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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Domingo animado

Hoje resolvi sair depois de cinco dias em casa, pouco capaz de enfrentar a rua, o barulho e a comida de café. Andei muito mal, fruto de algo que comi e foi intoxicante. Já não sabia o que era ter febre há anos e tive-a alta. Felizmente a auto-medicação sem antibióticos foi suficiente e estou como nova, até emagreci 2kg , o que me deixa bem satisfeita. Do mal o menos...
Fui ao shopping Cidade do Porto, que estava animadíssimo.
Muitas pessoas almoçavam na Livraria Leitura, donde se prova que os livros associados aos bonbons da Arcádia constituem um prazer a disfrutar. Pena que os livros estejam carísssimos e muitos não passem de histórias banais camufladas ou exploração de assuntos mediáticos como a Casa Pia e outros.
Presa em casa, tenho-me entretido a ler o acordão relativo a este caso e fico abismada como é que se permitem mega-processos destes que envolvem centenas de testemunhas, de peritagens, exames, visitas a locais, sessões de julgamento, milhares de documentos, folhas e folhas de matéria prima, onde se tenta explicar o que se passou (?). As pessoas que tiveram de organizar esta "via sacra", dedicaram-lhe seis anos de trabalho esforçado, nem sempre compreendido. E ficam muitas dúvidas que importava resolver. Um caso dramático, que tem abalado a opinião pública, mas que terá de acabar, mais tarde ou mais cedo. Vivi a 5m a pé da Casa Pia durante 20 anos, passei por lá centenas de vezes,
via o edifício da minha casa, nunca pensei que tanta monstruosidade se pudesse esconder dentro daqueles muros.

Fim de tarde com os netos, três, cada um com as suas exigências e idiossincrasias, juntos uns castiços. Cansam-me , mas adoro-os, revejo em cada pequenino o irmão mais velho que já cresceu.Descobrem com deslumbramento brinquedos que já foram surpreendentes para os outros. Não se cansam de brincar, montar legos complicados,
desenhar...e hoje só houve TV no quarto de hora final. Laos Deo.

Fim de Domingo a jantar um dos pratos favoritos do meu filho ( rosbife) e a ver futebol. O FCP está de novo no topo. Há dias felizes!:)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A brutalidade dos media

Tenho estado muito por casa e de vez em quando oiço noticiários das 13 ou das 20, sempre com um olho noutras coisas que vou fazendo.

Cada vez me choca mais a selecção de notícias que vão sendo dadas com uma ligeireza e uma
leviandade a todos os títulos reprováveis. Penso nalgumas crianças que possam estar junto aos pais - já nem falo das que estão sozinhas porque essas provavelmente estão a jogar jogos no computador ou a brincar na rua - e assistam ao verdadeiro lavar de roupa suja que são os nossos telejornais.
Crime, crime e mais crime, com comentários duvidosos de senhores que se julgam donos da verdade ( já não posso ver a cara do bastonário da O. dos Advogados,
ouvir as suas diatribes contra os juizes, o homem deve ter um trauma qualquer pelo facto de o não ser), entrevistas com o mulherio à volta dos tribunais, os berros histéricos das multidões, justiça feita pelo povo sem qualquer espécie de racionalidade; a política, enfatizada ou
enxovalhada, agoniante e sempre repetitiva, com as mesmas imagens transmitidas até à exaustão, comentários de personalidades que não têm mais nada que fazer senão falar por falar ; o futebol, esmiuçado até ao tutano com mil e uns pormenores dos bastidores da bola, miséria intelectual, tricas e baldrocas, corrupção, uma vergonha no écran. É isto que nos dão todos os dias....em cinco canais noticiosos.

O que me choca mais é que há maravilhas e milagres da Natureza e da Ciência
que se estão a desenrolar todos os dias, há jovens a inventar, a criar, e ainda a tentar vencer neste país que os repele. Há cientistas excelentes a realizar milagres, médicos a trabalhar em condições péssimas, voluntários a dar tudo o que têm, escolas com projectos fabulosos, artistas a pintar, a tocar, a interpretar, a dançar...e tudo isto é ignorado por esses senhores dos media, estúpidos demais para ver que numa hora e meia destroem quase tudo o que se tenta construir
neste miserável ( mas belo) país.

É demais!