Quando tinha 10 anos fui ao meu primeiro concerto no Coliseu dos Recreios, onde nunca entrara, a não ser para ver o Circo , evento habitual no Natal. O meu Avô trabalhava na Sociedade de Geografia - era secretário -geral - e levava-nos muitas vezes para lá com os nossos livrinhos para lermos enquanto ele tratava dos seus papeis. Ás vezes era um bocadinho aborrecido, mas aquele lugar tinha tudo a ver com o meu Avô e eu adorava-o.
Por vezes , ele dizia que até se ouviam as "feras", os leões e tigres do Circo, pois o Coliseu ficava colado à Sociedade de Geografia e o som atravessava as paredes.
Como ia dizendo, os meus pais levaram-me a mim e manas a ouvir o famoso Nathan Milstein, violinista, a tocar o Concerto para Violino , Opus 35, de Tchaikowsky. Tinha um Stradivarius.
A minha mãe ou o meu pai tinham-me chamado a atenção para a cadência, - solo no fim do primeiro movimento- em que o violino atinge uns agudos absolutamente incríveis, permitindo que o solista mostre a sua virtuosidade e técnica. Ouvi-o com atenção, no silêncio sepulcral da sala, e fiquei encantada com o violino, mal sabendo que o meu neto me viria um dia alegrar a alma, tocando este instrumento mágico. O meu Pai comprou, entretanto, o album vinil , tocado pelo Ruggiero Ricci, outro violinista excelente.
Estou neste momento a ouvir precisamente essa cadência num concerto transmitido pela Brava , de Estocolmo pela entrega dos Nobeis de 2010.
O concerto é sublime...impossível não se ficar rendido à Música e ao compositor, que compôs obras imorredoiras, de que conheço a maior parte.Joshua Bell, um dos mais famosos violinistas do nosso tempo é um artista fantástico.
O Coliseu dos Recreios passou a ser para mim um outro lugar na terra, naquele dia.
Dou-vos aqui um pedacinho desse concerto, que ficará para sempre no baú das minhas memórias de infância:
Por vezes , ele dizia que até se ouviam as "feras", os leões e tigres do Circo, pois o Coliseu ficava colado à Sociedade de Geografia e o som atravessava as paredes.
Como ia dizendo, os meus pais levaram-me a mim e manas a ouvir o famoso Nathan Milstein, violinista, a tocar o Concerto para Violino , Opus 35, de Tchaikowsky. Tinha um Stradivarius.
A minha mãe ou o meu pai tinham-me chamado a atenção para a cadência, - solo no fim do primeiro movimento- em que o violino atinge uns agudos absolutamente incríveis, permitindo que o solista mostre a sua virtuosidade e técnica. Ouvi-o com atenção, no silêncio sepulcral da sala, e fiquei encantada com o violino, mal sabendo que o meu neto me viria um dia alegrar a alma, tocando este instrumento mágico. O meu Pai comprou, entretanto, o album vinil , tocado pelo Ruggiero Ricci, outro violinista excelente.
Estou neste momento a ouvir precisamente essa cadência num concerto transmitido pela Brava , de Estocolmo pela entrega dos Nobeis de 2010.
O concerto é sublime...impossível não se ficar rendido à Música e ao compositor, que compôs obras imorredoiras, de que conheço a maior parte.Joshua Bell, um dos mais famosos violinistas do nosso tempo é um artista fantástico.
O Coliseu dos Recreios passou a ser para mim um outro lugar na terra, naquele dia.
Dou-vos aqui um pedacinho desse concerto, que ficará para sempre no baú das minhas memórias de infância: