Gosto de dias cinzentos.
Hoje ameaça chuva, mas ainda não vi gotas de água.Lembrei-me de ir rever algumas fotos a preto e branco e a cores tiradas em diascinzentos e encontrei umas que fiz há meses num dia em que saí de autocarro na Cordoaria - praça de que gosto muito junto aos Clérigos - e chovia bastante.
Apesar disso, andei por ali com a máquina e as fotos ficaram muito românticas, muito Porto...resolvi pô-las aqui hoje, Sábado de Páscoa, dia que nada me diz, dia morto, dia cinzento...
Bach coaduna-se bem com estas fotos. Um Andante lindo do Concerto Brandeburguês nº 2.
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sábado, 7 de abril de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
Saudades do antigamente
Dantes ia ao cinema aqui no Porto. Na cidade. Ou melhor no Cidade, shopping center construído com polémica, mas que se tornou rapidamente um local de convívio no coração da cidade, junto à Rotunda da Boavista, onde vão jovens e velhos, turistas, estudantes,mães de família como eu outrora, executivos, toda a espécie de "povo".
É um local bonito, em tons de azul ( tinha de ser) e que dantes - não há muito tempo - oferecia 4 filmes de tarde e à noite, todos independentes, em cinemas acolhedores, confortáveis e seguros. Não havia pipocas, mas à volta, a Praça da Alimentação estava sempre cheia, com gastronomia da mais variada. A comida manteve-se, os cinemas fecharam. Sintomático. Não precisamos de encher a cabeça de ideias, nem de nos evadirmos para o país dos sonhos, mas é necessário continuar a encher o estômago de hamburgers, massa chinesa ou sopa de Pedra.Em breve esta cidade só terá lojas de alimentos, mercearias, supermercados, restaurantes, cafés e.....telemóveis e bancos, claro.
Cinemas, não.
Vi filmes fantásticos nesses 4 cinemas. Ainda lá estão os restos, pois o espaço não serviu para mais nada, nem sequer aproveitaram a sala maior que poderia ser um teatro ou sala de concertos. Um desperdício.
Passei a ir comer à Arcádia dentro da Livraria Leitura, onde se pode sentar e folhear os livros da moda , centenas de exemplares que todo o bicho-careta hoje consegue publicar, não sei com que fim e para que público-alvo. Ficção, não ficção, poesia, infanto-juvenil, jurídicos, bricolage, saúde, alguns de Arte, o diabo a 4. Não falta que ler...e não faltarão os leitores?
As lojas de CDs estão todas a fechar. Já não se vende música, pirateia-se o que se quer ou compra-se pela net. Lojas como a Melody sempre com uma escolha maravilhosa de música clássica, onde comprei raridades para flauta, um dos instrumentos que o meu filho e nora tocam. Já não resta nada. Lojas de roupa cada vez mais caras como a Throttleman e a Mango sobrevivem não sei como. É o franchise!:))
Vim um pouco nostálgica. Deve ser da idade, as boas memórias do passado são muitas e as más apagam-se.
Em casa oiço no Mezzo a Madama Butterfly, com Placido Domingo e Mirella Freni, que me faz sempre chorar...contava o meu Avô que tinha pedido namoro à minha Avó durante uma récita desta ópera no Coliseu de Lisboa.Que a música o tinha inspirado. Ela era linda e 17 anos mais nova, ainda prima afastada dele. Puccini acompanhou-os toda a vida. A música e o sofrimento expresso nesta ópera transcende-me. Plangente.
Ironica e dramaticamente, não consigo deixar de associar a morte dalguns locais desta cidade ao hara-kiri da minha querida Butterfly, que tudo perde no final trágico da sua curta vida.
É um local bonito, em tons de azul ( tinha de ser) e que dantes - não há muito tempo - oferecia 4 filmes de tarde e à noite, todos independentes, em cinemas acolhedores, confortáveis e seguros. Não havia pipocas, mas à volta, a Praça da Alimentação estava sempre cheia, com gastronomia da mais variada. A comida manteve-se, os cinemas fecharam. Sintomático. Não precisamos de encher a cabeça de ideias, nem de nos evadirmos para o país dos sonhos, mas é necessário continuar a encher o estômago de hamburgers, massa chinesa ou sopa de Pedra.Em breve esta cidade só terá lojas de alimentos, mercearias, supermercados, restaurantes, cafés e.....telemóveis e bancos, claro.
Cinemas, não.
Vi filmes fantásticos nesses 4 cinemas. Ainda lá estão os restos, pois o espaço não serviu para mais nada, nem sequer aproveitaram a sala maior que poderia ser um teatro ou sala de concertos. Um desperdício.
