Vamos com prazer para a praia, mesmo que seja em Março.
Hoje nem era preciso casaco, tive de o meter no saco, dobrei as calças até ao joelho, descalcei as botas, arregacei as mangas e , mesmo assim, estava calor intenso cá fora na varanda do meu querido café dos Ingleses. Com receio do sol todosos comensais se tinham abrigado debaixo dos guarda sois ou no café, onde as janelas panorâmicas deixavam avistar um mar imenso, com ondas altas, desdobrando-se umas sobre as outras e vindo morrer em branca espuma aos nossos pés.
Gosto daquela varanda porque tenho sempre a sensação de estar num navio, sós se vê uma nesga de areia e as rochas. A praia maior fica do outro lado. Hoje já havia alguns afoitos a molhar os pés ou mesmo um mergulho rápido. Quase não havia gaivotas, deviam estar abrigadas do calor em qualquer outro lado mais fresco. Cheirava a maresia quando cheguei, o que nem sempre acontece. É um cheiro a algas que me inebria. Li mais umas páginas de "pequenas Memórias" de Saramago,um livrinho muito interessante, que me está a agradar imenso pela ironia e facilidade com que descreve as suas pequenas façanhas da infância e adolescência.
Hoje ouvi Vivaldi, não muito alto para não abafar o barulho das ondas, que era tronitruante. Este compositor é sempre surpreendente para mim, agora que oiço o meu neto tocá-lo duma forma tão expressiva. Os concertos para flauta, oboé ou violino são lindíssimos e transmitem uma alegria íntima e serena.
fica aqui um excerto de La Notte, concerto para flauta dos que mais gosto. O meu filho tocava-o em tempos...que saudades.
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sábado, 10 de março de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
E as aguarelas....continuam
Ontem o pôr do sol estava de tal modo irreal que fui buscar a Leica acabada de arranjar e tirei fotos daqui da varanda. Tirei com o modo noite e ficaram tal qual, talvez um pouco mais escuras do que a realidade.
Hoje estive a tentar uma outra tela tipo aguarela....embora use acrílico em vez de papel e godés de aguarelas. O segredo está na água e na quantidade de tinta,que tem de ser muito pouca. O pincel tem de ser fino nalgumas situações. A tela não faz o mesmo efeito do papel, não se pode deixar branco à vista, mas por outro lado absorve melhor a tinta e fica baça como as aguarelas verdadeiras.Para variar é uma paisagem anónima, daquelas que gostaríamos de contemplar todos os dias num intervalo da nossa vida citadina . Amiúde gostaríamos de sair do filme de acção para um costum drama, como lhes chamam os ingleses.
Na ausência de viagens reais, perdemo-nos no labirinto do imaginário...já não é mau.
Hoje estive a tentar uma outra tela tipo aguarela....embora use acrílico em vez de papel e godés de aguarelas. O segredo está na água e na quantidade de tinta,que tem de ser muito pouca. O pincel tem de ser fino nalgumas situações. A tela não faz o mesmo efeito do papel, não se pode deixar branco à vista, mas por outro lado absorve melhor a tinta e fica baça como as aguarelas verdadeiras.Para variar é uma paisagem anónima, daquelas que gostaríamos de contemplar todos os dias num intervalo da nossa vida citadina . Amiúde gostaríamos de sair do filme de acção para um costum drama, como lhes chamam os ingleses.
Na ausência de viagens reais, perdemo-nos no labirinto do imaginário...já não é mau.
sábado, 7 de janeiro de 2012
Pelo Botanico...
Fui agora ao Botanico despedir-me dele e da minha filha que partirá amanha para Leeds. Gosto de sair com ela, hoje não fui à Foz porque tinha de ir fazer uma ressonância magnética ao HPP e ela saiu antes de eu chegar. Têm estado uns dias
.
lindos e a Natureza parece querer consolar-nos da ausência das folhas nas árvores e flores garridas com o esplendor do astro-rei e fins de tarde espantosas, duma luminosidade e cor, que nos custa a acreditar estarmos em pleno inverno. As noites caem cedo, mas a luz mantém-se até tarde e o reflexo do sol nos edifícios dá-lhes um toque dourado lindo.
Apanhámos pinhas para a minha lareira, são pequeninas e cheias de resina, mas ardem bem e cheiram ainda melhor. Amanhã já vou tirar os enfeites de Natal, parece que foi um instante desde o dia em que decorei a sala com todos os ademanes desta época festiva. Sinto um pouco de nostalgia, mas sei que a sucessão de eventos significa o estarmos vivos e cheios de energia, a nossa reacção às mudanças de estação é tanto mais real quanto as sentimos dentro de nós e não apenas por vermos os sinais da Natureza.
