sábado, 11 de junho de 2011

Fora do mundo


Há locais que me fazem acreditar na Beleza, na Natureza, na Permanência....away from it all, como dizem os ingleses, embora esteja rodeada de gente.
A companhia do meu filho veio acrescentar uma mais valia a esta estadia curta, pois os meus sobrinhos com dois bébés pequeninos de 1 ano, mal têm tempo para levantar cabeça...as crianças hoje em dia estão muito dependentes dos pais e parece que têm receio de os perder a toda a hora, choram desalmadamente se um deles se afasta por minutos. Têm vícios que são acalentados por falta de cuidado dos pais em criar hábitos saudáveis e em recusar algumas coisas aos filhos, pensando que tem culpa por eles não estarem felizes. Penso que não era assim no nosso tempo, os eus filhos não levavam horas a adormecer, nem o faziam ao colo ou a mamar... Não tenho muita paciência para ouvir crianças a chorar , nem para tomar conta delas, quando não são minhas...fazer tegatés, falar à bébé, entretê-los não é comigo....sei que é uma falha minha, mas tive que aturar os meus sobrinhos a vida inteira e mais os filhos, os alunos e a paciência esgotou-se.
Gosto das crianças grandes, com quem se conversa, a quem se contam histórias, que sabem ouvir e que não estão sempre a querer atenção.

Esta vila continua linda e pasmo como ainda me comovo a ver o pôr do sol sobre a prainha ou as rochas da Ponta da Piedade lá no fundo, por detrás da Rocha negra, uma rocha vulcãnica, a única que existe aqui no Algarve, segundo dizem. Hoje andava um rapaz a tomar banho as 9 da noite e aquela figurinha no meio do oceano azul e dourado ao sol poente tornava tudo tão poético e irreal que tirei uma série de fotos.

Deixei-me fica ali a contemplar o mar, feliz e fora do mundo.