
A crise forçou sorrisos aos empregados portugueses, habitualmente fechados e mal dispostos; dá-se-lhes emprego em troca dum sorriso permanente e dum trato user friendly dos clientes.

Hoje passeei-me pelo Cidade do Porto, arranjei o cabelo pois tenho de ir bonita para Leeds e ver a minha filha, não vejo a hora de a abraçar. Comprei uma malinha linda, pequena , só para documentos, dinheiro e pouco mais, não consigo transportar carteiras pesadas hoje em dia. É bom ter coisas novas de vez em quando!

Talvez um dia me arrependa de ter escrito isto e resolva publicar este blogue.....mas ainda muita água correrá debaixo da ponte. O livro em questão está no Top dos livros mais vendidos esta semana. As pessoas são curiosas ou bizarras, como diria o Principezinho.
O dia estava soalheiro, quente e radioso mesmo. Vim no autocarro a ouvir uns miudos das escolas a conversar naquela linguagem grosseira que agora se usa. Chocam-me cada vez mais as conversas que oiço casualmente, não há um fio à meada, não é português, é uma algaraviada boçal e sem pinga de humor.

Ontem li um artigo na net que dizia isto, que traduzo do inglês:
Há algo de errado numa sociedade em que as pessoas são incapazes de manter uma conversa com qualidade cara a cara.
O artigo é todo ele interessante e dá que pensar. As pessoas hoje em dia falam por cabo, por fibra óptica, sem fios, por satélite....mas não olhos nos olhos.
Já ninguém ouve ninguém.. todos falam muito e muito alto.
Relembro com saudades tantas conversas que tive com os meus Pais, com o meu ex- e com os meus filhos durante anos e anos. Fazem-me tanta falta!
Fica aqui a canção maravilhosa dos saudosos Simon & Garfunkel, cuja letra tem muito a ver com o que acabo de escrever.