Fiz mais umas caixinhas de madeira e também umas molduras, que ficam assim personalizadas....gosto delas e sobretudo, adoro pintá-las. Espero que as pessoas a quem as ofereço também as apreciem.

Apanhámos pinhas para a minha lareira, são pequeninas e cheias de resina, mas ardem bem e cheiram ainda melhor. Amanhã já vou tirar os enfeites de Natal, parece que foi um instante desde o dia em que decorei a sala com todos os ademanes desta época festiva. Sinto um pouco de nostalgia, mas sei que a sucessão de eventos significa o estarmos vivos e cheios de energia, a nossa reacção às mudanças de estação é tanto mais real quanto as sentimos dentro de nós e não apenas por vermos os sinais da Natureza.
Fiz mais umas caixinhas de madeira e também umas molduras, que ficam assim personalizadas....gosto delas e sobretudo, adoro pintá-las. Espero que as pessoas a quem as ofereço também as apreciem.
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sábado, 22 de outubro de 2011
Back in Rio
Nao posso descrever o que foi o dia de ontem sem me comover e sem colocar aqui as fotos maravilhosas que tirei do Monte doCorcovado de manhã cedo ) ,assim como o passeio de carro durante horas oferecido por um Prof simpatico até mais não da PUC ( UC), amigo do meu filho. Nunca mais esquecerei o pôr do sol sobre a praia de Ipanema por detras dos morros Dois Irmaos, iluminando o mar onde dezenas de surfistas pareciam estatuas ou bailarinos,dominando as ondas. ...tudo ficará para depois...mas prometo que farei reportagem completa porque as pessoas que lêem este blogue merecem saber quão linda é esta terra.Saio daqui com a certeza de que tenho de voltar...isto é lindo demais para não ver mais...
Deus criou o Mundo em sete dias, mas tirou 2 para o Rio diz o ditado por aqui. Eles não se enganam.
Sem duvida:))
Abraço carioca!
Deus criou o Mundo em sete dias, mas tirou 2 para o Rio diz o ditado por aqui. Eles não se enganam.
Sem duvida:))
Abraço carioca!
terça-feira, 26 de julho de 2011
Férias IV
Ter um neto connosco, sozinho, sem os irmãos nem os Pais, mesmo , mesmo só para nós, é uma benção.
A ternura, a paciência, o enternecimento e a minha curiosidade perante as suas perguntas, sugestões ou conselhos vêm à tona, quando já os julgávamos perdidos...
Ontem e hoje tenho andado quase sempre com ele, quer seja na praia, em casa, nos passeios a noite, nas idas ao supermercado, às refeições...e descubro nesta criança uma inteligência, alegria e inocência comoventes, a par do sentido de responsabilidade de neto mais velho, preocupado com o bem estar da sua Vóvó ( como ele me trata), sincero, sem ser demasiado paternalista.
Ainda bem que ele ficou cá comigo, há muito que queria testar a sua capacidade de estar longe dos Pais e irmãos por uns dias e também a minha convivência com ele, os seus interesses, as suas conversas, etc.
Hoje fomos comprar guaches e logo vamos fazer umas pinturas. Para já, ele foi para a praia coma tia, pois está um dia radioso e eu tenho de fazer uma sopa, lavar o terraço, varre-lo e pôr a casa OK.
Também me faz mal estar demasiado tempo ao sol e esta prainha não tem sombras, é mesmo uma baía com rochas por todos os lados, mas sem qualquer espaço à sombra.
Ainda me surpreendo com o encanto desta casa...a sua localização, a paz que aqui se respira...vejo pessoas conhecidas, fazemos sorrisos, conversamos esporadicamente à beira-mar ou na fila dos gelados(!), mas é mesmo conversa de verão, sem profundidade.
É uma vida feliz....como diz Esteves Cardoso, quando os nossos problemas maiores são entre escolher uma t-shirt azul ou verde mar para vestir....
sábado, 11 de junho de 2011
Fora do mundo
Há locais que me fazem acreditar na Beleza, na Natureza, na Permanência....away from it all, como dizem os ingleses, embora esteja rodeada de gente.
