sábado, 20 de agosto de 2011

O deserto depois das chuvas

Hoje está um dia sufocante, muito raro aqui no Porto, onde, como já disse, corre sempre uma brisa marítima e se sente a humidade do mar. Lá fora na varanda devem estar uns 30º e não apetece sequer sentar a ler um romance. Quando saí, lembrei-me daquelas excursões na Tunísia ou no Egipto, onde quase se tinha um colapso, ao passar do autocarro para terra firme.

Refugiei-me na minha sala, donde se vêem as árvores na mesma, mas que, com vidros duplos, me protegem do barulho dos carros e sobretudo, do bafo intenso do asfalto.Continuo em distress ( como o tradutor deste blogue me descreve na tradução online:)).  Pintei mais um pouco, sem grandes resultados, tenho a companhia dos meus filhos, mas não sinto paz, apenas inquietação, um desejo enorme de sair. É o que vou fazer. Ate logo!

....
Após duas horas de espairecimento, sinto-me melhor, ainda que este céu plúmbeo pese sobre a nossa cabeça. Não chove nada, antes chovesse, pois o Jardim Botanico , onde fui por uma hora, está à míngua de água, seco, descuidado, com pouca gente e sobretudo sem ninguém para cuidar das plantas. É criminoso doar um jardim destes ao Estado ou permitir a sua compra quando se sabe  que esse  não lhe dará a mínima atenção. As plantas não são arqueologia, não são ruinas romanas, nem montes ou rios, são seres vivos que estiolam no verão, numa cidade onde há água para piscinas particulares, fontes e fontinhas, repuxos, e relvas. Revolta-me ver as flores que estavam lindas na Primavera, completamente secas e murchas...até as gaivotas pousam nelas como se foram lixo.
Tirei algumas fotos do que resta da gloriosa época da expo Darwin...até parec que foi há séculos.... a cultura cá em Portugal é assim, existe a espaços e depois morre, como se não tivesse existido.

O que me valeu foi a cafeteria que continua aberta, graças a Deus, e me pareceu um oásis no meio do deserto...

O meu quadro, entretanto secou e cá está com colorido um pouco estranho...




E Agosto cada vez mais quente....

Hoje está um dia sufocante, muito raro aqui no Porto, onde, como já disse, corre sempre uma brisa marítima e se sente a humidade do mar. Lá fora na varanda devem estar uns 30º e não apetece sequer sentar a ler um romance. Refugiei-me na sala, donde se vêem as árvores na mesma, mas que, com vidros duplos, me protegem do barulho dos carros e sobretudo, do bafo intenso do asfalto.

Continuo em distress ( como o tradutor deste blogue me descreve na tradução online:)).  Pintei mais um pouco, sem grandes resultados, tenho a companhia dos meus filhos, mas não sinto paz, apenas inquietação, um desejo enorme de sair. É o que vou fazer. Ate logo!
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Após duas horas de espairecimento, sinto-me melhor, ainda que este céu plúmbeo pese sobre a nossa cabeça. Não chove nada, antes chovesse, pois o Jardim Botanico , onde fui por uma hora está à mºingua de água, seco, descuidado, com pouca gente e sobretudo sem ninguém para cuidar das plantas. É criminoso doar um jardim deste ao Estado e depois permitir que esse dito cujo não lhe dê a m´nima atenção. As plantas não são aqrqueologia, não são ruinas romanas, nem montes ou rios, são seres vivos que estiolam no verão, numa cidade onde há água para piscinas particulares, fontes e fontinhas, repuxos, etc. Revolta-me ver as flores que estavam lindas na Primavera, completamente secas e murchas...até as gaivotas pousam nelas como se foram lixo.

Tirei algumas fotos do que resta da gloriosa época da expo Darwin... a cultura cá em Portugal é assim, existe a espaços e depois morre, como se não tivesse existido.

O que me v



Angústia de verão

Raras vezes conseguia descansar muito nas férias de verão.

