quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Pânico ( Já com fotos para amenizar:)

Nao gosto nada de escrever sem acentos, mas este PC é brasileiro e obedece





acordo ortográfico:)))
(isto já está ultrapassado, pois rectifiquei o texto).

Hoje quase morri...eu, uma photofreak ( dependente fotografica) perdi a minha maquina Leica.
Andei duas horas a ver lojinhas sem comprar grande coisa porque eles não tem visas e fui levantar dinheiro num supermercado que ficava no c...de Judas, desculpem, mas era mesmo. Andar neste piso de pedras enormes com chuva é pior que uma tortura da Idade Média.
Lá consegui levantar uns Reais - estava um guarda de metralhadora em punho a porta - mas a maquina funcionou! Ja há seis dias que nao levantava dinheiro, pois os bancos estiveram em greve e era dramático não o fazer, embora poupasse muito dinheiro.

Depois disso, fui logo ao atelier do meu amigo Luiz e adquiri uma tela muito curiosa, cuja foto colocarei aqui quando estiver no Porto. Nao foi barata , mas ficará como recordação do Brasil para sempre...

Quando cheguei ao hotel encharcada, apesar do chapéu de chuva, reparei que a máquina nao estava na carteira....!!! Só o estojo.

PÂNICO!!! Desatei num choro, mais derivado ( como se diz agora) da fraqueza pois eram 13 horas e não comia desde as 7, e o meu filho que, por acaso, estava aqui na pousada a trabalhar no laptop, ficou transtornado com a minha depressão e ofereceu-se logo para ir comigo comer primeiro e depois procurar a Leica. Isto pode-se chamar mesmo amor filial, pois ele está em stress com tanta conferência e responsabilidade.

Lembrei-me que as ultimas fotos tinham sido tiradas antes de começar a chover e de comprar um chapeu de chuva, quando parei numa loja de t-shirts para criança e estive a ver umas para os meus netos. Acabei por não as comprar pois a empregada disse que faria desconto se eu pagasse cash.
Mas... cadê a loja citada, como iria eu lembrar-me do local numa selva comercial que é Paraty, cheia de artesanato e ateliers?

Memorizei que ficava ao pé do banco ITAÚ, onde nao conseguira levantar o dinheiro há dois dias, e perguntei a uma senhora onde era o banco. Ela disse-me logo e em 5m chegamos lá. Entrei, perguntei pela máquina, a menina olhou três vezes para mim ( perguntei-me como é que alguém mais iria saber ou adivinhar que eu tinha deixado a minha querida camara naquela loja).Tive um sobressalto...e a rapariga, depois do suspense, disse finalmente: ESTÁ AQUI.
DEUS SEJA LOUVADO!
As minhas 200 fotos iriam todas para o galheiro e a máquina comprada nos EUA em 2008 morreria logo ali...se ela dissesse: NAO ENCONTREI!

Mas DEUS é grande e está em toda a parte... até em Paraty nos confins deste Brasil lindo.

O meu filho manteve-se cool, sabia que eu iria encontrá-la pois já perdi câmaras cinco vezes (com esta) e encontrei-as sempre. A primeira foi em Estocolmo, depois em York, mais tarde em Valongo, a quarta na Foz.

Comecou a dança quando comecei a namorar o meu futuro marido em 1965...poupo-vos a descrição de todos estes eventos:))

Vou terminar por agora, acho que não vou tirar mais a camara do estojo....isto foi mau demais!!:))