Hoje é Dia de Portugal.
Nada melhor do que glorificar este país, tirando fotografias dum lugar magnífico, onde muitos estrangeiros parecem viver felizes.
Muitos têm aqui morada permanente e isso nota-se nas lojas especiais para ingleses - produtos ecológicos, produtos exóticos, leites e natas, queijos, quark, salames e salsichas, empadas e bolos, tudo com um cheirinho a estrangeiro , o que talvez não seja o melhor para a nossa economia, mas faz com que sintamos o multiculturalismo dentro da nossa terra pequenina.
Gosto muito de vir para aqui, para esta casa, habitada por nós há 45 anos. Foi desenhada para a nossa família por um arquitecto amigo e é igual a outras seis em correnteza. Em tempos éramos todos amigos, agora já há mais de quatro gerações, que sorriem, mas se fecham na sua intimidade. Hoje houve um baptizado na casa da esquina. Foi engraçado ver daqui os meninos e meninas todos bem vestidos e relembrar os aniversários dos jovens que nós éramos em 1966 e depois os dos nossos filhos e netos.
O dia está lindo com um ventinho de oeste que virou a norte agora. Ontem vi um arco íris por detrás dos ramos da nossa palmeira moribunda. É sinal de que a vida continua.
Espero que a água continue boa, pois nadar aqui em frente de casa é das coisas que mais gosto, é quase uma piscina de água salgada.
Dia de Portugal. Miguel Esteves Cardoso escreve no Público uma crónica muito completa com as razões poque está apaixonado por este país. Pena é que tantos a tenham de abandonar por razões de emprego ou por não terem soluções de vida.