de 2010 foi leiloado por 106,5 milhões de dólares (81 milhões de euros)[2].
Hoje ouvi dizer a um connaisseur que no quadro a pessoa central não está a lançar um grito, mas a proteger-se, angustiada, do barulho ensurdecedor da Natureza à sua volta.
Anos de eventos, onde se revelam a coragem, a vontade de vencer no mundo da cultura e de arriscar, promovendo artistas , escritores, fotógrafos amadores, personalidades interessantes de quadrantes diversos. Uma equipa ganhadora que começou com a garra de quem é VIVO!
VIVACIDADE no dicionário online pressupôe:
Prontidão em agir, em se mover: a vivacidade da juventude. Fig. Esperteza, astúcia. Atividade, energia, vigor. Brilho, brilhantismo. Fig. Grande expressividade na gesticulação ou na oratória. Vivacidade de espírito, prontidão em compreender, em responder.
O ESPAÇO VIVACIDADE é isto tudo!
A eles devo muito. Já lá fiz três exposições, duas de pintura, uma de fotografia. Convidaram-me sem saber quem eu era. Com simpliciade e confiança. Admiro a genica de gente assim.
Não vou à festa, porque não tenho ânimo para isso neste momento, mas estou lá em espírito, já ontem falei com a Adelaide Pereira, a alma do VIVACIDADE.
Oiço uma ópera de Philip Glass no Mezzo. Os tons do cenário são azuis, as imagens parecem quadros e a música é inquietante, mas bela.
Ouvi pela primeira vez este compositor americano no colégio alemão, onde os meus filhos cantaram peças de óperas dele. Uma delas de Einstein on the Beach ( 1976), levou-me a comprar um CD que continha não só essa ópera como outra passada na Índia Satyagraha. A música é diferente e inspiradora.
Descobri, depois disso, que a obra de Philip Glass é avassaladora. Compôs concertos, sinfonias, óperas, soundtracks, música de orquestra, de piano solo, acompanhado e até uma obra de homenagem a Leonard Cohen.
Infelizmente , é raro obra dele fazer parte do repertório do concertos na Casa da Música ou noutros.
Através de filmes. como The Hours ( As Horas), que me impressionou muitíssimo, pelo enredo e pela música arrebatadora, Truman Show ou The Illusionist, fiquei fã deste compositor , considerado minimalista por alguns, mas que vai certamente ser considerado genial daqui a alguns anos, quando morrer.
Fica aqui um excerto do magnífico soundtrack de"As Horas", um dos mais belos e tristes filmes que vi, com interpretações excepcionais de Meryl Streep, Nicole Kidman e Julianne Moore, a partir do livro que tb li de Michael Cunningham, escrito em homenagem a Virginia Woolf, escritora inglesa de renome.
É a fobia das multidões e dos recintos fechados com gente.
O indivíduo receia enfrentar os locais onde há pessoas, muito barulho e algum acidente pode acontecer.
Não é o meu caso, mas hoje, acabei por não ir ao concerto na Casa da Música dos Magnetic Fields para o qual tinha bilhete desde há um mês. Não consegui sair de casa, não me apetecia ver gente, tinha estado todo o dia aqui a trabalhar no meu projecto para o 10º ano, sem televisão, nem música, pensando na vida e nas surpresas que ela encerra.
Há dias estive com o meu neto a preparar quadrinhos para pintar. Hoje pintei um deles com cores diferentes do habitual.
Está sugestivo. Chamei-lhe Agorafobia, embora nada tenha a ver com isso...ou será que tem?
A primavera é uma estação bela, fresca, diferente e que atrai pelo contraste com o inverno, tristonho, mal disposto e chuvoso. Basta ver os adjectivos nesta frase...os sons são diferentes.
Este ano não houve inverno triste e chuvoso. Os dias estavam límpidos, o céu azul e raras vezes choveu. As pessoas andaram felizes , sem guarda-chuvas, nas esplanadas e cafés à hora do sol e até na praia, de fato de banho.
Subitamente veio a Primavera, com mais frio e chuva. Tudo trocado. As árvores agradeceram, floresceram e as folhas parece que triplicaram depois da chuva abençoada. As flores , muitas delas morreram, fruto da chuvada e do vento que se abateu nalgumas noites mais tempestuosas.
Curiosamente aqui no Porto nunca chove de dia, contrariamente ao que dizem os boletins, a chuva quase só cai de noite e durante o dia continuam as tardes soalheiras, com céus cinzentos mas benfazejos.
Os dias são luminosos e já nem me lembro de um dia inteiro de chuva non-stop.
