sábado, 13 de novembro de 2010

Hoje

Faz o meu filho mais novo 30 anos.

É só mais um dia do calendário, mas para mim significa muito mais do que isso. É um envelhecer maior, é o fim duma etapa, é o realizar duma tarefa iniciada quando tive o meu primeiro rebento. Ter filhos é a missão mais difícil que se pode exercer por vontade própria, por que se quer muito, porque nos enche, porque a vida parece não ter significado sem esse desafio. Educar é uma tarefa inacabada e nunca totalmente conseguida.

É claro que se pode viver sem filhos e realizar muitas tarefas nobres, não estou aqui a desmerecer as mulheres que decidem não os ter ou não os podem ter. Estão no seu direito.

Mas ter filhos é uma enorme responsabilidade. Ao olhar para os meus, custa-me a acreditar que já se passaram tantos anos e que tanto da minha vida teve a ver com eles e com a busca da sua felicidade. Ainda não acabou, não acabará nunca, mas completar trinta anos pressupôe a entrada numa fase ainda mais adulta, em que as mães já não são tão necessárias e devem mesmo afastar-se.
O que tenho em mente é viver a minha vida, cada vez mais independente de cada um dos meus filhos, para que eles possam respirar, voar, ser livres.

Não é, afinal, para isso que os educamos?

Fica aqui uma das canções preferidas do meu filho: