Hoje voltei à Foz, ao meu poiso, onde as gaivotas já me conhecem :) e onde passo alguns dos momentos mais belos da minha vida, agora que já nada me impede de sair sozinha ao Domingo à tarde, de fazer o que me apetece, sem planos, apenas com os objectos que me fazem falta: máquina fotografica, Ipod e telemóvel ( este não me é indispensável....mas convém tê-lo à mão).Estava uma daquelas tardes de sonho, em que tudo parece belo, até as pessoas que se acotovelam na estrada a olhar para o mar, sem ousar descer até à areia, que é onde se sente verdadeiramente a frescura, o cheiro e o pulsar das ondas e da espuma.
Levei para ler "O Guardador de Rebanhos" de Alberto Caeiro. Genial. Perfeito para o dia de hoje. Um livro que nos ensina a não pensar quando nos quedamos em frente às coisas belas da Natureza. Devemos deixar-nos impregnar por elas por osmose, sem usar o cérebro, apenas os sentidos...
Estive ali duas horas a olhar para um surfista no meio do mar,para
as gaivotas meias-loucas que tanto invejo, e para a "minha" rocha vitimizada por uma crueldade salgada quotidiana, que a deixa muda, lisa, cada vez mais pequena e à mercê da fúria do mar.
Há horas felizes...e há momentos em que sinto que que poderia morrer devagarinho, acabar em beleza, se não fora a minha incapacidade de fazer o que Caeiro aconselha: deixar de pensar.
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras…
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo…
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo.Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender…
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos…
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar…
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar…
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domingo, 27 de novembro de 2011
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Pintei o outono
Ontem, inspirada talvez pelo aniversário do meu filho, pintei grande parte da manhã, ºara além de fazer os meus exercícios de ginástica caseiros.
À tarde, os meus netos vieram para cá e aqui estiveram até as 7, montando Legos, jogando jogos de computador, fazendo panquecas para o lanche e vendo o Disney Channel. Foi um Domingo em beleza. Estão crescidos, já sabem fazer coisas e não precisam de grande ajuda, apenas pontualmente...o carinho que demonstram por mim - mesmo o mais rebelde e teimosinho - enche-me de alegria...
À noite, fui jantar a solo com o meu filho. Fomos comer uma fondue à Foz. Só estivémos juntos umas duas horas....mas valeu a pena. Estivémos ambos a comemorar o dia, o momento em que ele nasceu... em condições difíceis.
Eis o quadro. A foto alterou um pouco as cores que são mais harmoniosas. A minha camara está com pouca bateria. Chamei-lhe 13 de Novembro.
À tarde, os meus netos vieram para cá e aqui estiveram até as 7, montando Legos, jogando jogos de computador, fazendo panquecas para o lanche e vendo o Disney Channel. Foi um Domingo em beleza. Estão crescidos, já sabem fazer coisas e não precisam de grande ajuda, apenas pontualmente...o carinho que demonstram por mim - mesmo o mais rebelde e teimosinho - enche-me de alegria...
À noite, fui jantar a solo com o meu filho. Fomos comer uma fondue à Foz. Só estivémos juntos umas duas horas....mas valeu a pena. Estivémos ambos a comemorar o dia, o momento em que ele nasceu... em condições difíceis.
Eis o quadro. A foto alterou um pouco as cores que são mais harmoniosas. A minha camara está com pouca bateria. Chamei-lhe 13 de Novembro.
sábado, 8 de outubro de 2011
A Foz , espaço de solidão e liberdade
Hoje o meu neto dormiu cá. Levantou-se pelas 9 e sem fazer barulho, foi para a sala e pôs-se a ler. Entretanto acordei , arranjei-lhe um pequeno almoço de maçã, flocos e um croissant pequenino, e voltei para a cama, pois tinha-me deitado pelas 2 horas e estava cheia de sono. As 10.30 acordou-me, dizendo que a Mãe o vinha buscar para ir a escola de violino. Fiquei com remorsos de ter dormido tanto.
Ontem tínhamos estado os dois a ver o empolgante Portugal- Islândia ( 5-3) e ele tinha-se abraçado a mim com uma ternura que me fez virem lágrimas aos olhos. Adoro este menino e ele retribui, embora não seja de grandes manifestações com outras pessoas. Não consigo dizer-lhe "Não", dou-lhe tudo o que pede ( é bem pouco), ofereceu-se para me ajudar a pendurar a roupa, é prestável, ternurento, aquilo que se pode chamar a criança ideal. Oxalá não se estrague, mas tenho tanto receio do futuro!
