domingo, 9 de maio de 2010

Dança- Local Geographic - CCB Lisboa



Não tenho dado grande importância aos eventos realizados na capital, porque vivendo no Porto, me centralizo mais naquilo que se passa nesta cidade. Mas hoje, resolvi dedicar esta Entrada a uma amiga minha que adora a dança, e felicitar simultaneamente a "minha" cidade, que vai ter após 5 anos de jejum a festa do campeão da LIGA de futebol. Antecipadamente lhes desejo felicidades para o jogo do título.



Do Público : Cartaz do Lazer
A terceira e última criação de Rui Horta enquanto artista associado da temporada do Centro Cultural de Belém. Uma reflexão sobre a identidade, um estudo de uma "geografia pessoal" que passa pelo corpo como ferramenta de descoberta do mundo. De 11 a 16 de Maio.

"Tinha-me habituado, a todas as semanas, pegar na minha bicicleta e descobrir um novo trilho e uma nova paisagem. Habitualmente, partia de manhã cedo e regressava antes do meu dia verdadeiramente começar. Era como que um prólogo para uma rotina anunciada. Às vezes perdia-me..."

Segundo o coreógrafo, há quem vá para a Namíbia ou para o Tibete para perder-se (e, com isso gaste imenso dinheiro...). E há quem se perca ao virar da esquina, quase à porta de casa. Para qualquer criador a dúvida, a perda e o risco são a própria matéria da construção da obra, com o qual convivem no dia-a-dia: a investigação, a experimentação.
Das três obras que criou para o CCB, enquanto artista associado nesta temporada, esta é para Rui Horta, a mais narrativa e também a mais pessoal. Um discurso sobre a busca da identidade, nos antípodas do plausível, na fronteira da ironia. Só podia ser feita por ele e para ele mesmo, ou para um intérprete com o qual tenha partilhado um sem número de aventuras criativas ao longo de dezoito anos, o actor, bailarino e intérprete multifacetado Anton Skrzypiciel.

Além de Skrzypiciel, para esta obra Rui Horta faz-se acompanhar dos seus cúmplices habituais, o compositor Tiago Cerqueira, o actor/ encenador Tiago Rodrigues e o designer de multimédia Guilherme Martins.

PÚBLICO