A companhia do meu filho veio acrescentar uma mais valia a esta estadia curta, pois os meus sobrinhos com dois bébés pequeninos de 1 ano, mal têm tempo para levantar cabeça...as crianças hoje em dia estão muito dependentes dos pais e parece que têm receio de os perder a toda a hora, choram desalmadamente se um deles se afasta por minutos. Têm vícios que são acalentados por falta de cuidado dos pais em criar hábitos saudáveis e em recusar algumas coisas aos filhos, pensando que tem culpa por eles não estarem felizes. Penso que não era assim no nosso tempo, os eus filhos não levavam horas a adormecer, nem o faziam ao colo ou a mamar... Não tenho muita paciência para ouvir crianças a chorar , nem para tomar conta delas, quando não são minhas...fazer tegatés, falar à bébé, entretê-los não é comigo....sei que é uma falha minha, mas tive que aturar os meus sobrinhos a vida inteira e mais os filhos, os alunos e a paciência esgotou-se.
Gosto das crianças grandes, com quem se conversa, a quem se contam histórias, que sabem ouvir e que não estão sempre a querer atenção.
Esta vila continua linda e pasmo como ainda me comovo a ver o pôr do sol sobre a prainha ou as rochas da Ponta da Piedade lá no fundo, por detrás da Rocha negra, uma rocha vulcãnica, a única que existe aqui no Algarve, segundo dizem. Hoje andava um rapaz a tomar banho as 9 da noite e aquela figurinha no meio do oceano azul e dourado ao sol poente tornava tudo tão poético e irreal que tirei uma série de fotos.
Deixei-me fica ali a contemplar o mar, feliz e fora do mundo.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Uma LUZ ao fundo do túnel

Desembarquei em Faro e estou feliz....
O meu sobrinho esperava-me e assim vim para a Luz.
Hoje já tomei um banho com água a 22º e um sol tremelicante, que se está a impôr à medida que o dia avança. Sol quente, que sabe bem para quem vem da cidade em busca de férias.
Aqui á frente há uma praia grande, é só descer as rochas e abre-se uma baía quase privada. Criança inglesas faziam castelos de areia com o Pai, felizes momentos que nos confortam das agruras que se ouvem nos telejornais a toda a hora.
Logo vou tirar umas fotos, para já ficam uma pintura feita há tempos a lembrar como isto é lindo.
A palmeira da minha Avó morreu....olha-nos do cima do seu tronco, completamente seca e pendente. Uma lástima....mas que fazer? Vou levar uma pequenina para por num vaso. Será a herdeira desta que tantos anos nos acompanhou.
Até logo!
sábado, 30 de abril de 2011
solidão
O meu filho já foi há dias para Lisboa.
A minha filha partiu também para Leeds. Estou de novo sozinha e sinto-me só. Acabou o diálogo simples, os sorrisos de manhã, o cheiro a café, o barulho das chaves a abrir a porta, os silêncios cúmplices, os risos em frente ao PC ( que muitas vezes não descortino porquê), a música, a troca de olhares adultos, a guitarra as 4 da manhã, as idas ao shopping, os filmes romanticos a duas, os cozinhados a meias. Gosto dos meus filhos. Nunca me passaria pela cabeça dizer-lhes que estão a mais aqui, que preciso de privacidade ou que me dão trabalho. Eles fazem parte da minha vida, ainda que cada vez mais autónomos e livres de pensamento.
Ontem fui jantar à Foz.
Estava um dia cinzento, mas quando chegámos lá, deparámos com um cenário insólito. O sol tinha irrompido no meio das nuvens, vermelho, e a luz reflectia-se no mar, mais calmo que o habitual, e as rochas na maré vazia, adquiriam um tom escuro , quase negro. Subitamente acenderam-se as luzes e ficou aquele ambiente do entardecer que é lindo no Verão porque se prolonga durante muito tempo.
Hoje vou ver as exposições da Miguel Bombarda. Preciso de estar só, mas também de me distrair. Continuo com uma gripe mal curada, mas já não me incomoda a ponto de não poder passear um pouco.
Ficam aqui fotos da Foz, a nossa joia mais preciosa. O Porto sem ela não seria a mesma cidade.

Ontem fui jantar à Foz.


Hoje vou ver as exposições da Miguel Bombarda. Preciso de estar só, mas também de me distrair. Continuo com uma gripe mal curada, mas já não me incomoda a ponto de não poder passear um pouco.
Ficam aqui fotos da Foz, a nossa joia mais preciosa. O Porto sem ela não seria a mesma cidade.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Ainda a Ria Formosa
A Ria Formosa é um tesouro que muitos portugueses desconhecem. fiquei encantada por ver algo de novo no Algarve, onde passei tantas e tantas férias. Desde os anos sessenta que não vou ao Sotavento, ficando quase sempre pelo barlavento, zona de Lagos, que é lindíssima também.Fica aqui alguma informação sobre a Ria Formosa e fotos que tirei agora no safari fotográfico que foi o nosso encontro.
