sábado, 17 de setembro de 2011

No segundo dia

Fomos ver a parte histórica da cidade, que a minha filha conhecia mal. Estava uma manhã gloriosa e tudo parecia limpido. Fomos de autocarro até Westminter, mas não entrámos na Abadia, pois os bilhetes eram caríssimos e eu já conheço bem. Em tempos assisti a uma cerimónia das Vésperas na Páscoa, que me encheu as medidas com cânticos fabulosos. Descemos até à ponte de Westminster, donde se avista o Parlamento em todo o seu esplendor e agora também a grande roda - London's Eye - que faz um contraste interessante com os prédios à volta. O rio continua barrento e feioso, comparado com o nosso Douro, parece água de lavar a loiça;-).
Ao pé da ponte há uma fonte lindíssima, que adorei fotografar. Havia gente por todo o lado, alunos de escolas, até a TV e turistas japoneses.



Decidimos depois ir até à Oxford Street para ver o tal Museum of Everything nos armazens Selfridges. Foi uma desilusão. No andar mais baixo, entra-se para a exposição, dividida em cubiculos, onde se podem admirar desenhos, fotos, colagens, pinturas, etc....mas nada me pareceu muito original e a disposição era má, com pouca luz e visibilidade. Enfim, pelo menos não fiquei com pena de não a ter visto.

À noite fomos ao musical Billy Eliott. É um espanto, comovente e lírico até dizer basta, com intérpretes extraordinários, canções que nos fazem lacrimejar, uma história verídica. O programa explica a génese do musical e entrevista várias pessoas ligadas a performance, entre os quais o escritor das letras e o compositor, Elton John.  Para o papel de Billy há quatro adolescentes, todos eles a actuarem pela primeira vez num musical.
As personagens falam com a pronúncia do Yorkshire, que a minha filha tão bem conhece. A peça tem imenso sentido de humor e rimo-nos bastante. Já conhecia muitas das canções, o que é bom. Já vi bastantes musicais, este é um dos melhores, sobretudo porque é mesmo britânico e cobre os anos 80 que foram trágicos para os mineiros do norte e suas famílias. Foi mais uma noite mágica.

Fica aqui mais um excerto do musical. " Merry Christmas, Maggie Thatcher", que é de rir às lágrimas.