Passei a ir comer à Arcádia dentro da Livraria Leitura, onde se pode sentar e folhear os livros da moda , centenas de exemplares que todo o bicho-careta hoje consegue publicar, não sei com que fim e para que público-alvo. Ficção, não ficção, poesia, infanto-juvenil, jurídicos, bricolage, saúde, alguns de Arte, o diabo a 4. Não falta que ler...e não faltarão os leitores?
As lojas de CDs estão todas a fechar. Já não se vende música, pirateia-se o que se quer ou compra-se pela net. Lojas como a Melody sempre com uma escolha maravilhosa de música clássica, onde comprei raridades para flauta, um dos instrumentos que o meu filho e nora tocam. Já não resta nada. Lojas de roupa cada vez mais caras como a Throttleman e a Mango sobrevivem não sei como. É o franchise!:))
Vim um pouco nostálgica. Deve ser da idade, as boas memórias do passado são muitas e as más apagam-se.
Em casa oiço no Mezzo a Madama Butterfly, com Placido Domingo e Mirella Freni, que me faz sempre chorar...contava o meu Avô que tinha pedido namoro à minha Avó durante uma récita desta ópera no Coliseu de Lisboa.Que a música o tinha inspirado. Ela era linda e 17 anos mais nova, ainda prima afastada dele. Puccini acompanhou-os toda a vida. A música e o sofrimento expresso nesta ópera transcende-me. Plangente.
Ironica e dramaticamente, não consigo deixar de associar a morte dalguns locais desta cidade ao hara-kiri da minha querida Butterfly, que tudo perde no final trágico da sua curta vida.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Sonhos e leituras
Hoje sonhei com um lugar magnífico e pela primeira vez, desde há muito, eu era feliz no sonho...estava acompanhada, não me lembro de pormenores, mas sentia-me calma e em paz.Nos sonhos é raro sentir-me assim, encontro-me sempre em situações difíceis com pessoas da minha família ou da escola, que me exigem algo que não consigo dar. Acordo sempre com alívio por saber que nada daquilo é real e que , estando sozinha, nada me pode acontecer e ninguém me pode exigir nada...Freud teria certamente uma resposta para isto.
Hoje à hora de almoço estive na varanda ao sol...
ouvi música e olhei em volta o arvoredo nu, contra o céu tão azul que até parece de porcelana. Não ouvi o telemóvel, o meu filho mais novo queria ir almoçar comigo, mas quando dei por ela, já ele estava em sua casa e queria trabalhar...:(
Fiquei triste e resolvi ler poesia. Ontem li praticamente um romance inteiro. Comecei a lê-lo por curiosidade e depois interessou-me saber mais, acabei por lê-lo de fio a pavio, o que me não acontecia há meses, desde que li o Na kontra Ka kontra de Fernando Gouveia ou o Jesusalém de Mia Couto. O romance que li ontem está mal escrito e é demasiado leve, mas acabou por me interessar por se passar nas décadas em que mais vivi a Vida - 60 e 70 - e descrever episódios da sociedade de então que bem conheci. É de Julio Magalhães, o da TVI e chama-se Um Amorem Tempo de Guerra ( nome duma série inglesa que era fantástica). Acaba bem e deixa uma sensação de feel good que talvez me tenha animado, daí ter sonhado com algo tão belo.
Hoje encontrei um site só com poesia de Sophia.É um livro electrónico.
Registando-nos no site temos acesso a mais e-books. Nunca tinha experimentado nada no género e achei fantástico com uma pintura muito sugestiva.
Destaco um poema dela que me diz bastante, embora já não sinta esta angústia há muito:
CIDADE
Cidade, rumor e vaivém sem paz das ruas,
Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta,
Saber que existe o mar e as praias nuas,
Montanhas sem nome e planícies mais vastas
Que o mais vasto desejo,
E eu estou em ti fechada e apenas vejo
Os muros e as paredes, e não vejo
Nem o crescer do mar, nem o mudar das luas.
Saber que tomas em ti a minha vida
E que arrastas pela sombra das paredes
A minha alma que fora prometida
Às ondas brancas e às florestas verdes.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Hoje à hora de almoço estive na varanda ao sol...
ouvi música e olhei em volta o arvoredo nu, contra o céu tão azul que até parece de porcelana. Não ouvi o telemóvel, o meu filho mais novo queria ir almoçar comigo, mas quando dei por ela, já ele estava em sua casa e queria trabalhar...:(
Fiquei triste e resolvi ler poesia. Ontem li praticamente um romance inteiro. Comecei a lê-lo por curiosidade e depois interessou-me saber mais, acabei por lê-lo de fio a pavio, o que me não acontecia há meses, desde que li o Na kontra Ka kontra de Fernando Gouveia ou o Jesusalém de Mia Couto. O romance que li ontem está mal escrito e é demasiado leve, mas acabou por me interessar por se passar nas décadas em que mais vivi a Vida - 60 e 70 - e descrever episódios da sociedade de então que bem conheci. É de Julio Magalhães, o da TVI e chama-se Um Amorem Tempo de Guerra ( nome duma série inglesa que era fantástica). Acaba bem e deixa uma sensação de feel good que talvez me tenha animado, daí ter sonhado com algo tão belo.
