sábado, 30 de janeiro de 2010
Maçãs com muito suco e boa estetica
O mundo da tecnologia é fascinante e multiplica-se em gadgets, devices, pods e pads - desculpem usar o inglês, mas é apetecível - para captar a atenção do user e para o prender para sempre nas suas malhas. Ainda me lembro do meu primeiro PC com 1 mega de memória, que me dava para processar texto, elaborar os manuais para a editora e pouco mais. Depois acrescentei-lhe mais um mega, quando a Internet apareceu e tive de fazer um manual para o 12º ano, o primeiro em que usei a net, o que foi fascinante e nunca mais esquecerei.
Há já cinco anos que naõ comprava nenhum PC, pois o meu, com 2 gigas dava bem para o que queria e para os trabalhos dos meus filhos. Quando a netcabo resolvia falhar era uma frustração, mas houve uma altura em que tive um canguru que se substituia e me permitia até usar a net noutro PC mais velhinho.Até que o velhinho foi abaixo e resolvi não o mandar arranjar.
Há tempos o meu filho comprou um Macbook- portatil da Mackintosh- nos EU pois precisava dele para a universidade e em casa. Quando lá fui fiquei encantada com o aparelho, estetica e funcionalmente. Tem tudo mais visível do que o Windows, um ecran com uma definiçao estupenda e sobretudo é tão fácil de manejar que eu, que sempre embirrei com ausencia do rato, já não o uso, embora tivesse comprado um sem fios. As fotos aparecem muito mais bem organizadas, as músicas podem-se gravar com um simples toque a arrastar o icon do CD, aparecem com os nomes todos e até as capas.Ainda nem tive tempo para explorar tudo, tem de ser devagarinho. Mas para já é adorável ( tendo em conta a teoria da relatividade)!!!
Desculpem a publicidade. Não tenho nenhuma comissão do Steve Jobs, nem seque o retrato autografado.....chuuiiiff.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
M. Sousa Ribeiro
Não é o nome de nenhum escritor, nem, que eu saiba de nenhum pintor...mas se há alguém que tenha contribuído para o desenvolvimento das artes no Porto, seguramente terá sido este "criador comercial" de materiais para as Belas Artes.
A M. Sousa Ribeiro é uma sociedade familiar, composta por dez irmãos, mas apenas três estão na direcção. Nasceu em 1956, exactamente na Rua Sá de Bandeira, pela mão de Manuel Sousa Ribeiro, pai dos actuais sócios. Na altura, era uma papelaria e chamava-se, apenas, Sousa Ribeiro. Mais tarde, o dono decidiu especializar-se num ramo do negócio para escapar às dificuldades económicas. Surge, assim, a M. Sousa Ribeiro, especializada em artigos artísticos, que se transferiu para Sampaio Bruno durante 17 anos, mas que voltou, finalmente, ao local mais "nobre" da Baixa portuense.
A loja agora mais visível do que a anterior, situada em frente da Brasileira, é uma verdadeira tentação para quem gosta de pintar, de bricolage, trabalhos manuais e artes visuais de todo o género, sem falar do seu aspecto cosy, cheio de luz, extremamente arrumado e cuidado, um regalo para a vista e um perigo para a carteira.
Uma pessoa perde-se....e encontra-se uma hora mais tarde na caixa com os inúmeros itens que resolveu aduirir, não porque precise deles com urgência, mas porque não se resiste ao apelo de tanta "cor em movimento".
Hoje estive lá, antes de ir comprar os bilhetes para levar os meus netos ao "Feiticeiro de Oz" no Rivoli. Vim com 4 pasteis de óleo para juntar à minha caixa de 50 que veio de Paris ( trés chique), um esfuminho, três telas em MDF, fininhas e apetitosas, um pendente feito em Itália pintado à mão, dois pinceis, uma bisnaga de acrílico azul prussiano, um bloco, cola, enfim....tudo objectos de uso diário e de extrema necessidade :))
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Voltaram as bétulas
The Forest Bride
Hoje fiz este quadro em parte no atelier, o resto em casa. Ainda tenho de rectificar o céu que não me parece completamente bem. Senti-me tão feliz com os meus amigos da pintura, o ambiente no atelier era óptimo e a inspiração voltou. Foi pintada pastel de óleo, a partir duma foto muito bonita que encontrei na web.
Na mesma web, encontrei uma citação importante sobre estas árvores, lindíssimas, a que chamam " as noivas da floresta" por causa dos seus troncos brancos quase prateados com sulcos negros carregado.
" As bétulas, também conhecidas por vidoeiros, são das árvores mais belas que em Portugal podemos encontrar nas montanhas de maior altitude...",
Fernando Catarino (Árvores e Florestas de Portugal, Volume 5).
Aqui fica também um extracto dum poema de Robert Frost, poeta americano, é a parte final em que ele exprime o desejo de trepar pelas bétulas acima até ver o topo e depois voltar a descer à terra. Acrescenta que há empregos piores do que o de "baloiçador de bétulas" ( tradução muito livre.....:))
BIRCHES(...)
I'd like to go by climbing a birch tree
And climb black branches up a snow-white trunk
Toward heaven, till the tree could bear no more,
But dipped its top and set me down again.
That would be good both going and coming back.
One could do worse than be a swinger of birches.