Hoje fui almoçar à Foz. Estava um pouco mais de vento, mas o sol era forte, de modo que estive sempre na varanda e até me bronzeei. As gaivotas andavam alvoroçadas, não sei porquê. Não levei a máquina, tirei as fotos com o Ipod .
O mar sempre belo e sempre bravo fazia um barulho embalador. Mesmo assim ouvi musica, desta vez árias de ópera escolhidas que tenho aqui no meu Ipod. Foi uma tarde linda.
Fica aqui uma das árias mais comoventes que conheço da ópera O Pescador de Pérolas de Bizet e de homenagem a Salvador Dali:
Ontem tínhamos estado os dois a ver o empolgante Portugal- Islândia ( 5-3) e ele tinha-se abraçado a mim com uma ternura que me fez virem lágrimas aos olhos. Adoro este menino e ele retribui, embora não seja de grandes manifestações com outras pessoas. Não consigo dizer-lhe "Não", dou-lhe tudo o que pede ( é bem pouco), ofereceu-se para me ajudar a pendurar a roupa, é prestável, ternurento, aquilo que se pode chamar a criança ideal. Oxalá não se estrague, mas tenho tanto receio do futuro!

O mar sempre belo e sempre bravo fazia um barulho embalador. Mesmo assim ouvi musica, desta vez árias de ópera escolhidas que tenho aqui no meu Ipod. Foi uma tarde linda.
Fica aqui uma das árias mais comoventes que conheço da ópera O Pescador de Pérolas de Bizet e de homenagem a Salvador Dali:
domingo, 4 de setembro de 2011
Fim de tarde
Já em casa, consegui comprar bilhetes para ver um musical fantástico que é o sucesso maior em Londres neste momento: Billy Elliot, cuja história já foi feita em filme.
É a história duma criança , filho dum mineiro nos anos 80, que sonha ser bailarino e não tem nem dinheiro, nem o apoio do Pai viuvo para concretizar o seu sonho. A música é de Elton John e promete, pelo que já ouvi da banda sonora. Comprei os bilhetes online, são caros, mas valem a pena. Todos os musicais que vi lá ou na Broadway eram excepcionais e nunca mais os esqueci.
sábado, 6 de agosto de 2011
Tempo de família
Os ingleses têm a expressão family quality time para definr aquelas horas, minutos ou dias dedicados à família, em que estamos presentes, ouvimos as crianças, não lemos jornais ou mails no laptop, brincamos com elas, damos-lhes atenção e carinho. Infelizmente os pais cada vez têm menos paciência para estar com os filhos e muitas vezes - não é o meu caso graças a Deus - empurram-nos para os Avós, tios ou amigos, de modo a poderem dedicar-se ao trabalho, mesmo em tempo de descanso.
Hoje fui com o meu flho , filha e netos à Foz, apenas por duas horas. Estava-se maravilhosamente na Praia da Luz, onde não costumo ir, por ser mais concorrida e demasiado perto da areia, vê-se o mar muito longe para meu gosto. A Praia dos Ingleses é mais interessante, pois me parece estar num barco,com as cordas mesmo junto ao mar, sobretudo quando a maré está cheia.
A escolha foi perfeita, pois enquanto nos sentávamos à mesa, os miudos saltaram para a areia e foram-se entretendo connosco a vigiar: apanharam pedrinhas, conchinhas,jogaram beach ball, fizeram um castelo de pedregulhos, enfeitaram-no com algas grandes, correram, comeram meia tosta mista cada um e estiveram ali felizes durante aquele tempo.
Às tantas, saltei para a areia também e ali estive na brincadeira com o meu neto mais novo, que tem sido mais descurado por mim, por ter apenas dois anose estar muito apegado à Mãe. Fala imenso, ri-se com tudo e é um miudo encantador.
Assim se passou uma tarde simples e agradável, sem demasiado tempo a andar de automóvel,
que é uma coisa que não aprecio...os meninos vieram para casa mais bem dispostos e o pequenino quis que eu lhe desse a mão até à porta de sua casa. Fiquei feliz.
