segunda-feira, 18 de junho de 2012

Ausência

Já há dias que não escrevo.
Não me sinto particularmente inspirada, o tempo não ajuda, as festas nunca me animaram muito, pelo contrário, fico sempre ansiosa antes de qualquer evento.

Hoje o meu filho presta provas para Professor Agregado da FEUP. São dois dias de discussão do curriculo, interrogatório e apresentação de palestra em inglês. Só vou amanhã, quero vê-lo quando acabar. Sei que vai correr bem, pois de uma maneira geral, ele nunca me deixou ficar mal e gosta do que faz, mas sinto-me nervosa.


Ontem foi a 1ª Comunhão do meu neto mais velho. Uma cerimónia longa e cansativa para as crianças e Pais numa igreja que não tinha lugar nem para metade dos presentes. O Colégio Alemão costuma usar os Clérigos para estas cerimónias , mas desta vez, tiveram de a realizar numa igreja mais pequena e que não tem condições para tais eventos religiosos.

Mesmo assim, comovi-me ao ver os meus filho e nora a tocar orgao, guitarra e flauta e o meu neto violino a solo. Os intrumentos musicais nas igrejas   são  esteticamente muito mais belos, não gosto das canções que os coros - femininos em geral - agora cantam nas missas, transformando algo místico em cena popular. São canções pop, acompanhadas à guitarra, sem respeitar , na minha opinião, o respeito e estética que se exige dentro duma igreja.
Já há muito que não consigo ouvir missas....
Quando o meu filho e o meu neto  tocaram Bach, sem cantorias, foi um silêncio absoluto....lindo. Vê-se que é isso que as pessoas gostam...


Depois seguiu-se um almoço em Leça nos Viveiros da Mauritânea com a família toda. O festejado estava muito bonito e os irmãos e primos já são dez. É bom ver crescer a família.
De repente reparei que eu era a pessoa mais velha do grupo e fiquei um pouco comovida.
Fiz um discurso curto, como a minha Mãe fazia no Natal, a lembrar a alegria de se estar em família... e a desejar que dure até sempre.