Robert Frost
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
A minha cidade
( Foto minha tirada do cais de Gaia)
Não é aquela onde nasci, Lisboa, a capital, o centro do Universo português. A minha cidade é o Porto - Home is where you are happy - e desejo viver aqui até ao fim dos meus dias. Amo esta cidade, sinto-a como minha, e por isso resolvi hoje prestar-lhe homenagem, usando um poema lindíssimo que encontrei num blogue e que vai devidamente identificado. Ele diz quase tudo o que me vai na alma.
"A minha cidade"
A minha cidade não se chama Lisboa,
não tem cheiro a sul
e nem por ela passa o Tejo,
mas como ela, tem Nascentes
leitosos e marmóreos...
Na minha cidade os Poentes são de ouro
sobre o Douro e o mar
e só ela tem a luz do entardecer
a enfeitar o granito...
Na minha cidade, tal como em Lisboa
há gaivotas e maresia
mas não há cacilheiros no rio
há rabelos
transportando nectar e almas...
Da minha cidade nasce o Norte
alcantilado, insubmisso
e o sol, quando chega, penetra-a
delicadamente, carinhosamente,
depois de vencido o nevoeiro...
Na minha cidade também há pregões,
gatos, pombas, castanhas assadas e iscas
e fado pelas vielas, pendurado com molas,
como roupa a secar nos arames...
A minha cidade tem também tardes languescentes,
coretos nas praças
velhos jogando cartas em mesas de jardim
e o revivalismo de viuvas e solteironas
passeando de eléctrico...
É bem verdade que na minha cidade
a luz, não é como a de Lisboa
mas a luz da minha cidade
é um frémito de amor do astro-rei
a beijá-la na fronte, cada manhã!...
Maria Mamede
site http://mulher50a60.weblog.com.pt/arquivo/2005/01/a_minha_cidade.html
Obrigada, Maria!
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
It's a glorious day
Está sol, um sol de inverno que se torna tanto mais glorioso ( não confundir com gíria futebolística), quanto é raro estarem dias assim, neste inverno do nosso descontentamento. Quando acordo , abro a janela e vejo esta maravilha de azul, agradeço à Mãe Natureza, a capacidade de se transformar, de reinventar e oferecer-nos esta dádiva.
Consegui recuperar algumas fotos perdidas que ainda estavam na camara - 500 - outras em CDs e numa pen onde tinha gravado muitas. Lentamente vou recuperar todas.
Deixo-vos aqui umas colagens e uma das minhas canções preferidas do Joe Dassin, jovem promissor que faleceu antes de tempo. Esta música lembra-me tempos felizes passados em família, nos anos 70.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Serralves no inverno
Ontem estava um dia glorioso, como os nossos amigos ingleses costumam dizer. Fui para Serralves com parte da família, almoçámos lá e os miudos estiveram entretidos correndo dum lado para o outro , jogando à bola e almoçando no buffet, que não é lá grande coisa, mas é rápido. Fui ver a exposição de fotografias e não gostei.
Cada vez que lá vou pasmo com a grandiosidade daquele jardim, como é possível manter aquilo naquele estado virgem, tão belo, tão majestoso, tão acessível a todos e tão espiritualmente recompensador.
Tirei algumas fotos - muito diferentes das que se expunham nas salas de exposições ( não gostei francamente!!) - e resolvi convertê-las algumas a preto e branco, como se de fotos antigas se tratassem. Pouco tratamento, só conversão nas cores. Tirei outras dos meus netos e essas são coloridas e belas, mas são privadas!
Aqui vão elas. Cliquem por favor, para as ver melhor.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Henry Moore
Um escultor de eleição, nascido numa cidade onde estive pelo menos seis vezes e onde a minha filha viveu quatro anos: LEEDS, no West Yorkshire, uma das regiões com mais carácter e paisagens mais bonitas do norte da Inglaterra.
Já vira esculturas de Moore em Munique, que tem uma mesmo em frente à Neue Pinakothek, que fotografei muitas vezes, e outra junto a um lago e esplanada cá fora.
Uma vez estava a fotografar essa figura reclinada e uma senhora já de certa idade perguntou-me: Gosta destas esculturas? Disse-lhe que sim, que gostava até muito e ela franziu o nariz e retorquiu: Para meu gosto têm um corpanzil enorme e uma cabeça demasiado pequena!!! Achei graça à senhora e à sua sinceridade. Não fez cara de "bourgeoise epatée" e disse ali a uma desconhecida o que pensava.
É verdade as figuras de Moore são estilizadas, mas fortes. Vemo-las melhor no Memorial a Moore em Leeds, que lhe é dedicado. Vão aqui algumas fotos que tirei e outras da web.
Já vira esculturas de Moore em Munique, que tem uma mesmo em frente à Neue Pinakothek, que fotografei muitas vezes, e outra junto a um lago e esplanada cá fora.
Uma vez estava a fotografar essa figura reclinada e uma senhora já de certa idade perguntou-me: Gosta destas esculturas? Disse-lhe que sim, que gostava até muito e ela franziu o nariz e retorquiu: Para meu gosto têm um corpanzil enorme e uma cabeça demasiado pequena!!! Achei graça à senhora e à sua sinceridade. Não fez cara de "bourgeoise epatée" e disse ali a uma desconhecida o que pensava.
É verdade as figuras de Moore são estilizadas, mas fortes. Vemo-las melhor no Memorial a Moore em Leeds, que lhe é dedicado. Vão aqui algumas fotos que tirei e outras da web.
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