A Ria Formosa é um sapal situado na província do Algarve em Portugal, que se estende pelos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António, abrangendo uma área de cerca de 18.400 hectares ao longo de 60 quilómetros desde o rio Ancão até à praia da Manta Rota.

A norte, em toda a extensão, o fim da laguna não tem uma delimitação precisa, uma vez que é recortada por salinas, pequenas praias arenosas, por terra firme, agricultável e por linhas de água doce que nela desaguam .

A sua fisionomia é bastante diversificada devido aos canais formados sob a influência das correntes de maré, formando assim, uma rede hidrográfica densa. É uma zona húmida de importância internacional como habitat de aves aquáticas. Está, por este motivo, inscrita na Convenção de Ramsar, pelo que o Governo Português assumiu o compromisso de manter as características ecológicas
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
E a Foz aqui tão perto
Hoje fui comer qualquer coisa ao café, como de costume. O café não é nada de especial, um local bastante feioso, mas com esplanada em frente do Jardim Botânico, o que é, em si mesmo, um privilégio.
Estava ali sentada e pensei: Porque não ir à Foz, nada tenho de compromissos ( que bom estar reformada) está um tempo maravilhoso, sem vento. E calor a sério.
Meu dito, meu feito. Meto-me no autocarro acompanhada do meu IPOD novo ( Touch) e na minha Leica e lá vou eu no autocarro 200 que vai bem cheio de meninos das escolas.
No bar dos Ingleses, não há ninguém dessa nacionalidade, que eu repare, só portugueses. Mas na praia andam alguns turistas a passear e a ...namorar. Tudo muito calmo, uma leve névoa, onde pairam as gaivotas, mar chão com poucas ondas e petroleiros lá muito longe, mais sombras que navios.
É bom ouvir a música de Wim Mertens que o meu professor de pintura me emprestou e que gravei no Ipod e olhar para o mar. Ao sol. Enche-me de prazer quase físico...é uma pausa neste "concerto da crise" mais que desafinado e lamentoso.
Enquanto se puder ir à Foz ver o mar pela módica quantia de 1.60 euros, ainda não estamos mal. Mas se tomarmos um café e comermos um queque já pagamos dois euros, o que não é muito, pois podemos sentar-nos em deck chairs durante horas. Leio o Y do Publico, a única parte que me interessa hoje em dia...há concertos e teatro em todas as cidades, será que há dinheiro para os bilhetes? É impressionante a quantidade de espectáculos anunciados por esse país fora, com destaque para a minha cidade natal, como era de esperar. Já tenho saudades dum concerto da Gulbenkian ou na Aula Magna. Já foi há 35 anos que saí de lá!
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
O sortilégio do mar
A piscina do hotel onde estou instalada fica em cima do mar, tem água salgada, muito pura e límpida como se pode ver nas fotos que ontem aqui coloquei. Depois dum banho em água a 22º, sentimo-nos refrescados e rejuvenescidos, sobretudo porque a enorme piscina está quase sempre vazia, muitos estrangeiros deitam-se nas espreguiçadeiras a ler ou a beber um drink, mas não tomam banho, não sei porquê. Devem achar a água fria ou não querem estragar o cabelo !!
A dez metros há a possibilidade de mergulhar no mar,
A temperatura tem estado a 23º. Hoje tirei fotos do mar...para se comparar com as da piscina. A gaivota da foto acima não tem dúvidas sobre a sua preferência. Eu tb não!Não há nada como um mergulho no mar para nos tirar toda a ansiedade cá de dentro. O cheiro da maresia é único e a sensação de espaço também.
domingo, 1 de agosto de 2010
Por do sol na Foz
Sempre gostei de jantar ao pé do mar no Verão.
As esplanadas estão um pouco vazias, dado que as tardes nem sempre são muito quentes e o ventinho sopra...
Em contrapartida, dentro dos restaurantes com as grandes vidraças abertas sobre a areia, está-se bem. Não é barato, mas a vista compensa.
Hoje fui jantar com a minha filha ao Bar da Praia da Luz na Foz. Tirei algumas fotos. É um local muito bem cuidado, tem sofás e pufs por todo o lado, uma sala de jantar confortável no inverno com lareira, no verão com uma decoração bonita e fresca. É um pouco caro e demorado...mas enfim.
É bom fazer férias numa cidade como o Porto...nem nos faz falta sair do país. As temperaturas são amenas, as praias são bonitas, há menos carros, está-se bem.
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