terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Fuga para as galáxias
(clicar)
Não gosto destes dias cinzentos - hoje foi excepção - que acabam às 4 horas e deixam uma indizível tristeza no ar. Acordo de manhã, sem vontade de me levantar, só apetece estar debaixo dos cobertores, sonhar e adiar o mais possível o confronto com o real. A vida é simples, a casa é boa, há aqui paz e não preciso de sair a não ser quando me apetece. Estou com uma enorme relutância em fazer coisas por obrigação, acho que atravesso um momento especialmente anti-social, sem razão. Fora os netos,não me apetece aturar mais ninguém, não me apetece ir a eventos, falar com pessoas de trivialidades.
Hoje aventurei-me pelas galáxias. Este quadro lembra-me o universo...
Galáxias, mutantes nichos
No escuro vão do universo
Que rodopiam e se harmonizam
Formando rimas e versos.
Pó de estrelas cadentes
Que raios cosmos aquecem,
Que o gelo torna dormente
E gases mil arrefecem.
Galáxias, vida e poeira
Da estrada plena e divina,
Trovas soltas na ladeira,
Poema que a Deus fascina.
Galáxias, nicho da gente,
Fonte vital, pura, híbrida,
Onde o verbo inteligente
Escreve diferentes vidas.
(in Overmundo)