sábado, 8 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Ainda o outono
Custa a acreditar, mas cada vez que volto ao Botânico, ele me parece mais belo, mais mágico e fotogénico.
Hoje estava nervosa, tenho trabalhado demais e ansiava por uma paz que não encontrava em casa, dado que passo os dias em frente ao laptop e quando não trabalho, blogo ou facebooko ( verbos meus).
A hora era excelente, 4 da tarde, há sol bastante, mas não fere, nem agride as lentes, os contrastes são imensos e os efeitos extraordinários. As fotos que tirei não foram sequer modificadas, ficaram assim e apenas as emoldurei. É uma colecção imensa, a lembrar que o Outono ainda não acabou e que perdurará mais umas semanas. As folhas que atapetam o chão por todo o lado aí ficarão e transformar-se-ao em humus, e seiva de plantas ou árvores. É um encanto pensar nesta renovação da natureza e não consigo deixar de pensar que chorosos e medricas, temos benesses metereológicas que não merecemos. Mas prefiro sonhar e esquecer o país em que nos afundamos.
Gostava, um dia, de fazer um livro com as fotos que já tirei neste local encantatório.
Gostava, um dia, de mostrar estas fotos a Sophia e perguntar-lhe se reconheceria o seu jardim...ou a sua floresta.
Gostava de ouvir o Ruben A. falar da sua infância por entre estas áleas, caminhos e valados.
Gostava de ver o jardim como ele era dantes, sem o barulho da VCI a concorrer com os passarinhos que não desistem de cantar ao desafio.
Gostava de ver nenúfares até morrer como o Monet e de saber pintá-los como ele.
Gostava de fazer versos às fontes, às ervas que vão nascendo por entre o lodo do charco verde.
Gostava de trazer os meus netos aqui todos os fins de semana e saber que eles preferiam isto a quaisquer desenhos animados.
Gostava de dormir um dia ao relento e de ver a Lua por entre os ramos....
Gostava de viver o suficiente para nunca me cansar desta Beleza.
Hoje estava nervosa, tenho trabalhado demais e ansiava por uma paz que não encontrava em casa, dado que passo os dias em frente ao laptop e quando não trabalho, blogo ou facebooko ( verbos meus).
A hora era excelente, 4 da tarde, há sol bastante, mas não fere, nem agride as lentes, os contrastes são imensos e os efeitos extraordinários. As fotos que tirei não foram sequer modificadas, ficaram assim e apenas as emoldurei. É uma colecção imensa, a lembrar que o Outono ainda não acabou e que perdurará mais umas semanas. As folhas que atapetam o chão por todo o lado aí ficarão e transformar-se-ao em humus, e seiva de plantas ou árvores. É um encanto pensar nesta renovação da natureza e não consigo deixar de pensar que chorosos e medricas, temos benesses metereológicas que não merecemos. Mas prefiro sonhar e esquecer o país em que nos afundamos.
Gostava, um dia, de fazer um livro com as fotos que já tirei neste local encantatório.
Gostava, um dia, de mostrar estas fotos a Sophia e perguntar-lhe se reconheceria o seu jardim...ou a sua floresta.
Gostava de ouvir o Ruben A. falar da sua infância por entre estas áleas, caminhos e valados.
Gostava de ver o jardim como ele era dantes, sem o barulho da VCI a concorrer com os passarinhos que não desistem de cantar ao desafio.
Gostava de ver nenúfares até morrer como o Monet e de saber pintá-los como ele.
Gostava de fazer versos às fontes, às ervas que vão nascendo por entre o lodo do charco verde.
Gostava de trazer os meus netos aqui todos os fins de semana e saber que eles preferiam isto a quaisquer desenhos animados.
Gostava de dormir um dia ao relento e de ver a Lua por entre os ramos....
Gostava de viver o suficiente para nunca me cansar desta Beleza.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Anna Karenina
Fui ver.
Era a primeira sessão de estreia dum filme do qual esperava muito, dado que o realizador de Atonement e Pride and Prejudice, Joe Wright, não me é estranho, nem o compositor Dario Marinelli um desconhecido.
Uma história de paixão sem ela. Performances que não entram no nosso sistema, que não nos comovem, como comoveram noutros filmes. Não há aqui a Lara de Doutor Jivago, nem a Natasha de Guerra e Paz, nem sequer a infeliz Cecilia de Expiação.
Keira Knightley não respira nem transpira a Anna de Tolstoi. Não consegue ser dramática, nem infeliz.
Os cenários são originais, embora sem a grandiosidade , nem a vastidão das planícies russas, a música é envolvente, há pessoas, olhares e vestuário sumptuoso, mas falta qualquer coisa - uma chama - que nos empolgue, que nos faça sofrer, alguma paixão ardente nos olhos dos amantes, lágrimas convincentes, ódios e conflito.
Fica aqui a crítica de Jorge Mourinha do Publico, com quem concordo plenamente desta vez.