O mês de Agosto então era um sufoco sem empregada, com as crianças em casa todo o dia, sem carro pois nunca conduzi, numa cidade quente e com poucos espaços verdes, sem nenhuma ajuda do meu ex-ou da família.
Detestava o mês de Agosto, mesmo quando íamos para a Luz, sentia um enorme cansaço, os dias eram intermináveis, o descanso relativo e só os banhos de mar, a evasão na praia ou alguma música me davam conforto.
Mesmo assim, acabava sempre as férias em depressão, desejosa de começar as aulas, de ver os novos alunos, pegar nos livros, preparar tudo e enfrentar o ano lectivo com entusiasmo, sabendo que os filhos voltavam para o infantário ou para o colégio e não estavam comigo full time. Não fui uma má mãe, creio eu, mas nunca achei que fosse possível educar três filhos praticamente sozinha e ainda fazer tudo em casa. Nunca tive desejos de ser fada do lar e fui-o muitas vezes, vezes demais, até que os filhos cresceram e começaram a ser independentes e aí comecei a respirar um pouco.
Nessa altura, pelos anos 80, dediquei-me ao trabalho até à exaustão, trabalhando em três ou quatro coisas simultaneamente, produzindo manuais escolares todos os anos durante as férias, dando aulas particulares, fazendo sessões para professores, procurando ser melhor profissional que nunca. Tenho a consciência de que fui sempre uma professora motivada e os meus alunos gostavam das aulas e de aprender inglês. Também adorei alguns anos de estágio,em que arranjei verdadeiras amigas nas jovens que queriam ser docentes e ainda não tinham experimentado dar aulas. Os agostos passaram a ser mais trabalho....

Este ano tive as minhas férias cedo demais - pode-se dizer que vivo em férias permanentes, mas não é bem assim - as férias só o são a sério quando se sai de casa ou quando se antevê uma perspectiva de fuga breve. Sem isso, tornam-se uma obrigação, uma sucessão de tarefas chatas, uma monotonia.
O que nos dava prazer -o  tempo livre - passa a ser um fardo. E vemos o tempo a fugir, queremos fazer coisas, mas já não temos coragem para encetar um programa de divertimento e distracção à nossa medida. Vivemos para os outros, em função dos outros. Isso deprime-nos. E a eles também.

Hoje senti isso vivamente...passei o dia deprimida...fiz uma colagem do Porto, pintei um quadro que está secar e até as próprias cores da foto e do quadro reflectem angústia...

Amanhã tenho de sair, talvez vá a Serralves ou ao parque da cidade....talvez ao cinema...não posso é ficar em casa a pensar no passado e a angustiar-me com o futuro.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Tempo britânico



Em geral, quando vou a Leeds, preparo-me mentalmente para me agasalhar, pois as temperaturas, mesmo no verão nunca vão além dos 15-16º e no inverno rondam os 2-3º quando não são negativos. Raramente sinto frio, apesar de tudo, pois as casas e hoteis estão aquecidos e têm ar condicionado. Fora de casa, ando com casacos e cachecois....
Aqui no Porto, o tempo tem estado fresco e só à hora do sol temos calor a sério, um calor húmido a cheirar a maresia, sem chegar a aquecer muito,  agradável quando comparado com os 38º de Beja ou os de Coimbra. Considero um privilégio passar o verão nesta cidade, embora muitas pessoas se queixem de que não podem gozar o verão aqui. Nada melhor do que andar nas ruas sem ter de procurar a sombra nem suar como um cavalo....
Hoje fui ao Solinca ( ginásio) e estive lá propositadamente a suar as estopinhas e depois no jacuzzi e piscina. Estava-se bem e não havia quase ninguém, nem sequer turistas. O health club fica instalado no Hotel Porto Palácio, que é 5 estrelas, mas entra-se e sai-se sem o mínimo constrangimento, ninguém nos pede sequer o cartão à entrada do hotel. Isto deve ser algo impensável em Lisboa, onde fui sempre extremamente mal recebida nos hoteis em que fiquei ultimamente...e era guest, não frequentadora de ginásio! Pasma-me a simplicidade das recepcionistas e empregados do próprio clube que criam uma empatia enorme connosco. Tratam-nos da mesma forma, seja o cliente o Belmiro de Azevedo ( o mais VIP) ou uma criança, que nem sequer paga e pode frequentar as piscinas com os pais. Gosto desta maneira nortenha de tratar as pessoas, tão contrastante com a dos restaurantes do Algarve, onde continuam a discriminar os turistas portugueses com uma sobranceria estúpida...

