quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Há quem diga

que o melhor de Lisboa é o comboio que parte para o Porto... em gíria bairrista e um pouco tacanha, na minha opinião. Não concordo...há muitas coisas belas em Lisboa e conheço-as bem, visto que morei 29 anos na minha cidade natal e percorri-a toda durante anos e anos de liceu e faculdade... levava uma hora para chegar a FLUL, era extenuante por vezes, mas fiquei a conhecer bem a minha cidade. Também gostava de passear pelas avenidas novas, na Baixa, ir ao cinema, vasculhar os quiosques do Saldanha e ao mercado do Lumiar, já depois de casada.
Apesar disso tudo, sinto uma certa emoção na Estação do Oriente no momento em que o Pendular vai dar entrada na plataforma e eu sei que vou poder sentar-me confortavelmente num lugar sozinha, com música a imperar sobre todos os outros ruidos que o não são, com um bom livro como aquele de que vos falei hoje ou, simplesmente, a olhar o Tejo tão largo que mal se vê o outro lado, os cabos eléctricos , silhuetas negras em fundo azul ou cinzento, terras e terras do nosso país tão belo...e sair no Porto, minha cidade de adopção, onde sou feliz.

Ontem só tirei uma foto em Lisboa porque estava demasiado cansada e dolorida da consulta para mais esforços, a minha carteira estava pesadíssima com tudo o que lá tinha e limitei-me a ver livros e a comer um qualquer snack na estação antes da viagem.

Tirei esta foto quando o comboio se vinha já a aproximar porque não resisti. Aqui está ela.