Sei que já estamos em Fevereiro e que não faz grande frio, mas hoje deu-me uma enorme vontade de acender a lareira.
Lá fora está uma tarde cinzenta e chuvosa, o meu filho dorme uma sesta a recompor-se de uma semana de "directas", com exames e trabalhos para apresentar todos os dias no CEJ. Veio ao Porto ao fim dum mês. Com ele vem a música country, as novas bandas, tão melodiosas e repousantes que me agradam plenamente, esquecida que estou do tempo em que ele ouvia rock no quarto e o meu ex- se preocupava imenso com a fase gótica, que atravessou.
Tudo passa, cheguei à conclusão de que não vale a pena dar grande importância aos adolescentes quando eles parecem não ter o mínimo interesse pela família e querem é que os deixem em paz. Este meu filho foi mais rebelde e , no entanto, é aquele que mais ligado está a mim, por ser o mais novo, por ter estado comigo sempre e eu com ele, mesmo quando foi para Braga estudar Filosofia, de que se arrependeu mais tarde, mudando para Direito.
Vem na sexta à noite, almoçamos junts no ´sabado, vai jantar com amigos, no domingo almoçar com o Pai, ouvimos música, brincamos sobre o facebook, lavo e passo-lhe as camisas, vemos futebol na TV quando o há , deitamo-nos as 2 da manhã e ... assim passa o tempo, um tempo que nos recompensa de muitas e muitas semanas de distância. Deus permita que seja sempre assim, que nada nos separe em termos afectivos, já que a vida vai necessariamente levá-lo para longe durante temporadas grandes. A vida de Juiz é dura e exclusiva, sei-o por experiência própria.
Ficam aqui duas bandas de que ele e eu gostamos muito: Alasdair Roberts, um cantor escocês que ainda agora tocou aqui na Casa da Música e Woven Hand, que já esteve em Lisboa:
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