Polanski sempre deu que falar.
Lembro-me do seu nome desde que me lembro de ir ao cinema. Por sinal o primeiro filme dele, que o meu ex- insistiu em ver - éramos intelectuais (!!!) nos nossos vinte anos - depois de uma breve discussão sobre se deveríamos ir ao "
O Jardineiro" ou ao "
O Beco" e fomos a este último de
Polanski, decepcionou-me muitissimo, era " uma seca" como diríamos agora.
Monótono, sem enredo quase.
O filme que fui ver ontem com os meus tres filhos é o contrário.Um
thriller com a técnica e atmosfera inglesas e um realizador europeu. Excelentes actores
Ewan McGregor em destaque, muito
low profile, uma paisagem lindíssima numa ilha, que é suposto ser
Martha Vineyard, perto de Boston - onde estive no ano passado - mas que fica na costa alemã, na realidade. Um puzzle que só se deslinda no fim e sobre o qual não conto nada, pois iria ser uma
spoiler e estragaria o prazer de quem não viu o filme.
O romance foi escrito por Robert Harris, que também auxiliou no argumento Não estamos aqui perante nenhuma obra-prima, nem filme de culto, mas são duas horas muito bem passadas - não fossem as pipocas e os risinhos de pessoas que não sabem o que é cinema, nem silêncio. Custa-me verificar que hoje em dia, muitas pessoas não conseguem estar às escuras numa sala, sem conversar, dizer disparates ou comer. Mal empregadas sessões de cinema com tanto conforto e ambiente. Ainda por cima os meus cartões ZON e o Visa deram-me dois dos quatro bilhetes!!!
Uma soirée bem passada, que aconselho a todos os que gostam de bom cinema.