Hoje passei na Rotunda da Boavista, onde já há muito não ia, e tirei umas fotos com o meu Ipod. Aquelas árvores são lindíssimas e graças a Deus, ainda ninguém se lembrou de cortar a rotunda ao meio ou fazer um túnel por baixo, sacrificando estes autênticos monumentos da natureza. Era o mesmo que cortarem a estátua da Águia e do Leão, esquecendo a História e as vitórias contra Napoleão - nossas ou doutrem, tanto faz, o que interessa é que o Leão ficou por cima;-).
A minha amiga Regina lançou no seu blogue um apelo sobre o fim da Amazónia - pertinente não só em termos estéticos, como em termos de sobrevivência do planeta. Sting, um cantor inglês muito popular, tem cantado canções maravilhosas sobre este tema, como podem ver no vídeo abaixo.
É-nos estranho, contudo, lutar por causas que ficam lá tão longe...como é que se impede um povo de deitar abaixo árvores ou secar rios, se o dinheiro é necessário para desenvolver o país e se os especuladores são às centenas, com dinheiro e máquinas poderosas?
Nem todos os milionários pensam em empregar os seus dólares dum modo positivo. Basta olhar para as revistas e ver as festas e festanças que até cá, nesta miserável terrinha, se vão organizando para glamour e prazer de umas dezenas de inúteis novos ricos e pirosos, convencidos que têm o rei na barriga.
Parte do dinheiro dos jogos da Lotaria e outros deveriam ser canalizados para a preservação do ambiente. Bem sei que vão para caridade e solidariedade, mas também deveriam ser para outros fins e os prémios , quando não saíssem a ninguém, distribuídos para o bem social. Há tanto dinheiro mal gasto! Ando com um kispo que comprei há mais de dez anos, levei-o para a Alemanha em 2000, lembro-me bem que estava muito frio e nevava. Não preciso de outro , este está perfeito. Para quê passar-se o tempo a renovar guarda-roupas com peças que nunca usamos? Nisso sou radical, irrita-me a mania da moda e o esbanjamento em roupas.
É o tempo do spring-cleaning - limpezas da Primavera - em que se tiram as coisas dos armários e se deitam fora ou dão a quem precisa. Todos nós devíamos fazer um spring cleaning ao cérebro para vivermos dum modo mais racional, não estragarmos tanto e sobretudo, não desperdiçarmos o que temos. No nosso país ainda há muito por fazer....e a Amazónia está lá tão longe....
Já celebrei mais vezes este dia, que considero um dos mais importantes no que se refere à Arte.
Com mais laconismo do que o costume - não posso estar a falar constantemente - deixo aqui o trailer do maravilhoso filme, que vi, verei e nunca deixarei de ver com prazer : PINA
Nunca fui a nenhum, ainda que a programação seja sempre aliciante e alguns executantes de alto gabarito. Os meus filhos ainda se deslocaram a Lisboa uma ou duas vezes e, embora achassem graça, queixaram-se um pouco da confusão e do facto de, tendo de tomar conta dos filhos, ser difícil revezarem-se para um deles poder ouvir, enquanto o outro tomava conta dos miúdos.
Tenho para mim que ouvir música é sagrado. Não consigo andar a saltitar de sala em sala, com medo de não encontrar lugar , ouvir parte do concerto aqui, outra acolá...conversar com muita gente pelo meio, estar atenta e sentir a música na confusão. Pode parecer " Ah, mas estão verdes". Não é. Prefiro ouvir a música aqui.
E lamento- isso , sim - que se acumulem tantos concertos em Lisboa, durante dois dias, quando poderiam percorrer o país durante todo o ano para alegria de tantas e tantas pessoas que não têm possibilidade de ouvir tais executantes, nem sequer de ir a Lisboa.
Esta semana vou a um concerto na Casa da Música para o qual comprei o meu bilhete há tempos. É uma banda mítica dos anos 60-70 chamada Magnetic Fields. Tenho dois albuns deles, um dos quais é triplo e contém 69 canções. Chama-se 69, precisamente por isso. Por acaso soube que o meu filho também vai ao concerto com um amigo, mas nem lhe passou pela cabeça perguntar-me se eu queria ir. O meu filho mais novo é assim.... gosta da sua independência, faz bem.
Nunca fui aos Dias da Música também porque coincidiam com o Congresso de Professores de Inglês, a que fui durante 21 anos non-stop. A esses nunca faltava e fazia sempre uma ou duas sessões ou apresentava projectos escolares. Deixei de ir há uns dez anos quando comecei a ver que nada havia de novo e já estava cansada de preparar sessões.
Não gosto muito de eventos "por atacado", sejam festivais, sejam congressos, sejam exposições. Selecciono o que vejo ou oiço e vejo-os nos dias calmos, em que há menos gente. Sou anti-gregária, talvez. Mas acho que o social não é o meu cup of tea, como diriam os ingleses.