Hoje fui com o meu flho , filha e netos à Foz, apenas por duas horas. Estava-se maravilhosamente na Praia da Luz, onde não costumo ir, por ser mais concorrida e demasiado perto da areia, vê-se o mar muito longe para meu gosto. A Praia dos Ingleses é mais interessante, pois me parece estar num barco,com as cordas mesmo junto ao mar, sobretudo quando a maré está cheia.
A escolha foi perfeita, pois enquanto nos sentávamos à mesa, os miudos saltaram para a areia e foram-se entretendo connosco a vigiar: apanharam pedrinhas, conchinhas,jogaram beach ball, fizeram um castelo de pedregulhos, enfeitaram-no com algas grandes, correram, comeram meia tosta mista cada um e estiveram ali felizes durante aquele tempo.
Às tantas, saltei para a areia também e ali estive na brincadeira com o meu neto mais novo, que tem sido mais descurado por mim, por ter apenas dois anose estar muito apegado à Mãe. Fala imenso, ri-se com tudo e é um miudo encantador.
Assim se passou uma tarde simples e agradável, sem demasiado tempo a andar de automóvel,
que é uma coisa que não aprecio...os meninos vieram para casa mais bem dispostos e o pequenino quis que eu lhe desse a mão até à porta de sua casa. Fiquei feliz.
sábado, 20 de novembro de 2010
Tarde calma de outono
Lá fora chuvisca de vez em quando, mas quando as nuvens não estão muito espessas, abrem-se clareiras luminosas de uma cor dourada-prateada magníficas. As árvores saúdam esta luz benfazeja, brilhando em todas as suas gotículas. Uma imagem que se alia ao cheiro característico da humidade entranhada na natureza, só possível nestas épocas de invernia.
O meu neto assobia melodias várias enquanto constrói uma carro em LEGO, bem complexo, com peças minúsculas,
Na cozinha, pinto e preparo um assado ao mesmo tempo. Vou-lhe fazer peixinhos da horta, a ver se ele come vagens ( diz que não gosta).
O meu quadro está um pouco gótico, mas hoje enveredei pelo roxo e lilás, cores de que que gosto muito. São invernias também.
Nos intervalos dos assobios, ponho a tocar os Improvisos de Schubert. Maria João Pires no seu melhor.
Quereria guardar estes momentos e metê-los num cofre para os abrir quando, já senil, não puder viver a 100% e os netos já forem grandes , estiverem ocupados e eu rodeada de estranhos. É uma imagem que me assusta.
domingo, 12 de setembro de 2010
Domingo de verão
Na Foz parecia Julho ou Agosto. Um calor de rachar, nem pinga de vento, pessoas a disfrutar dos prazeres do verão serôdio. Crianças felizes. Mas muitos estrangeiros já de certa idade a tomar banhos e a namorar.
Por sorte o concurso challenge do site Woophy ( World of Photography) deste mês é : Pleasurable moments ( Momentos deliciosos). Tirei várias fotos e concorri, mas só depois do dia 15 saberemos quem venceu.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
VENEZA...no ano 2000

Estive lá nesse ano, em Fevereiro, no Carnaval. Fortuitamente... uma surpresa do meu filho que se ia casar daí a uns meses e que vivia em Munique. Apanhámos o comboio em Innsbruck e dentro de cinco horas estávamos em Veneza, a abarrotar de gente, máscaras,papafogos, saltimbancos, doges e princesas...um sonho, que esta pintura procurou traduzir pois foi inspirada numa foto tirada por mim com uma máquina das antigas, uma Canon EOS 50, no LIDO, com a vista para a cidade.
Sei que a canção de Charles Aznavour é muito triste, mas coloco-a aqui, pois é para mim uma das mais belas canções dele. E também glorifica a cidade.
O vídeo é uma homenagem ao Carnaval e à pintura. Não poderia ser melhor.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
O verão na minha rua
Sentada no sofá da minha sala, contemplo as árvores - mais de dez espécies diferentes - que se vêem daqui da janela e que me envolvem no seu manto verde quase amazónico. Ontem chuviscou um pouquinho à noite e foi o bastante para toda esta verdura resplandecer, livre dos pós e poluição do Campo Alegre, povoado de carros, autocarros e motociclos de manhã à noite.A esta hora o folhedo agita-se levemente com a nortada fresca e os cambiantes de cor vão mudando, mostrando as várias realidades que cada planta é em si mesma ( ver artigo sobre Física Quântica da minha amiga Regina no seu blogue).
