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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Feriados em paz

Hoje é Dia de Portugal.

Nada melhor do que glorificar este país, tirando fotografias dum lugar magnífico, onde muitos estrangeiros parecem viver felizes.
Muitos têm aqui morada permanente e isso nota-se nas lojas especiais para ingleses - produtos ecológicos, produtos exóticos, leites e natas, queijos, quark, salames e salsichas, empadas e bolos, tudo com um cheirinho a estrangeiro , o que talvez não seja o melhor para a nossa economia, mas faz com que sintamos o multiculturalismo dentro da nossa terra pequenina.

Gosto muito de vir para aqui, para esta casa, habitada por nós há 45 anos. Foi desenhada para a nossa família por um arquitecto amigo e é igual a outras seis em correnteza. Em tempos éramos todos amigos, agora já há mais de quatro gerações, que sorriem, mas se fecham na sua intimidade. Hoje houve um baptizado na casa da esquina. Foi engraçado ver daqui os meninos e meninas todos bem vestidos e relembrar os aniversários dos jovens que nós éramos em 1966 e depois os dos nossos filhos e netos.

O dia está lindo com um ventinho de oeste que virou a norte agora. Ontem vi um arco íris por detrás dos ramos da nossa palmeira moribunda. É sinal de que a vida continua.
Espero que a água continue boa, pois nadar aqui em frente de casa é das coisas que mais gosto, é quase uma piscina de água salgada.

Dia de Portugal. Miguel Esteves Cardoso escreve no Público uma crónica muito completa com as razões poque está apaixonado por este país. Pena é que tantos a tenham de abandonar por razões de emprego ou por não terem soluções de vida.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Aprender línguas


elmorisette.blogspot.com/

Hoje no I vem um artigo bastante longo sobre os portugueses e as línguas estrangeiras, que se aprendem ou se deseja aprender na escola.
Ensinei inglês e alemão durante anos. Alemão era para os alunos que queriam seguir Direito ou Germânicas, os únicos cursos que exigiam essa Língua. Hoje está quase eradicado da Escola, mesmo a nível do secundário, porque a maioria dos alunos acha a língua muito difícil e quer ter boas notas para poder entrar na universidade. Um contrasenso, pois só deviam contar para entrada na universidade as cadeiras nucleares e o resto deviam ser opções, quantas mais melhor, de quem quer crescer culturalmente, independentemente da via que vai seguir.As Línguas não são um luxo, mas uma necessidade.
Os meus filhos andaram todos no colégio alemão - não por luxo, mas por opção nossa, apesar de sermos bastante "remediados" nessa altura, estarmos a pagar o apartamento e termos tido tres filhos em 4 anos - 1976, 1979 e 1080, o que é obra! Fizémos enormes sacrifícios para lhes dar uma educação estrangeira a par da portuguesa, não viajámos durante anos, nem íamos ao cinema nem a restaurantes,sequer. O dinheiro desaparecia em propinas, camioneta e livros ou materiais escolares. Só houve dinheiro mais tarde, quando comecei a poder trabalhar noutras escolas- na Escola Prifissional de Música e no Isai, por exemplo - e a partir de 1985 para a Porto Editora, o que me permitiu outros vôos. Mas valeu a pena: os filhos falam 4 linguas, o que foi muito bom para o futuro deles.
Infelizmente, nessa altura, os alunos só tinham aulas de manhã até ao 9ºano...o que me obrigava a estar em casa de tarde, com horário misto ou a ter empregada nalguns dias. Faziam os TPCs todos em casa, o que já não acontece hoje em dia. O Colégio agora está aberto até às 5 e até nos dias de férias,os miudos vão para actividades durante o dia....nunca mais passam férias com os pais, a não ser no Verão.Também se paga muito mais do que nos anos 80-90.



Acho que se deve aprender línguas enquanto se é criança, mas não acredito muito no ensino do inglês aos pequenitos da primária pelos processos que tenho visto implementar nas escolas públicas. Os professores não têm preparação para lidar com crianças. Não é com joguinhos e canções que se aprende inglês, mas com escrita, muitos exercícios, muita comunicação oral com pés e cabeça e sobretudo com imersão na língua, experiências no estrangeiro, em locais onde só se pode falar inglês ou alemão.
Aprender espanhol na Escola, muito popular neste momento, será útil para os que querem tirar cursos em Espanha, mas o Inglês continua a ser a lingua franca das universidades de todo o mundo, na Ásia, nos EU e nos países europeus mais periféricos. Quem não sabe inglês, tem muita dificuldade em viver no estrangeiro, daí ser óptimo entrar em programas Erasmus, Comenius e outros.

Sinto-me privilegiada por poder falar 4 línguas bem. Ajuda-me muito quando vou ao estrangeiro e não só; para a minha progressão espiritual, intelectual e cultural também. É uma questão de cidadania.

domingo, 4 de outubro de 2009

Domingo de Outono



Um belo Domingo, com sol - embora um pouco envergonhado - temperatura quente quase tropical, Foz cheia de poovo nacional e estrangeiro ( será por causa da Ryanair que há muitos mais alemães no Porto?), o "meu" café dos Ingleses com a mesa do canto junto à praia livre e as deck-chairs vazias para a sesta depois do "prandium" ( almoço). O que é que se pode querer mais?



O mar está bravio, maré cheia, a embater contra aquele rochedo que tem mais histórias para contar que a minha Avó ( teria), ali em frente à varanda, pronto a deixar-se chicotear pelas ondas e a permitir que a rebentação brilhe em repuxo contra-luz. Um espectáculo, a 15m de autocarro da minha porta. Não esperámos - eu e a Luisa - mais do que 2 minutos pelo dito cujo e lá fomos pelas 13horas, juntamente com idosos que aproveitam o domingo para passear de transportes públicos, já que não têm carro nem saúde para andar a pé. Conhecem-se todos, falam uns com os outros ( de doenças, claro), não há discussões, nem pressas...é domingo.



Na praia uma dúzia de malucos alemães tomam banho de mar em cuecas - boxers talvez - radiantes com a proeza e com os mirones que os olham com espanto da varanda do café. O sol escalda por entre as nuvens e a água deve estar gelada, mas os efeitos energéticos devem ser elevados, pois dão direito a grandes canecas de cerveja no rescaldo da festa. Falam alto, gesticulam e pensam: Isto é que é vida e esta gentinha sempre a protestar contra tudo e todos....têm um clima que é uma dádiva de Deus!"

Oiço alguma música no meu Ipod para calar a "salsa" que vem pelos altifalantes: Agnus Dei de Bach, Chaconne da partita para violino de Bach-Buisoni, tocada pelo grande-pequeno Eygen Kissin. Evasão total...e o estrondo das ondas em pano de fundo.



Para terminar um chá de canela e maçã com scones, tudo muito bem feito e barato. O café tem mudado de mãos , mas continua acessível e oferece uma localização privilegiada. Como podem ver pelas fotos, parece que se está na amurada dum navio e a boca fica cheia de sal...

Após mais um passeio de autocarro para casa, ainda passo sozinha pelo Jardim Botânico, que vai fechar dentro de meia hora, para visitar os nenúfares e as rosas, abertas e oferecidas aos poucos que por lá passeiam.




Ofereço estas flores aos leitores deste blogue, que fielmente têm acompanhado a minha vida quotidiana. Bem hajam!