Este ano tem havido menos incêndios e oxalá continue assim...a crise não precisa de mais achas na fogueira. E a zona norte já tem sofrido demasiado. Merecem melhor sorte e mais atenção.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A Arte da Fotografia


Ontem estive a fazer experiências fotográficas para o New Color Photo of the Day e consegui uma muito especial,  que dedico à minha amiga Regina Gouveia, pois que ela gosta muito de buganvílias. Sei que ela está para Trás os Montes e provavelmente não verá isto, mas aqui deixo na mesma.

Entretanto enviaram-me uma sugestão musical muito interessate - um grupo do Facebook chamado Baroque Club - que aqui coloco, pois certamente fará as delícias de quem gosta de Música Antiga.




A educação dos nossos jovens

Tenho lido várias opiniões sobre os acontecimentos no RU e, porque é um país que me apaixona em todos os sentidos, mesmo nos aspectos negativos e no modo como lida com esses problemas, não consigo deixar de comparar esses jovens com os portugueses, que graças às famílias super protectoras, não sofrem demasiadas privações, nem se atrevem a protestar dum modo violento, pois seria impensável destruir e pilhar lojas ou centros comerciais sem consequências dramáticas para os pais e para o seu conforto pessoal. Os nossos jovens são capazes de roubo e até violência, mas tudo à socapa, na calada da noite, nos bairros ou nas zonas não policiadas. A coragem não é com eles. A maioria ladra, mas não morde, para usar uma expressão um pouco forte.


Li num blog indicado à direita um texto muito interessante sobre a educação  mariquinhas do adolescentes e crianças portugueses. Concordo em parte com esta visão, ainda há poucos dias assisti a uma cena entre crianças e pais, sentados na Botânica para lanchar, que me chocou imenso pelo tom com que as filhas de 5 ou 6 anos falavam com os pais, o modo de se sentarem, com as pernas em cima das cadeiras, o " quero, posso e mando",  a aparente passividade dos pais e o temor com que lidavam com elas.

A dependência da gratificação imediata é o resultado de um processo de habituação gerado pela educação mariquinhas. A criança faz uma birra porque quer a satisfação imediata de um desejo e os pais reforçam os comportamentos inadequados dando-lhe imediatamente o que ela quer.
Habituámos os nossos filhos e alunos a dependerem da gratificação imediata e eles tornaram-se incapazes de esperar por resultados que, no imediato, não geram prazer.

...
A firmeza substituída pela cedência. A verdade pela mentira. A responsabilização individual pela vitimização. Socializam-se os prejuízos e privatizam-se os benefícios. Pais e professores são pressionados pela cultura popular, veiculada pelos media tradicionais, para colocarem passadeiras vermelhas por onde quer que as crianças e jovens passem. Tirar do caminho das crianças e dos jovens todos os obstáculos, todas as tarefas difíceis. Exames? Não que traumatizam e criam desigualdades. Trabalho durante as férias? Não que isso é exploração de mão de obra infantil e juvenil. Responsabilizar civil e criminalmente os jovens criminosos? Não que isso é pura vingança e racismo social.

Esgotados e confusos, vencidos pela barbárie.


Não posso deixar de concordar com esta opinião, ainda que não se possa generalizar. Sempre me admirou que os jovens cá não façam nenhum trabalho cívico, comunitário, voluntário ou por pura generosidade. Todos se acham com direitos e nenhuns deveres. No meu tempo, porque éramos católicos convictos, visitávamos pessoas idosas, levávamos enxovais a casais pobres, éramos mais responsáveis e tínhamos muito respeito pelos nossos pais. É verdade que gozávamos dos privilégios das classes médias, mas nunca alimentámos a sensação de que tudo nos era devido.



terça-feira, 16 de agosto de 2011

A magia do lar :)