É a chamada hora de ponta, a que os ingleses chamam rush hour, excitante para quem a observa da varanda, mas não para quem se enreda em filas intermináveis de veículos, ansiando por chegar a casa.
Não trocava esta localização por outra aqui perto. Gosto de sentir o pulsar da cidade.
Gosto desta sensação de que há vida para lá do meu pequeno círculo e mergulho em conjecturas sobre quem serão estas pessoas, donde vêm , para onde irão.Nunca saberei.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Escrito na pedra
Não tencionava escrever mais nada no blogue hoje.
Ao fim da tarde dei uma volta a pé pelas rochas aqui em frente de casa e a luz estava belíssima,tão diferente do habitual, que tirei umas vinte fotos.
Acabei por descobrir inúmeras inscrições e desenhos, assim como dezenas de fósseis, que são muito interessantes e falam de histórias e aventuras de animais ou de pessoas que por aqui passaram há muitoa anos.
Um amigo meu, que costuma comentar aqui, diz que escreveu o seu nome nestas rochas nos seus tempos de juventude, mas não encontrei nenhum vestígio dele...:)
Aqui vão algumas fotos desta bela tarde e uma homenagem a estas rochas que já viu quatro gerações...
Uma destas rochas, a que podem ver em baixo era apelidada de rocha da Tia Bicas, nome por que sou conhecida na família, pois era a minha preferida para mergulhos de cabeça na maré cheia. Custa a acreditar....mas é verdade.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Juliette Binoche

Foi e é ainda uma das minhas actrizes de culto.
Um rosto único, uma expressão de beleza quase etérea, intérprete excelente nos mais variados papeis, vi-a praticamente em todos os filmes que passaram por cá.
Hoje fui à piscina com o meu neto mais velho, meu companheiro de proezas natatórias, cada vez mais lesto debaixo de água, no jogo do apanha com uma chinela à falta de bola :), fazer bolhinhas debaixo de água em uníssono, cambalhotas da borda da piscina, mergulhos de cabeça ( que a Avó já não pode executar), pérolas no fundo do mar,o primeiro a tomar o chuveiro é Rei, etc.
Foi uma tarde em beleza, como muitas que já passei com ele, desde que comecei a frequentar a piscina do Ipanema Park - onde ele não paga nada até aos 10 anos.Ensinei-o a nadar e ele foi um aluno exímio.
Qual a semelhança entre esta ida à piscina e Juliette? Uma: a piscina, a cor azul, o silêncio debaixo de água, a paz que se encontra lá dentro...

(in designika net)
No filme AZUL, decerto um dos mais conhecidos da Trilogia Cores de Kieslowski, Juliette representa uma mulher que perde o marido, compositor, num desastre de automóvel e que passa por um sofrimento indescritível até conseguir a redenção pela obra musical, que ela própria consegue acabar e levar até ao palco da sala de concertos, o Hino à Europa.
No filme Julie vai para uma piscina à noite e mergulha várias vezes para conseguir afastar os seus fantasmas. Só se vê o azul da água e a sua figura tal sereia, emergindo e submergindo da água.
Juliette acabou de ganhar o Prémio para a melhor Actriz no Festival de Cannes. O seu agradecimento ao Juri constituiu num apelo ao governo do Irão para libertar um realizador iraniano, preso político, acusado de realizar filmes contra o regime. O realizador foi libertado ontem, segundo os media. Vivam Juliette e mulheres como ela. Únicas em beleza e em atitudes.
Vai aqui um trailer deste maravilhoso filme : BLEU.
sábado, 3 de abril de 2010
Cristo ressuscitou. Aleluia, aleluia
Hoje estive em contemplação. Sozinha. Duas horas na Foz, meia hora no Jardim Botânico. Feliz.
A Natureza ali a dez minutos de casa, a cinco minutos a pé da minha porta. Sou mesmo privilegiada. Senti o ALELUIA dentro de mim, mas também o ouvi do meu IPOD , assim como ao concerto Brandeburguês nº 2 de Bach , o mais belo dos seis , na minha opinião.
