Hoje vi o Outono a morrer...apesar do sol radioso que iluminava o meu jardim.
Há árvores que ainda se julgam no Verão e aguardam não sei que milagre para não amarelecerem nem perderem as suas folhas, outras das quais já só se vêem os troncos esguios, filamentos negros no céu azul, rendas eternas, infinitas.
Este jardim é uma imagem de perenidade e de vulnerabilidade, simultaneamente. É a nossa imagem, afinal, perenes naquele momento em que, por milagre, resistimos a tudo e a todos, mas vulneráveis em tantos outros, em que nos faltam forças e quereríamos que tudo terminasse.
Cedros, ciprestes, arbustos como as camélias, buxos e mesmo os nenufares mantém-se bem vivos e verdes, como que a assegurar-nos de que a nossa vida pode manter a juventude até mais longe... mas, depois, há os áceres, os castanheiros, os plátanos, a vinha virgem, a glicínea, as dálias, as rosas a morrer ou a despedir-se, atapetando os caminhos, as áleas, as fontes, as estátuas e as ruas, dizendo adeus até para o ano, ou adeus para sempre.
Os áceres são as mais bonitas, em contraluz, dir-se ia que estamos na igreja diante de vitrais de todas as cores. Nenhuma fotografia consegue apanhar o irisado das folhas douradas e vermelhas, tremelicando ao vento ou reflectidas no lago, numa dansa maravilhosa mas macabra...
Não há dia, nem hora em que a Natureza seja igual, já tirei mais de 500 fotografias neste local e descubro sempre novos temas, novas nuances, matizes e diversidade infinita.
Andar meia hora aqui faz-me bem à alma. Quisera que as minhas cinzas um dia fossem deitadas junto à palmeira da minha Avó na Luz, mas agora que a palmeira morreu, julgo que preferia ficar neste lugar mágico, perto de gente, crianças e árvores que nunca morrem...
Hoje, dia 13, o meu filho mais novo celebra os seus 32 anos.
Foi um dos dias mais difíceis da minha vida...mas ele cá está para minha alegria e eterno agradecimento.
Aleluia! Viva a VIDA!
Há árvores que ainda se julgam no Verão e aguardam não sei que milagre para não amarelecerem nem perderem as suas folhas, outras das quais já só se vêem os troncos esguios, filamentos negros no céu azul, rendas eternas, infinitas.
Este jardim é uma imagem de perenidade e de vulnerabilidade, simultaneamente. É a nossa imagem, afinal, perenes naquele momento em que, por milagre, resistimos a tudo e a todos, mas vulneráveis em tantos outros, em que nos faltam forças e quereríamos que tudo terminasse.
Cedros, ciprestes, arbustos como as camélias, buxos e mesmo os nenufares mantém-se bem vivos e verdes, como que a assegurar-nos de que a nossa vida pode manter a juventude até mais longe... mas, depois, há os áceres, os castanheiros, os plátanos, a vinha virgem, a glicínea, as dálias, as rosas a morrer ou a despedir-se, atapetando os caminhos, as áleas, as fontes, as estátuas e as ruas, dizendo adeus até para o ano, ou adeus para sempre.
Os áceres são as mais bonitas, em contraluz, dir-se ia que estamos na igreja diante de vitrais de todas as cores. Nenhuma fotografia consegue apanhar o irisado das folhas douradas e vermelhas, tremelicando ao vento ou reflectidas no lago, numa dansa maravilhosa mas macabra...
Não há dia, nem hora em que a Natureza seja igual, já tirei mais de 500 fotografias neste local e descubro sempre novos temas, novas nuances, matizes e diversidade infinita.
Andar meia hora aqui faz-me bem à alma. Quisera que as minhas cinzas um dia fossem deitadas junto à palmeira da minha Avó na Luz, mas agora que a palmeira morreu, julgo que preferia ficar neste lugar mágico, perto de gente, crianças e árvores que nunca morrem...
Hoje, dia 13, o meu filho mais novo celebra os seus 32 anos.
Foi um dos dias mais difíceis da minha vida...mas ele cá está para minha alegria e eterno agradecimento.
Aleluia! Viva a VIDA!