Não tenho dado grande importância aos eventos realizados na capital, porque vivendo no Porto, me centralizo mais naquilo que se passa nesta cidade. Mas hoje, resolvi dedicar esta Entrada a uma amiga minha que adora a dança, e felicitar simultaneamente a "minha" cidade, que vai ter após 5 anos de jejum a festa do campeão da LIGA de futebol. Antecipadamente lhes desejo felicidades para o jogo do título.
Do Público : Cartaz do LazerA terceira e última criação de
Rui Horta enquanto artista associado da temporada do
Centro Cultural de Belém. Uma reflexão sobre a identidade, um estudo de uma "geografia pessoal" que passa pelo corpo como ferramenta de descoberta do mundo. De
11 a 16 de Maio."T
inha-me habituado, a todas as semanas, pegar na minha bicicleta e descobrir um novo trilho e uma nova paisagem. Habitualmente, partia de manhã cedo e regressava antes do meu dia verdadeiramente começar. Era como que um prólogo para uma rotina anunciada. Às vezes perdia-me..."
Segundo o coreógrafo, há quem vá para a Namíbia ou para o Tibete para perder-se (e, com isso gaste imenso dinheiro...). E há quem se perca ao virar da esquina, quase à porta de casa. Para qualquer criador a dúvida, a perda e o risco são a própria matéria da construção da obra, com o qual convivem no dia-a-dia: a investigação, a experimentação.
Das três obras que criou para o
CCB, enquanto artista associado nesta temporada, esta é para
Rui Horta, a mais narrativa e também a mais pessoal. Um discurso sobre a busca da identidade, nos antípodas do plausível, na fronteira da ironia. Só podia ser feita por ele e para ele mesmo, ou para um intérprete com o qual tenha partilhado um sem número de aventuras criativas ao longo de dezoito anos, o actor, bailarino e intérprete multifacetado
Anton Skrzypiciel.
Além de
Skrzypiciel, para esta obra
Rui Horta faz-se acompanhar dos seus cúmplices habituais, o compositor
Tiago Cerqueira, o actor/ encenador
Tiago Rodrigues e o designer de multimédia
Guilherme Martins.
PÚBLICO