Parece fácil.
Para comunicar , temos hoje o telefone fixo, o telemóvel, o email, o facebook, o skype....sem falar nas cartas e telegramas ou encontros casuais. Há 90% de possibilidades de chegar à fala com quem desejamos, deixar mensagens, ter certezas.
Mas isto pode ser uma falácia, porque a verdade é que nem sempre se consegue encontrar quem desejamos e falar com quem necessitamos.
Muitos utilizadores desligam-nos os seus telefones ou telemóveis, mandam-nos para o voicemail, passam musiquinhas irritante para não pensarmos no dinheiro que estamos a gastar, ou pura e simplesmente, não atendem, não ouvem nem lêem mensagens, nem telefonam de volta.
Há dias que tento localizar a médica do centro onde a minha filha se encontra. Falo com n pessoas: o recepcionista, o enfermeiro, o assistente, a secretária da médica, a minha filha inclusivé, mas não consigo chegar à fala com a única pessoa que me pode dar informação exacta sobre o dia em que ela poderá voltar para o Porto: a sua médica.
Isto é angustiante. A minha filha diz-me que vai ter alta e eu não recebo nenhuma informação formal sobre o assunto. Tenho de marcar os vôos e não sei para quando. O meu filho que vai comigo tem uma agenda cheia e dificuldades em arranjar tempo para a viagem. Ainda acabo por ir sozinha, o que me assusta, pois ando muito stressada e há várias coisas importantes a tratar com a universidade, o home onde ela viveu estes anos e o relatório médico que é necessário para ela sair. Sozinha, sinto-me um pouco perdida.
O que vale é que a minha filha é paciente, é meiga, luminosa, está calma e feliz.
É ela quem me consola no meio deste mundo cão. Nem sempre foi assim. Mas quem está doente agora sou eu.
Para comunicar , temos hoje o telefone fixo, o telemóvel, o email, o facebook, o skype....sem falar nas cartas e telegramas ou encontros casuais. Há 90% de possibilidades de chegar à fala com quem desejamos, deixar mensagens, ter certezas.
Mas isto pode ser uma falácia, porque a verdade é que nem sempre se consegue encontrar quem desejamos e falar com quem necessitamos.
Muitos utilizadores desligam-nos os seus telefones ou telemóveis, mandam-nos para o voicemail, passam musiquinhas irritante para não pensarmos no dinheiro que estamos a gastar, ou pura e simplesmente, não atendem, não ouvem nem lêem mensagens, nem telefonam de volta.
Há dias que tento localizar a médica do centro onde a minha filha se encontra. Falo com n pessoas: o recepcionista, o enfermeiro, o assistente, a secretária da médica, a minha filha inclusivé, mas não consigo chegar à fala com a única pessoa que me pode dar informação exacta sobre o dia em que ela poderá voltar para o Porto: a sua médica.
Isto é angustiante. A minha filha diz-me que vai ter alta e eu não recebo nenhuma informação formal sobre o assunto. Tenho de marcar os vôos e não sei para quando. O meu filho que vai comigo tem uma agenda cheia e dificuldades em arranjar tempo para a viagem. Ainda acabo por ir sozinha, o que me assusta, pois ando muito stressada e há várias coisas importantes a tratar com a universidade, o home onde ela viveu estes anos e o relatório médico que é necessário para ela sair. Sozinha, sinto-me um pouco perdida.
O que vale é que a minha filha é paciente, é meiga, luminosa, está calma e feliz.
É ela quem me consola no meio deste mundo cão. Nem sempre foi assim. Mas quem está doente agora sou eu.