Hoje encontrei um site só com poesia de Sophia.É um livro electrónico.
Registando-nos no site temos acesso a mais e-books. Nunca tinha experimentado nada no género e achei fantástico com uma pintura muito sugestiva.
Destaco um poema dela que me diz bastante, embora já não sinta esta angústia há muito:
CIDADE
Cidade, rumor e vaivém sem paz das ruas,
Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta,
Saber que existe o mar e as praias nuas,
Montanhas sem nome e planícies mais vastas
Que o mais vasto desejo,
E eu estou em ti fechada e apenas vejo
Os muros e as paredes, e não vejo
Nem o crescer do mar, nem o mudar das luas.
Saber que tomas em ti a minha vida
E que arrastas pela sombra das paredes
A minha alma que fora prometida
Às ondas brancas e às florestas verdes.
Sophia de Mello Breyner Andresen
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
António Cruz - ( 1907-1982)
Ouvi falar deste pintor pela primeira vez quando frequentava a Paleta, o atelier onde aprendi a pintar. A senhora que dirigia o espaço era ela própria pintora de aguarelas, embora sem qualquer espécie de curso, pintava por intuição e sabia manejar o óleo com grande arte, tendo inúmeras obras espalhadas pelo atelier, à venda ou só para serem vistas e decorar as salas. Foi uma pessoa que muito me influenciou e incentivou a pintar. Inclusivé, ofereceu-me uma aguarela de que gosto muito.
Perdia-a de vista quando o marido faleceu e ela resolveu fechar a Paleta para grande desgosto meu. Encontrei-a no outro dia, aqui na rua, por acaso e soube que está a frequentar a Universidade Católica, o que considero um acto de coragem para uma pessoa já de certa idade. O seu talento bem merece qualquer apoio.
Hoje, depois de almoçar com o meu ex-, passei num alfarrabista que estava a saldar livros vários. Apontei para um livro do centenário de António Cruz, um aguarelista fabuloso, desconhecido de muitos connaisseurs de Arte, filho do Porto e um artista excepcional, reconhecido já tarde. A capa era indescritível, uma aguarela em tons de azuis sugerindo o Douro e a cidade.
O livro era caro, mas estava com 50% e o meu ex- ofereceu-mo. Sâo prendas destas, inesperadas que eu adoro!Tenho estado a ler e a folhear a obra de A. Cruz e pasmo como é que pintores como este passam quase despercebidos em vida. Têm de lutar muito para seguir a sua veia artística e nem sempre lhes reconhecem talento.São muitas as vozes sonoras que falam dele neste livro, mas não muitos os que verdadeiramente o apoiaram, organizando exposições ou convidando-o para concursos de pintura.Era uma pessoa modesta, singular, introvertida, com uma enorme família ( cinco filhos), que hoje nos surpreende com a sua capacidade para captar e pintar a cidade do Porto, aquilo que se vê e sobretudo, o que nos escapa.. Estas aguarelas falam por si.
Diz António Cruz:
Adoro o nevoeiro. Das quatro estações do ano, a que me fala,a que me dá vida interior, um entusiasmo enorme pela vida
é o Inverno!
E agora como se explica isto? Os indivíduos que são de
temperamento nórdico só se querem ver dentro do nevoeiro,
só querem e adoram
a chuva, a chuva miudinha ou a bruma. O Inverno é a minha estação.
É no Inverno que eu sinto a minha felicidade.
A humidade nos rebocos das construções exacerba as cores.
Esse rosa-venise, o ocre dourado e todas as cores, até o branco,
ganham esta patine, está aqui, está a ver esta parede, isto é uma
pintura, é um quadro, nem precisa de moldura...
Sabe que o Porto é uma cidade para pintores.
Manoel de Oliveira dedicou-lhe um pequeno documentário em 1956: O Pintor e a Cidade, que vos deixo aqui:
Perdia-a de vista quando o marido faleceu e ela resolveu fechar a Paleta para grande desgosto meu. Encontrei-a no outro dia, aqui na rua, por acaso e soube que está a frequentar a Universidade Católica, o que considero um acto de coragem para uma pessoa já de certa idade. O seu talento bem merece qualquer apoio.
Hoje, depois de almoçar com o meu ex-, passei num alfarrabista que estava a saldar livros vários. Apontei para um livro do centenário de António Cruz, um aguarelista fabuloso, desconhecido de muitos connaisseurs de Arte, filho do Porto e um artista excepcional, reconhecido já tarde. A capa era indescritível, uma aguarela em tons de azuis sugerindo o Douro e a cidade.
O livro era caro, mas estava com 50% e o meu ex- ofereceu-mo. Sâo prendas destas, inesperadas que eu adoro!Tenho estado a ler e a folhear a obra de A. Cruz e pasmo como é que pintores como este passam quase despercebidos em vida. Têm de lutar muito para seguir a sua veia artística e nem sempre lhes reconhecem talento.São muitas as vozes sonoras que falam dele neste livro, mas não muitos os que verdadeiramente o apoiaram, organizando exposições ou convidando-o para concursos de pintura.Era uma pessoa modesta, singular, introvertida, com uma enorme família ( cinco filhos), que hoje nos surpreende com a sua capacidade para captar e pintar a cidade do Porto, aquilo que se vê e sobretudo, o que nos escapa.. Estas aguarelas falam por si.
Diz António Cruz:
Adoro o nevoeiro. Das quatro estações do ano, a que me fala,a que me dá vida interior, um entusiasmo enorme pela vida
é o Inverno!
E agora como se explica isto? Os indivíduos que são de
temperamento nórdico só se querem ver dentro do nevoeiro,
só querem e adoram
a chuva, a chuva miudinha ou a bruma. O Inverno é a minha estação.
É no Inverno que eu sinto a minha felicidade.
A humidade nos rebocos das construções exacerba as cores.
Esse rosa-venise, o ocre dourado e todas as cores, até o branco,
ganham esta patine, está aqui, está a ver esta parede, isto é uma
pintura, é um quadro, nem precisa de moldura...
Sabe que o Porto é uma cidade para pintores.
Manoel de Oliveira dedicou-lhe um pequeno documentário em 1956: O Pintor e a Cidade, que vos deixo aqui:
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
E as aguarelas....continuam
Ontem o pôr do sol estava de tal modo irreal que fui buscar a Leica acabada de arranjar e tirei fotos daqui da varanda. Tirei com o modo noite e ficaram tal qual, talvez um pouco mais escuras do que a realidade.
Hoje estive a tentar uma outra tela tipo aguarela....embora use acrílico em vez de papel e godés de aguarelas. O segredo está na água e na quantidade de tinta,que tem de ser muito pouca. O pincel tem de ser fino nalgumas situações. A tela não faz o mesmo efeito do papel, não se pode deixar branco à vista, mas por outro lado absorve melhor a tinta e fica baça como as aguarelas verdadeiras.Para variar é uma paisagem anónima, daquelas que gostaríamos de contemplar todos os dias num intervalo da nossa vida citadina . Amiúde gostaríamos de sair do filme de acção para um costum drama, como lhes chamam os ingleses.
Na ausência de viagens reais, perdemo-nos no labirinto do imaginário...já não é mau.
Hoje estive a tentar uma outra tela tipo aguarela....embora use acrílico em vez de papel e godés de aguarelas. O segredo está na água e na quantidade de tinta,que tem de ser muito pouca. O pincel tem de ser fino nalgumas situações. A tela não faz o mesmo efeito do papel, não se pode deixar branco à vista, mas por outro lado absorve melhor a tinta e fica baça como as aguarelas verdadeiras.Para variar é uma paisagem anónima, daquelas que gostaríamos de contemplar todos os dias num intervalo da nossa vida citadina . Amiúde gostaríamos de sair do filme de acção para um costum drama, como lhes chamam os ingleses.
Na ausência de viagens reais, perdemo-nos no labirinto do imaginário...já não é mau.
domingo, 8 de janeiro de 2012
Voltar às origens
Hoje deu-me um repente e ainda não parei. Primeiro montei o meu velho PC na cozinha para poder ligar à Internet. Já o tinha arrumado a um canto do atelier....mas o Mac roeu-me a corda e agora vai levar tempo a vir arranjado.
Tenho andado a arrumar toda a decoração de Natal num frenesim, provocado pela partida da minha filha mais uma vez. Já falei com ela, telefonou-me de Stansted, onde aguardava o comboio para Leeds, calma e sorridente, com uma certa ânsia de se ver em casa ...para ela Leeds será sempre a sua casa. Nunca o ditado Home is where you are happy teve tão significado.
Eu pópria sinto Leeds como uma segunda casa, um segundo país, uma segunda língua, outro povo que amo e com os quais me sinto bem, às vezes, melhor do que com os meus conterrâneos, sem desprimor para ninguém. Saí de Lisboa há 37 anos, perdi as raízes, andei por vários sítios onde me senti em casa, acabei por aterrar um pouco forçada na capital do Norte e aqui procuro encontrar uma pátria de que gosto e que me acolhe.
Daí ter dito na minha exposição que a única foto de Lisboa que está exposta é a da Gare do Oriente - precisamente no local onde se apanha o pendular para o Porto!
