segunda-feira, 5 de março de 2012

Vergonha

É o nome dum filme, não me refiro à situação do país. Até agora, consegui não misturar a política com as artes, mesmo que haja relações entre ambas. E assim farei sempre que possível.

Fui vê-lo ontem, principalmente por causa do
actor principal , Michael Fassbender, um germano-irlandês ( mistura explosiva) que me fascina. Já o vira a interpretar Rochester
em Jane Eyre, um dos melhores filmes que vi no ano passado e em Um Método Perigoso, em que interpreta Carl Jung, contracenando com a linda Keira Knightley

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É um filme diferente de que, paradoxalmente, se aprende a gostar, finda a exibição e passadas umas horas; deixa-nos a pensar, a matutar e a admirar a sobriedade do décor, a profundidade psicológica daquela personagem, o ghetto em que vive e o desespero perante a inevitabilidade da sua dependência.
Este tipo de filmes lentos e intimistas causam algum embaraço aos espectadores. Reparei que muitos ficaram sentados nas cadeiras, mesmo depois do filme terminar.
Vergonha é considerado um excelente filme pelos críticos, um filme que Hollywood ignorou, não havendo qualquer nomeação para óscares, porventura porque é um filme ousado, com cenas de sexo explícitas e um tema pouco ortodoxo.