Hoje cheguei a uma triste conclusão: passamos a vida a desarrumar...tiramos tudo dos sítios, nunca arrumamos nada bem, enfiamos as toalhas junto com os toalhões, casacos com camisas, camisolas de verão com as de inverno, livros com discos, medicamentos com artigos de toilete, pinceis com colheres de pau...etc.etc,etc.
Falo por mim,  claro está, pois mesmo depois de me aposentar, tenho uma tendência para a trapalhice, não gosto duma casa super arrumadinha, daquelas que parecem de revista, onde não há um grama de pó, nem um livro fora do sítio. Nem consigo perceber como é que certas pessoas conseguem.
A minha casa está sempre desarrumada, os meus filhos são descuidados por natureza, habituaram-se a ir para a escola as 8 e a voltar as 6, muitas vezes ainda com deveres do colégio alemão por fazer. Nunca se preocuparam por ter as coisas espalhadas pelos quartos, livros, CDs, roupa, cadernos, etc. pelas mesas, estantes ou cadeiras. De vez em quando a empregada arrumava, mas na maioria dos casos, deixava na mesma, até que um dia me dava uma fúria depressiva de "fada do lar" e arrumava eu tudo.
Ainda agora isso acontece. Quando os meus filhos estiveram fora, os quartos estavam impecáveis, cheios de livros e DVDs ou bibelots, mas com a roupa  sempre no seu sítio. Há dois meses, tudo voltou à estaca zero, a minha filha parece que não conhece a palavra cabide ou gaveta... e o meu filho, que é mais arrumado, muda de roupa três vezes ao dia, o que equivale a roupa espalhada pelo quarto todos os dias. Raramente "puxam as orelhas" à cama, os edredons ficam atirados, pois à noite vão ter de os usar outra vez, para quê puxá-los, alisá-los e esticá-los? A empregada só vem uma vez por semana e nesses dias tem muito que fazer, não pode estar a arrumar...nem o sabe fazer.
Só o meu quarto está arrumado e mesmo assim tem coisas a mais, devia deitar fora frascos e bibelots que só se enchem de pó, mas alguns vieram de casa dos meus pais, outros foram-me oferecidos, faz-me pena deitá-los fora.
Ainda hoje, quando resolvi arrumar os armários de roupa da casa de alto a baixo, encontrei uma toalhinha feita pela minha Mãe já ela tinha uns 70 anos, mas que revela uma capacidade visual notável. É bordada a ponto de cruz miúdo, como se pode ver na foto. Pu-la na sala, em móvel de destaque, por baixo dum quadro meu para me recordar da sua dedicação e gosto. Também eu bordei muitas toalhas, que comprava em Munique já com o desenho marcado e oferecia as minhas sobrinhas, e fiz outras em crochet, que estão agora arrumadas e não servem para nada.

A minha vida social é nula, raro é ter visitas ou chás...ou jantares, como planeava ao separar-me do meu marido. Em poucos anos, perdi qualquer desejo de receber pessoas em minha casa- nunca tive muito - e quando há festas de família, vamos sempre a casa do meu filho por razões compreensíveis. Assim sendo, a minha mesa de cozinha passou a ser mesa de pintura e a da sala de jantar mesa de trabalho! Os meus netos vão sempre as 8 para a cama, nem dá para os convidar a jantar cá! Bem gostava por vezes de os ter mais tempo, mas eles estão habituados àquela rotina...
O meu filho mais novo hoje resolveu encher sete sacos do lixo com papelada - depois de grande insistência minha - e agora está a dormir o repouso do guerreiro, como se tivesse estado numa batalha campal. :). Em breve toda a mobília dele vai para o seu apartamento e ficarei então com um quarto vazio para desarrumar à vontade:).
Ai quadros, pinceis, frascos, bisnagas, papeis, tesouras, telas, cavaletes, caixas....ireis ter um quarto só para vós, vai ser uma alegria, um atelier caseiro, que nunca tive e bem preciso!

19 de Agosto- DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA

Na 6ª feira, celebra-se o DIA Mundial da FOTOGRAFIA e o IPF ( Instituto Português de Fotografia) organizou dez actividades na cidade do Porto, todas elas destinadas a divulgar esta Arte.




Fica aqui um link para mais informação sobre o DIA e calendário das actividades.

http://www.ipf.pt

As actividades previstas desenvolvem-se das 0h00 às 24h00 horas e incluem os seguintes eventos fotográficos:

00:00 Noite da fotografia, no Bar Plano B
04:00 Workshop Fotografar o Amanhecer, no IPF Porto
09:30 Workshop Fotografia em família - Atelier de Produção de Fotogramas, no IPF-Porto
09:30 Workshop de Fotografia de Arquitectura, no IPF Porto
14:00 Avaliação de portefólios, no IPF-Porto
14:00 Exposição de fotografia livre, na Av. dos Aliados (frente ao Guarani)
19:00 Cocktail no IPF Porto (entrada por convite)
21:00 Projecção de Rua, no Coreto do Jardim da Cordoaria