Compreendo os imigrantes que não sentem nenhuma das terras onde vivem ou viveram como suas. Também não sinto o Porto como minha terra. Amo a cidade, sobretudo a arquitectura, localização, romantismo, cultura e apego ao que é seu. Mas não amo assim tanto as pessoas, o sotaque, a refilonice e a falta de modos que encontro mesmo em pessoas que deveriam tê-los. Também há aqui muita gente boa e interessada, trabalhadora e criativa, graças a Deus.E aqui tudo é perto...o que é uma vantagem que também encontro em Leeds, cidade cheia de gente nova e animada até altas horas da noite.
Há tempos fiz uma composição duma foto que tirei em Cardigan Road,a rua onde a minha filha morava, há sete anos atrás e, onde fiquei pela primeira vez.Ajudei-a a tornar o quarto que era grande , frio e húmido num local um pouco mais acolhedor, comprámos candeeiros, panelas, cortinas, eu sei lá. Forrei os armários por fora com plástico adesivo e ela pôs posters nas paredes.
Esta rua parecia-me mística a mim, tais as árvores lindíssimas e o ambiente quase irreal que por lá se respira. Cardigan Road, uma rua onde muito se passou e que ficará na história da nossa família por muito tempo.
Tenho andado a arrumar toda a decoração de Natal num frenesim, provocado pela partida da minha filha mais uma vez. Já falei com ela, telefonou-me de Stansted, onde aguardava o comboio para Leeds, calma e sorridente, com uma certa ânsia de se ver em casa ...para ela Leeds será sempre a sua casa. Nunca o ditado Home is where you are happy teve tão significado.
Eu pópria sinto Leeds como uma segunda casa, um segundo país, uma segunda língua, outro povo que amo e com os quais me sinto bem, às vezes, melhor do que com os meus conterrâneos, sem desprimor para ninguém. Saí de Lisboa há 37 anos, perdi as raízes, andei por vários sítios onde me senti em casa, acabei por aterrar um pouco forçada na capital do Norte e aqui procuro encontrar uma pátria de que gosto e que me acolhe.
Daí ter dito na minha exposição que a única foto de Lisboa que está exposta é a da Gare do Oriente - precisamente no local onde se apanha o pendular para o Porto!
Compreendo os imigrantes que não sentem nenhuma das terras onde vivem ou viveram como suas. Também não sinto o Porto como minha terra. Amo a cidade, sobretudo a arquitectura, localização, romantismo, cultura e apego ao que é seu. Mas não amo assim tanto as pessoas, o sotaque, a refilonice e a falta de modos que encontro mesmo em pessoas que deveriam tê-los. Também há aqui muita gente boa e interessada, trabalhadora e criativa, graças a Deus.E aqui tudo é perto...o que é uma vantagem que também encontro em Leeds, cidade cheia de gente nova e animada até altas horas da noite.
Há tempos fiz uma composição duma foto que tirei em Cardigan Road,a rua onde a minha filha morava, há sete anos atrás e, onde fiquei pela primeira vez.Ajudei-a a tornar o quarto que era grande , frio e húmido num local um pouco mais acolhedor, comprámos candeeiros, panelas, cortinas, eu sei lá. Forrei os armários por fora com plástico adesivo e ela pôs posters nas paredes.
Esta rua parecia-me mística a mim, tais as árvores lindíssimas e o ambiente quase irreal que por lá se respira. Cardigan Road, uma rua onde muito se passou e que ficará na história da nossa família por muito tempo.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
A minha cidade
No Domingo fui almoçar com a família a Gaia para festejar a conclusão do doutoramento da minha nora. Estava uma tarde linda, daquelas que fazem realçar a maravilha que é o granito e a harmonia desta cidade, sobretudo quando que se vê do outro lado do rio. Puxei da minha Leica,o céu de chumbo prometia chuva,mas o sol esbranquiçado que tornava o cenário absolutamente deslumbrante, manteve-se fiel durante aquelas horas, permitindo-nos um café cá fora, admirando um cenário que nunca cansa.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Cidade do Porto
Basta sair e andar uns dois kms para chegar à zona mais cosmopolita do Porto, a Rotunda da Boavista, com as suas árvores centenárias e belas, que, nesta altura, ostentam um manto dourado numa das áreas mais poluídas do centro. Perguntamo-nos como é que sobreviveram a tanto despautério, às lufadas de dióxido de carbono que os milhares de automóveis deixam escapar a toda a hora. Aqueles troncos e aquelas raízes devem estar em pior estado do que os pulmões de fumadores de longa data. Mas todos os anos, elas renascem, murcham e estiolam para renascer outra vez... há mais de cem anos. Hoje andei por lá e pela Rua Júlio Diniz,uma das artérias que , em tempos áureos, se orgulhava de ter as lojas mais chiques da cidade, sapatarias finas, confeitarias, cafés, etc. Hoje quase só se vêem bancos ou lojas de chineses, e umas tantas - bastantes - estão fechadas ou à venda. Faz dó. O mesmo acontece no shopping Cidade do Porto, onde vou sempre com gosto; loja sim, loja não, vão fechando, abrem outras de quinquilharia, bijuteria barata, sapatarias desportivas e pouco mais. Felizmente a Livraria Leitura mantém-se estável com o café Arcádia, onde se podem ainda saborear os chocolates mais conhecidos doPorto, antes dos Ferrero Rocher e os Milka terem invadido os supermercados. O meu Pai levava sempre bonbons da Arcádia
quando vinha ao Porto, cidade de que ele gostava muito e onde comprava grande parte da sua roupa. Pergunto-me o que vai ser destes locais carismáticos, quando a recessão der cabo de tudo....e o que vai ser de nós, que nos habituámos a passar por ali e a sentir o calor das coisas antigas, menos comerciais, familiares e próprias das gentes que aqui vivem.