Um filme a ver, mas não a rever, na minha opinião.
Era a primeira sessão de estreia dum filme do qual esperava muito, dado que o realizador de Atonement e Pride and Prejudice, Joe Wright, não me é estranho, nem o compositor Dario Marinelli um desconhecido.
Uma história de paixão sem ela. Performances que não entram no nosso sistema, que não nos comovem, como comoveram noutros filmes. Não há aqui a Lara de Doutor Jivago, nem a Natasha de Guerra e Paz, nem sequer a infeliz Cecilia de Expiação.
Keira Knightley não respira nem transpira a Anna de Tolstoi. Não consegue ser dramática, nem infeliz.
Os cenários são originais, embora sem a grandiosidade , nem a vastidão das planícies russas, a música é envolvente, há pessoas, olhares e vestuário sumptuoso, mas falta qualquer coisa - uma chama - que nos empolgue, que nos faça sofrer, alguma paixão ardente nos olhos dos amantes, lágrimas convincentes, ódios e conflito.
Fica aqui a crítica de Jorge Mourinha do Publico, com quem concordo plenamente desta vez.
Um filme a ver, mas não a rever, na minha opinião.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Multitasking
Andei às voltas com um texto sobre multitasking - a capacidade do homem ( e ainda mais da mulher) de fazerem múltiplas coisas ao mesmo tempo.
O texto é muito interessante, escrito por cientistas, sugerindo que a mania de que muitos se gabam de conseguir fazer multiplas tarefas simultaneamente é completamente falsa.
O que na realidade se passa é que mudamos rapidamente de tarefa em tarefa, não nos quedando em nenhuma com suficiente concentração e, exigindo do cérebro uma actividade anormal, que se vai traduzir em cansaço, exaustão e mesmo stress.
Neste momento, diria que estou multitaskando (!!).
Preparei marmelos, cortando-os aos quartos e tenho-os ao lume para uma nova geleia, estou a rever um bloco do workbook do nosso projecto, corrigi há minutos um teste que me veio do revisor de inglês, tirei a loiça da máquina que estava cheia, fiz um nespresso e torrei um pão, comi-o com fiambre, li as mensagens do blogue às quais respondi e apaguei uns quantos emails que só me enchiam a box.. Em meia hora ou menos!
Escrevo-vos neste momento a olhar para a chuva que vai cair.... e a ouvir o alarme enervante duma viatura aqui em frente.
Para isto tudo o meu cérebro teve de mudar de chip várias vezes, pois cada uma destas tarefas, segundo os cientistas, pode exigir zonas diferentes do cérebro. Não me sinto exausta, a minha adrenalina mantém-me à tona, mas se continuar a trabalhar a este ritmo, daqui a nada vêm os meus netos e fico zonza só de os ouvir!!
Há que séculos que não oiço música a sério - excepto num concerto na FEUP em que os violinistas da Pauta- entre os quais o meu neto mais velho - tocaram maravilhosamente e houve mais uns tantos números de dança.
Custa-me estar tanto tempo sem ir à CdM, mas os programas não me têm sido gratos. Estou blasée....ou formatada para o trabalho, o que é terrível na minha idade.
O texto é muito interessante, escrito por cientistas, sugerindo que a mania de que muitos se gabam de conseguir fazer multiplas tarefas simultaneamente é completamente falsa.
O que na realidade se passa é que mudamos rapidamente de tarefa em tarefa, não nos quedando em nenhuma com suficiente concentração e, exigindo do cérebro uma actividade anormal, que se vai traduzir em cansaço, exaustão e mesmo stress.
Neste momento, diria que estou multitaskando (!!).
Preparei marmelos, cortando-os aos quartos e tenho-os ao lume para uma nova geleia, estou a rever um bloco do workbook do nosso projecto, corrigi há minutos um teste que me veio do revisor de inglês, tirei a loiça da máquina que estava cheia, fiz um nespresso e torrei um pão, comi-o com fiambre, li as mensagens do blogue às quais respondi e apaguei uns quantos emails que só me enchiam a box.. Em meia hora ou menos!
Escrevo-vos neste momento a olhar para a chuva que vai cair.... e a ouvir o alarme enervante duma viatura aqui em frente.
Para isto tudo o meu cérebro teve de mudar de chip várias vezes, pois cada uma destas tarefas, segundo os cientistas, pode exigir zonas diferentes do cérebro. Não me sinto exausta, a minha adrenalina mantém-me à tona, mas se continuar a trabalhar a este ritmo, daqui a nada vêm os meus netos e fico zonza só de os ouvir!!
Há que séculos que não oiço música a sério - excepto num concerto na FEUP em que os violinistas da Pauta- entre os quais o meu neto mais velho - tocaram maravilhosamente e houve mais uns tantos números de dança.
Custa-me estar tanto tempo sem ir à CdM, mas os programas não me têm sido gratos. Estou blasée....ou formatada para o trabalho, o que é terrível na minha idade.
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