Fiquei impressionada pelo que li hoje sobre VAN GOGH. Comprei um livro fascinante em Inglaterra que descreve o ano em que Gauguin e o pintor viveram juntos em Auvers-sur Oise.Van Gogh é apresentado como uma personalidade humana atraente, dramático e trágico, como tantos outros artistas que puseram fim às suas vidas, deixando o público - nós todos - carentes de algo mais. Estou a pensar em Fernando Pessoa, Virginia Woolf, Sylvia Plath e outros. Comove-me ler sobre as suas experiências, os seus dramas e sobretudo tentar compreender a sua atitude negativa perante a própria genialidade. Viveram antes de tempo. Se fosse agora, talvez a medicina os tivesse salvo das suas psicoses ou fobias. Mas nos seculos passados não havia grandes soluções e a mente tomava conta da alma.
Hoje resolvi pintar um quadro bucólico da minha imaginação.
Pensei nos Moors do Yorkshire, região magnífica onde viveram as irmãs Bronté, também elas personagens trágicas, que nos deixaram obras como o Monte dos Vendavais e Jane Eyre, montes desolados, duma beleza extasiante, que se podem ver a uns kms de Leeds e onde já passeei com a minha filha, nos dias felizes dos seus vinte anos.
Pintei hoje este quadro. Inspirada por Van Gogh, mas sem desejo de o imitar. Ciente de que esses artistas vivem todos em nós, são imortais.
Deixo-vos um vídeo sobre a região do Yorkshire. Talvez compreendam, ao vê-lo, o fascínio que esta paisagem cria em quem lá vai e a minha paixão pela Inglaterra.
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