Vai ser como o bacalhau...
já ninguém se lembra da maravilha que era comer uma posta assada na brasa com cebola e alho, antes de acabarem com o nosso fiel amigo. Já nem sei a que sabe o bacalhau, parece tudo menos aquilo que era...
Vai ser como o bacalhau...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Pânico ( Já com fotos para amenizar:)
Nao gosto nada de escrever sem acentos, mas este PC é brasileiro e obedece
acordo ortográfico:)))
(isto já está ultrapassado, pois rectifiquei o texto).
Hoje quase morri...eu, uma photofreak ( dependente fotografica) perdi a minha maquina Leica.
Andei duas horas a ver lojinhas sem comprar grande coisa porque eles não tem visas e fui levantar dinheiro num supermercado que ficava no c...de Judas, desculpem, mas era mesmo. Andar neste piso de pedras enormes com chuva é pior que uma tortura da Idade Média.
Lá consegui levantar uns Reais - estava um guarda de metralhadora em punho a porta - mas a maquina funcionou! Ja há seis dias que nao levantava dinheiro, pois os bancos estiveram em greve e era dramático não o fazer, embora poupasse muito dinheiro.
Depois disso, fui logo ao atelier do meu amigo Luiz e adquiri uma tela muito curiosa, cuja foto colocarei aqui quando estiver no Porto. Nao foi barata , mas ficará como recordação do Brasil para sempre...
Quando cheguei ao hotel encharcada, apesar do chapéu de chuva, reparei que a máquina nao estava na carteira....!!! Só o estojo.
PÂNICO!!! Desatei num choro, mais derivado ( como se diz agora) da fraqueza pois eram 13 horas e não comia desde as 7, e o meu filho que, por acaso, estava aqui na pousada a trabalhar no laptop, ficou transtornado com a minha depressão e ofereceu-se logo para ir comigo comer primeiro e depois procurar a Leica. Isto pode-se chamar mesmo amor filial, pois ele está em stress com tanta conferência e responsabilidade.
Lembrei-me que as ultimas fotos tinham sido tiradas antes de começar a chover e de comprar um chapeu de chuva, quando parei numa loja de t-shirts para criança e estive a ver umas para os meus netos. Acabei por não as comprar pois a empregada disse que faria desconto se eu pagasse cash.
Mas... cadê a loja citada, como iria eu lembrar-me do local numa selva comercial que é Paraty, cheia de artesanato e ateliers?
Memorizei que ficava ao pé do banco ITAÚ, onde nao conseguira levantar o dinheiro há dois dias, e perguntei a uma senhora onde era o banco. Ela disse-me logo e em 5m chegamos lá. Entrei, perguntei pela máquina, a menina olhou três vezes para mim ( perguntei-me como é que alguém mais iria saber ou adivinhar que eu tinha deixado a minha querida camara naquela loja).Tive um sobressalto...e a rapariga, depois do suspense, disse finalmente: ESTÁ AQUI.
DEUS SEJA LOUVADO!
As minhas 200 fotos iriam todas para o galheiro e a máquina comprada nos EUA em 2008 morreria logo ali...se ela dissesse: NAO ENCONTREI!
Mas DEUS é grande e está em toda a parte... até em Paraty nos confins deste Brasil lindo.
O meu filho manteve-se cool, sabia que eu iria encontrá-la pois já perdi câmaras cinco vezes (com esta) e encontrei-as sempre. A primeira foi em Estocolmo, depois em York, mais tarde em Valongo, a quarta na Foz.
Comecou a dança quando comecei a namorar o meu futuro marido em 1965...poupo-vos a descrição de todos estes eventos:))
Vou terminar por agora, acho que não vou tirar mais a camara do estojo....isto foi mau demais!!:))
acordo ortográfico:)))
(isto já está ultrapassado, pois rectifiquei o texto).
