Passei umas tres horas por ali...com o tempo acizentado,sabe bem andar por entre as árvores despidas - nem todas - e respirar aquele ar puro. Serralves é tão grande e majestoso que, ao pé dele, o meu botânico parece mignon, um backyard ( quintal) da minha casa. As árvores são enormes , estendem-se a perder de vista, quase a tocar no céu.O Museu é uma obra prima, já lá tirei muitas fotos e todos os dias encontro outros ângulos, facetas ou jogos de sombras originais. Tudo ali é Arte, a Natureza à volta e a Arte feita pelo Homem, nem sempre muito interessante, mas quase sempre impressionante.As exposições são duma dimensão enorme, salas e salas,espaços gigantescos, pinturas que encheriam uma parede do meu atelier, se lá coubessem. Tudo é duma outra dimensão e por isso nos fascina. A disposição dos quadros é excelente, nada se sobrepôe ou interfere, cada quadro ou escultura ou obra tem onde respirar e as pessoas não se acotovelam para as ver. O chão de madeira aumenta esta sensação de conforto e espaço. E depois há as janelas que se abrem sobre o parque e deixam entrever troncos, ramos, figuras esguias e acizentadas, elas também obras de arte.
Gostei das duas exposições. A de Eduardo Batarda é mais previsível,já o conheço há quarenta anos de Lisboa, embora nunca o tivesse visto pessoalmente.Não aprecio assim muito as suas ilustrações do tipo BD e grafitti, masgosto dos quadros grandes, quase monocolores, com muitos riscos e rabiscos eefeitos surpreendentes.
A expo de Thomas Struth, que não me deixaram fotografar, é colossal.Está dividida por temas e se as de fotografias urbanas não me encantaram, os retratos de famílias, as de museus a serem visitados e fotografados no local e as da Natureza paradisíaca,são no mínimo extraordinárias. Um painel que enche uma anorme parede com 4 fotografias de uma sala de museu cheia de gente quase em tamanho natural,
é quase irreal, parece aqueles filmes IMAX. Tenho pena de que não haja mais sofás espalhados pelas salas para nos podermos sentar e admirar a arte com tempo e sem tanto cansaço das pernas.
Ainda passei pelo Bazar de Natal que me chocou ,como sempre, pela inutilidade de objectos que expôem, bibelots supostamente com design original, tudo a preços infames em época de crise. Nisso sou proletária ou sumítica. detesto gastar dinheiro só para dizer que é peça comprada em Serralves. Porque não há-de ser um quadrinho meu mais valioso que um objecto igual a tantos outros, mesmo com assinatura do autor? Mas há gente para tudo e o bazar estava animado. Já a livraria, em contrapartida, não tinha quase ninguém.Os livros de arte são excessivamente caros, mas é bom folheá-los de vez em quando.
Entretanto o Mezzo transmite um recital: Bertrand Chamayou joue les Années de pèlerinage de Liszt . Vale a pena ouvir e fotografar a vista da minha janela com o reflexo do piano. Como diriam os jovens de hoje: Tasse bem!
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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
sábado, 17 de setembro de 2011
No segundo dia
Fomos ver a parte histórica da cidade, que a minha filha conhecia mal. Estava uma manhã gloriosa e tudo parecia limpido. Fomos de autocarro até Westminter,
mas não entrámos na Abadia, pois os bilhetes eram caríssimos e eu já conheço bem. Em tempos assisti a uma cerimónia das Vésperas na Páscoa, que me encheu as medidas com cânticos fabulosos. Descemos até à ponte de Westminster, donde se avista o Parlamento em todo o seu esplendor e agora também a grande roda - London's Eye - que faz um contraste interessante com os prédios à volta.
O rio continua barrento e feioso, comparado com o nosso Douro, parece água de lavar a loiça;-).
Ao pé da ponte há uma fonte lindíssima, que adorei fotografar. Havia gente por todo o lado, alunos de escolas, até a TV e turistas japoneses.
Decidimos depois ir até à Oxford Street para ver o tal Museum of Everything nos armazens Selfridges. Foi uma desilusão. No andar mais baixo, entra-se para a exposição, dividida em cubiculos, onde se podem admirar desenhos, fotos, colagens, pinturas, etc....mas nada me pareceu muito original e a
disposição era má, com pouca luz e visibilidade. Enfim, pelo menos não fiquei com pena de não a ter visto.
À noite fomos ao musical Billy Eliott. É um espanto, comovente e lírico até dizer basta, com intérpretes extraordinários, canções que nos fazem lacrimejar, uma história verídica. O programa explica a génese do musical e entrevista várias pessoas ligadas a performance, entre os quais o escritor das letras e o compositor, Elton John. Para o papel de Billy há quatro adolescentes, todos eles a actuarem pela primeira vez num musical.
As personagens falam com a pronúncia do Yorkshire, que a minha filha tão bem conhece. A peça tem imenso sentido de humor e rimo-nos bastante. Já conhecia muitas das canções, o que é bom. Já vi bastantes musicais, este é um dos melhores, sobretudo porque é mesmo britânico e cobre os anos 80 que foram trágicos para os mineiros do norte e suas famílias. Foi mais uma noite mágica.
Fica aqui mais um excerto do musical. " Merry Christmas, Maggie Thatcher", que é de rir às lágrimas.