Entretanto recebi um mail sobre a exposição individual de fotos na Avenida dos Aliados , informando de que a impressão de fotos é grátis e que cada um pode expo-las livremente. Não convém levar mais de 20 fotos, mesmo que o portfolio tenha mais fotos. PARTICIPE!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Cheiro a maresia

Hoje fui jantar à Foz com os meus filhos. Estava uma daquelas tardes belissimas, em que o pôr do sol é sem mácula, com o céu a passar de rosado a vermelho até desaparecer na escuridão. As rochas estavam negras em contraluz, lindas e majestosas e os candeeiros erguiam-se altaneiros contra o rosado do céu. Até a Pizza Hut me pareceu linda em contra-luz. Uma beleza, que poucas vezes se vê, em geral há neblina, ou nuvens ou demasiado vento. Tirei algumas fotos , mas não ficaram tão bem quanto quereria, é difícil tira-las a noite. É uma benção ter praias destas a 10 minutos de casa...e um clima destes no Verão, não se morre assado, há frescura e beleza em toda a cidade, o que é preciso é saber ver.






Memórias

Hoje fui "a toque de caixa" para o apartamento da Ramada Alta pelas 12.30 pois os homens da Conforama, que tinham ficado de lá ir  à tarde - telefonaram-me pelas 12.30 a ver se podiam colocar os moveis e máquinas antes do almoço. Meti-me num taxi e cheguei lá em dez minutos, os feriados são fantásticos para se andar nesta cidade.
Entretanto, enquanto eles montavam as cadeiras , mesa e estante, enchi de novo as capas dos sofás, que tinha lavado aqui em casa e ficaram um brinquinho. Encontrei na garagem umas almofadas vermelhas bordeaux, que lhes dão alguma cor. A mesa de jantar ficou um espanto, é castanho escura, com tampo em vidro - uma parte - o que lhe dá uma leveza enorme e as cadeiras são muito bonitas e até um pouco clássicas, com tampos de veludo branco sujo....muito bonitas e foram tão baratas.
A estante, então, faz os meus encantos é uma quadrado com dezasseis buracos, sem costas, mas com os livros - mesmo os codigos e quejandos - vai ficar lindissima!
 Os homens eram muito simpáticos e como sempre, disseram: A senhora tem aqui uma vista.....o mar todo de ponta a ponta. Indeed.

Alegro-me com estas pequenas coisas. Limpei tudo na cozinha, coloquei alguns objectos que estavam na garagem e faziam falta na casa e saí para a Serpa Pinto.
Na farmácia, que está aberta 24 h por dia - é uma das melhores do Porto - consegui comprar um medicamento  sem receita médica, pois a Dra conhece-me há 30 anos, desde que fui viver para aqueles lados. Evitou-me ter de marcar uma consulta só para arranjar um medicamento sem o qual não consigo dormir.
O dia está soalheiro, as pessoas com quem me cruzei eram simpáticas e fiquei a pensar na minha vida que decorreu naquele perímetro de ruas de 1977, tinha o meu filho mais velho um ano, até 2006, quase três décadas. Foram os anos mais importantes da minha vida profissional e familiar. Toda a gente me conhecia ou do liceu ou da casa. Fui professora de meio mundo....

Esta colagem reflecte o que vejo na Ramada Alta. Fi-la já há tempos para o blogue. Gostava de ser capaz de a pintar.

Estou bem mais ligada àquela zona que aqui ao Campo Alegre, muito fino, mas muito novo-rico, com casais pseudo-queques, que nos olham de alto a baixo, à saída do elevador.
Estou em crer que um dia voltarei para o meu apartamento, quando os meus netos forem grandes ou se  resolverem mudar de casa. Esta foi muito cara e não vale o que custou. Foi puro amor de Mãe e Avó, o que me levou a vir para aqui...mas penso, muitas vezes, que ali estava melhor, mesmo sozinha, há lojas, gente, comodidades, minimercado, farmácia, multibanco, taxis, metro... ao sair do portão... e aqui só tenho árvores, árvores, árvores,...que não falam comigo e perdem a folha, mal vem o Outono.




domingo, 14 de agosto de 2011

Domingo de Verão


Fiz este quadro há meses....mas nunca o puz aqui.

Gosto dele, inspira-me mesmo! É feito em madeira grossa e aguenta-se em pé , em necessidade de moldura. As cores são as minhas.....


UM BOM DOMINGO!


Uma das mais lindas canções brasileiras que conheço.