Hoje quase morri...eu, uma photofreak ( dependente fotografica) perdi a minha maquina Leica.
Andei duas horas a ver lojinhas sem comprar grande coisa porque eles não tem visas e fui levantar dinheiro num supermercado que ficava no c...de Judas, desculpem, mas era mesmo. Andar neste piso de pedras enormes com chuva é pior que uma tortura da Idade Média.
Lá consegui levantar uns Reais - estava um guarda de metralhadora em punho a porta - mas a maquina funcionou! Ja há seis dias que nao levantava dinheiro, pois os bancos estiveram em greve e era dramático não o fazer, embora poupasse muito dinheiro.
Depois disso, fui logo ao atelier do meu amigo Luiz e adquiri uma tela muito curiosa, cuja foto colocarei aqui quando estiver no Porto. Nao foi barata , mas ficará como recordação do Brasil para sempre...
Quando cheguei ao hotel encharcada, apesar do chapéu de chuva, reparei que a máquina nao estava na carteira....!!! Só o estojo.
PÂNICO!!! Desatei num choro, mais derivado ( como se diz agora) da fraqueza pois eram 13 horas e não comia desde as 7, e o meu filho que, por acaso, estava aqui na pousada a trabalhar no laptop, ficou transtornado com a minha depressão e ofereceu-se logo para ir comigo comer primeiro e depois procurar a Leica. Isto pode-se chamar mesmo amor filial, pois ele está em stress com tanta conferência e responsabilidade.
Lembrei-me que as ultimas fotos tinham sido tiradas antes de começar a chover e de comprar um chapeu de chuva, quando parei numa loja de t-shirts para criança e estive a ver umas para os meus netos. Acabei por não as comprar pois a empregada disse que faria desconto se eu pagasse cash.
Mas... cadê a loja citada, como iria eu lembrar-me do local numa selva comercial que é Paraty, cheia de artesanato e ateliers?
Memorizei que ficava ao pé do banco ITAÚ, onde nao conseguira levantar o dinheiro há dois dias, e perguntei a uma senhora onde era o banco. Ela disse-me logo e em 5m chegamos lá. Entrei, perguntei pela máquina, a menina olhou três vezes para mim ( perguntei-me como é que alguém mais iria saber ou adivinhar que eu tinha deixado a minha querida camara naquela loja).Tive um sobressalto...e a rapariga, depois do suspense, disse finalmente: ESTÁ AQUI.
DEUS SEJA LOUVADO!
As minhas 200 fotos iriam todas para o galheiro e a máquina comprada nos EUA em 2008 morreria logo ali...se ela dissesse: NAO ENCONTREI!
Mas DEUS é grande e está em toda a parte... até em Paraty nos confins deste Brasil lindo.
O meu filho manteve-se cool, sabia que eu iria encontrá-la pois já perdi câmaras cinco vezes (com esta) e encontrei-as sempre. A primeira foi em Estocolmo, depois em York, mais tarde em Valongo, a quarta na Foz.
Comecou a dança quando comecei a namorar o meu futuro marido em 1965...poupo-vos a descrição de todos estes eventos:))
Vou terminar por agora, acho que não vou tirar mais a camara do estojo....isto foi mau demais!!:))
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Em vésperas de viagem
Amanhã parto para uma viagem maior do que as que habitualmente faço.
São dez dias de aventura e abre-olhos, como se diz agora. Vou em boa companhia e, se Deus quiser, aguentarei bem as dez horas de avião, talvez aquilo que mais me assusta...vou levar música, um bom livro e uma enorme ansiedade em relação ao nosso país irmão, ao Rio, que nunca pisei, onde nasceu e viveu sete anos a minha Avó materna e vários primos que nunca conheci, mas talvez vá conhecer agora.
Também estarei em Paraty, estância de luxo, segundo li, onde se realiza o Congresso de Telecomunicações, em que participam milhares de cientistas de todo o mundo, entre os quais o meu filho.
Foi uma decisão repentina, ideia dele e empatia minha imediata. Já poderia ter ido noutras viagens que ele fez, pagando tudo do meu bolso, é claro, mas não me apeteceu na altura, ou ele não me convidou para tal.
O Verão vai continuar....aqui e lá, este ano vamos ter clima tropical durante meses...o que é bom quando se está em férias e se tem dinheiro.
Não sei se terei muita ocasião para escrever no blogue, penso que sim, pois o meu filho leva o seu Apple. De qualquer modo, estarei sempre em contacto convosco e desejo que tudo corra bem nestes dez dias. Até à vista!
São dez dias de aventura e abre-olhos, como se diz agora. Vou em boa companhia e, se Deus quiser, aguentarei bem as dez horas de avião, talvez aquilo que mais me assusta...vou levar música, um bom livro e uma enorme ansiedade em relação ao nosso país irmão, ao Rio, que nunca pisei, onde nasceu e viveu sete anos a minha Avó materna e vários primos que nunca conheci, mas talvez vá conhecer agora.