Não consigo descrever o que vi hoje. O mar, em cambiantes de azul, prata, cinzento, em ondulação constante, eriçando-se com o vento de encontro às rochas, que lhe concedem todos os caprichos e se deixam envolver naquele manto sensual de espuma. Quisera ser poeta, como tantos,para poder transcrever no papel a sintonia perfeita entre a minha alma, o mar , a areia e o céu. Tirei fotografias, essas revelam em parte aquilo que vi, mas só em parte, pois o panorama é imenso.
No Café dos Ingleses, o cantinho dos poufs estava livre, sentei-me num deles, mesmo em frente da janela em cima do mar. Ali estive a ouvir música e a ler revistas, parando para contemplar as ondas, que vinham cada vez mais perto acariciar a areia e fustigar as rochas. A janela estava aberta, mas não se sentia vento. Um chá de manga e uns scones para adocicar a experiência.
Paz. Beleza. Privilégio.
Ao vir para casa no autocarro quase vazio - tudo vai de carro para a Foz, porquê, meu Deus? - reparei que o J. Botanico estava aberto, agora fecha uma hora mais tarde.
Fui lá. A fontezinha ao canto ostentava um grande nenúfar. Só um. Lindo, a reflectir-se na água tremelicante esverdeada. Um espectáculo.
Os lagos de nenúfares espelhavam as nuvens prateadas e o sol já tardio dum modo que nunca tinha visto - e vou lá muitas vezes - oa nenufares pareciam de prata. Apetecia-me trazer aqueles lagos para minha casa e olhar aqueles reflexos sem parar.Ou então ser capaz de os pintar.
No labirinto havia tulipas, amarelas, rosas, vermelhas, suculentas, já abertas. E o caramanchão ainda estava à espera que as glicíneas rebentassem as águas e surgissem à luz. Mais umas semanas e já aí estão.
É assim que se goza uma tarde de Páscoa. Religiosa. Um hino ao Criador e à sua Criação. Esteja Ele onde estiver.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Há quem diga
que o melhor de Lisboa é o comboio que parte para o Porto... em gíria bairrista e um pouco tacanha, na minha opinião. Não concordo...há muitas coisas belas em Lisboa e conheço-as bem, visto que morei 29 anos na minha cidade natal e percorri-a toda durante anos e anos de liceu e faculdade... levava uma hora para chegar a FLUL, era extenuante por vezes, mas fiquei a conhecer bem a minha cidade. Também gostava de passear pelas avenidas novas, na Baixa, ir ao cinema, vasculhar os quiosques do Saldanha e ao mercado do Lumiar, já depois de casada.
Apesar disso tudo, sinto uma certa emoção na Estação do Oriente no momento em que o Pendular vai dar entrada na plataforma e eu sei que vou poder sentar-me confortavelmente num lugar sozinha, com música a imperar sobre todos os outros ruidos que o não são, com um bom livro como aquele de que vos falei hoje ou, simplesmente, a olhar o Tejo tão largo que mal se vê o outro lado, os cabos eléctricos , silhuetas negras em fundo azul ou cinzento, terras e terras do nosso país tão belo...e sair no Porto, minha cidade de adopção, onde sou feliz.
Ontem só tirei uma foto em Lisboa porque estava demasiado cansada e dolorida da consulta para mais esforços, a minha carteira estava pesadíssima com tudo o que lá tinha e limitei-me a ver livros e a comer um qualquer snack na estação antes da viagem.
Tirei esta foto quando o comboio se vinha já a aproximar porque não resisti. Aqui está ela.
Apesar disso tudo, sinto uma certa emoção na Estação do Oriente no momento em que o Pendular vai dar entrada na plataforma e eu sei que vou poder sentar-me confortavelmente num lugar sozinha, com música a imperar sobre todos os outros ruidos que o não são, com um bom livro como aquele de que vos falei hoje ou, simplesmente, a olhar o Tejo tão largo que mal se vê o outro lado, os cabos eléctricos , silhuetas negras em fundo azul ou cinzento, terras e terras do nosso país tão belo...e sair no Porto, minha cidade de adopção, onde sou feliz.
Ontem só tirei uma foto em Lisboa porque estava demasiado cansada e dolorida da consulta para mais esforços, a minha carteira estava pesadíssima com tudo o que lá tinha e limitei-me a ver livros e a comer um qualquer snack na estação antes da viagem.
Tirei esta foto quando o comboio se vinha já a aproximar porque não resisti. Aqui está ela.

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