Depois das arrumações, resolvi ir ao Botânico tomar um chá e ler ao sol. Estava uma tarde linda e como ontem choveu toda a noite, as plantas riam-se ao sol, verdinhas e frescas. Estive uma hora sentada no novo café a comer um brownie e a beber o meu chá de limão. Li várias páginas de Um Dia, o romance de que vos falei ontem. Estava-se bem, até que chegou um bando de miudos barulhentos - penso que seria uma festa de anos - e quebrou-se o sossego. Fui então passear e consegui tirar mais umas fotos diferentes dos nenufares - agora compreendo o fascínio que Monet sentiu por eles - e do resto do parque, onde as flores agora são diminutas. As escadas do DNA, que restaram da expo Darwin estavam atiradas na relva todas desfeitas, não compreendo porque não deixam ali a escultura montada, já que se gastou dinheiro com ela.
Senti paz e serenidade neste fim de tarde. Também senti que uma etapa mais já está a findar, daqui a pouco estamos em Londres, a minha filha e eu, ela partirá rumo à sua terra adoptada e eu ficarei mais só. É a vida.
Já em casa, consegui comprar bilhetes para ver um musical fantástico que é o sucesso maior em Londres neste momento: Billy Elliot, cuja história já foi feita em filme.
É a história duma criança , filho dum mineiro nos anos 80, que sonha ser bailarino e não tem nem dinheiro, nem o apoio do Pai viuvo para concretizar o seu sonho. A música é de Elton John e promete, pelo que já ouvi da banda sonora. Comprei os bilhetes online, são caros, mas valem a pena. Todos os musicais que vi lá ou na Broadway eram excepcionais e nunca mais os esqueci.