Também estarei em Paraty, estância de luxo, segundo li, onde se realiza o Congresso de Telecomunicações, em que participam milhares de cientistas de todo o mundo, entre os quais o meu filho.
Foi uma decisão repentina, ideia dele e empatia minha imediata. Já poderia ter ido noutras viagens que ele fez, pagando tudo do meu bolso, é claro, mas não me apeteceu na altura, ou ele não me convidou para tal.
O Verão vai continuar....aqui e lá, este ano vamos ter clima tropical durante meses...o que é bom quando se está em férias e se tem dinheiro.
Não sei se terei muita ocasião para escrever no blogue, penso que sim, pois o meu filho leva o seu Apple. De qualquer modo, estarei sempre em contacto convosco e desejo que tudo corra bem nestes dez dias. Até à vista!
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Midnight in Paris
Na generalidade, os filmes de Woody Allen apelam à inteligência, à cultura, ao sentido de humor às vezes um pouco sarcástico, mas fino e extremamente típico de Allen. São filmes intelectualmente superiores e fica mal dizer que não se aprecia este tipo de filmes.

Há uns anos que o realizador não actua nos seus filmes, o que diminue, na minha opinião, a criatividade, peculariedade e até a empatia com os actores. Embora fosse fã de muitos dos seus filmes anteriores,não tenho apreciado muito os seus últimos filmes, não os vi todos, sequer. Acho-os chatos e vazios.
Ontem resolvi ir ver o último no Arrábida Shopping. Só paguei 3 euros, pois já tenho bilhete senior e a sala estava toda a minha disposição. Silêncio absoluto. Gostei.
O filme não me impressionou muito, fora as vistas de Paris by night and by day....Paris é sempre Paris, mesmo com chuva. A história é bem apanhada, mas deja vu - máquinas do tempo são velhas como o cinema - embora a reconstituição das épocas seja bem feita e as personagens tenham conteúdo.
A ideia é patusca, mas não chega a captar o interesse dos espectadores, pois essas personagens entram e saem como as suas referências biográficas num abrir e fechar de olhos.
A concepção de que outras épocas seriam hipoteticamente mais glamorosas do que o presente é muito duvidosa,
pois sabemos que todas as
épocas tiveram e têm pontos positivos e negativos. No fundo a personagem principal está apenas a fugir do seu futuro, que se afigura fútil, desinteressante e pouco produtivo profissionalmente. Foge da futura mulher e da sua família, não do presente em Paris.
Ao criar um alter-ego, por meio do actor Owen Wilson, Allen pretende devolver aos seu filme um elo essencial, que tem faltado nos anteriores, mas não consegue aquela densidade e credibilidade que a sua pessoa impôe quando actor.
Gostei de ver....mas não fiquei maravilhada.....

Há uns anos que o realizador não actua nos seus filmes, o que diminue, na minha opinião, a criatividade, peculariedade e até a empatia com os actores. Embora fosse fã de muitos dos seus filmes anteriores,não tenho apreciado muito os seus últimos filmes, não os vi todos, sequer. Acho-os chatos e vazios.
Ontem resolvi ir ver o último no Arrábida Shopping. Só paguei 3 euros, pois já tenho bilhete senior e a sala estava toda a minha disposição. Silêncio absoluto. Gostei.
O filme não me impressionou muito, fora as vistas de Paris by night and by day....Paris é sempre Paris, mesmo com chuva. A história é bem apanhada, mas deja vu - máquinas do tempo são velhas como o cinema - embora a reconstituição das épocas seja bem feita e as personagens tenham conteúdo.

A concepção de que outras épocas seriam hipoteticamente mais glamorosas do que o presente é muito duvidosa,


Ao criar um alter-ego, por meio do actor Owen Wilson, Allen pretende devolver aos seu filme um elo essencial, que tem faltado nos anteriores, mas não consegue aquela densidade e credibilidade que a sua pessoa impôe quando actor.
Gostei de ver....mas não fiquei maravilhada.....
sábado, 17 de setembro de 2011
No primeiro dia

À tarde entrámos pelo parque . Os Kensington Gardens são lindíssimos e no lago, há centenas de aves diferentes. As crianças entretem-se a dar de comer aos pombos, tordos, gralhas, cisnes, patos e gansos que por ali passeiam. Os esquilinhos
Em Piccadilly, havia muitos jovens todos alegres,
O autocarro percorreu a Oxford Street , cheia de lojas iluminadas e a Bayswater Road que ladeia os parques e trouxe-nos até Queensway, um bairro animadíssimo à noite, onde ficava o hotel.
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