sábado, 21 de abril de 2012

Catarse no botânico

Gosto imenso de chuva...sobretudo quando estou em uníssono com ela.


 Os poetas petrarquianos identificavam-se com a natureza e buscavam nela lenitivo para as suas paixões e amores. 

Hoje fui eu que tentei encontrar neste espaço, a que tenho o privilégio de chamar quase meu, um consolo para o desânimo , as saudades e a ausência de respostas.

O jardim estava vazio. Só vi dois parzinhos muito envolvidos e felizes. Tomei um chá no restaurante japonês e comi um scone. Ando sem vontade de comer. Penso e repenso sobre o mesmo tema e a minha escala emocional vai do dó ao si, num turbilhão de desejo e desespero.

Tirei fotografias com o meu Ipod, que não é muito bom e ouvi musica clássica para me distrair.




 O Jardim estava belo, embora eu o visse desolado. Todas as flores choravam como eu, as gotinhas a tremelicar com a brisa. O céu ameaçava chuva, mas ficou pelo ameaço. Só as rosas
cheias de   viço se erguiam altaneiras, ostentando o seu esplendor....lembrei-me do Principezinho e da sua rosa petulante, a quem nada servia.
A água é uma benesse e torna tudo muito mais vivo, mais cheiroso, mais luxuriante. É uma benção do céu.  Até chorar faz bem à alma...