Ao pé da ponte há uma fonte lindíssima, que adorei fotografar. Havia gente por todo o lado, alunos de escolas, até a TV e turistas japoneses.
À noite fomos ao musical Billy Eliott. É um espanto, comovente e lírico até dizer basta, com intérpretes extraordinários, canções que nos fazem lacrimejar, uma história verídica. O programa explica a génese do musical e entrevista várias pessoas ligadas a performance, entre os quais o escritor das letras e o compositor, Elton John. Para o papel de Billy há quatro adolescentes, todos eles a actuarem pela primeira vez num musical.
As personagens falam com a pronúncia do Yorkshire, que a minha filha tão bem conhece. A peça tem imenso sentido de humor e rimo-nos bastante. Já conhecia muitas das canções, o que é bom. Já vi bastantes musicais, este é um dos melhores, sobretudo porque é mesmo britânico e cobre os anos 80 que foram trágicos para os mineiros do norte e suas famílias. Foi mais uma noite mágica.
Fica aqui mais um excerto do musical. " Merry Christmas, Maggie Thatcher", que é de rir às lágrimas.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
De novo em viagem por terras de Sua Majestade
No sábado de manhã parto para Leeds de novo.
Já tenho saudades da minha filha e da cidade que ela escolheu para viver e estudar.
Este voltar constante a Inglaterra faz com que me sinta quase uma "filha da terra", conheço bastante bem a cidade e movo-me aí como em nenhuma outra cidade que conheço, nem Lisboa. Sei os autocarros, sei os caminhos, conheço os pubs, os restaurantes e cafés, as ruas cheias de gente e as lojas tentadoras,
A Headrow, rua principal de Leeds,
É óptimo conhecermos cidades estrangeiras assim. Também me sentia bem em Munique quando o meu filho lá vivia, fui lá umas 15 vezes e o bairro onde ficava o seu apartamento T1 numas águas furtadas era o mais cosmopolita e cultural da cidade, mesmo junto a quatro museus principais - as célebres Pinakotheke - e à TUM, Universidade Técnica.
Desta vez quero voltar a York, se fizer bom tempo, é sempre uma cidade acolhedora e muito tradicional o que é uma vantagem, ficando apenas a uma hora de comboio de Leeds, pelo meio duma paisagem maravilhosa do Yorkshire.
Fico sempre nervosa quando vou sozinha - quase sempre - mas depois sinto-me como peixe na água, compreendo a língua bem, o que é uma vantagem e saio do nosso cantinho, que apesar de nos oferecer este tempo lindo, se torna por vezes, um pouco acanhado.
Se não escrever durante estes dias, não fiquem admirados, mas é natural que possa ainda ir contando agumas peripécias, pois o hotel tem Internet e a minha filha um laptop no quarto.
Até à volta, Amigos!
sábado, 24 de julho de 2010
Exposição PICASSO no METROPOLITAN MUSEUM OF ART - NY

Sei que NY não fica ao virar da esquina....mas vale a pena lá ir quase só para ver esta exposição da obra de Picasso. A fundação de Serralves organiza uma viagem a NY e Chicago que inclui uma visita ao MET.

This landmark exhibition is the first to focus exclusively on works by Pablo Picasso (Spanish, 1881–1973) in the Museum's collection. It features three hundred works, including the Museum's complete holdings of paintings, drawings, sculptures, and ceramics by Picasso—never before seen in their entirety—as well as a selection of the artist's prints. The Museum's collection reflects the full breadth of the artist's multi-sided genius as it asserted itself over the course of his long and influential career.



Estes quadros e desenhos são uma amostra minúscula do que se pode ver na exposição.
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