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quinta-feira, 8 de março de 2012

Parabéns, Pai

Embora hoje seja o Dia Internacional da Mulher, não posso deixar de falar de um Homem que nasceu há precisamente 100 anos em Goa, Índia. É o meu Pai. Será sempre um exemplo, um pilar, um orgulho e uma memória viva em todos nós seus filhos, netos e bisnetos. Faleceu há 32 anos, cedo demais, mas deixou uma obra excepcional na área da Pediatria e um legado importante para a sua família tão numerosa.
Já aqui escrevi sobre o seu percurso em 5/12/2010, no aniversário da sua morte, de modo que não vou fazê-lo de novo, remeto-vos para um artigo escrito pelo meu Irmão Mário na revista Pais & Filhos

http://www.facebook.com/#!/photo.php?fbid=10150571002276008&set=pu.173249606007&type=1&theater
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Fica aqui um quadro que fiz há tempos em MDF e que lhe dedico, ele que amava a Natureza e que nos ensinou a amá-la também dum modo especial. Adiciono um excerto da Sinfonia nº 5 da Mahler, o célebre Adagietto, que serve de background ao filme que ele tanto apreciava : Morte em Veneza de Luschino Visconti.


terça-feira, 22 de novembro de 2011

A minha cidade

No Domingo fui almoçar com a família a Gaia para festejar a conclusão do doutoramento da minha nora.
Estava uma tarde linda, daquelas que fazem realçar a maravilha que é o
granito e a harmonia desta cidade, sobretudo quando que se vê do outro lado do rio. Puxei da minha Leica,
o céu de chumbo prometia chuva,mas o sol esbranquiçado que tornava o cenário absolutamente deslumbrante, manteve-se fiel durante aquelas horas, permitindo-nos um café cá fora, admirando um cenário que nunca cansa.

domingo, 13 de novembro de 2011

Aniversário

Hoje faz 31 anos o meu filho mais novo.

Foi um dia muito difícil na minha vida, um do momentos em que a felicidade parece nunca mais chegar...

Tinha dois filhos, um com 4 anos, outra com 14 meses e vivia na minha nova casa há precisamente um mês, depois dum ano terrível passado em casa alheia. Não tinha ninguém no Porto se não o meu marido, a minha sogra tinha partido para a Madeira num congresso, a minha Mãe estava retida em Lisboa com o meu Pai muito doente depois dum AVC que acabou por levá-lo aos 68 anos três semanas mais tarde.

Lembro-me que a médica tinha previsto o nascimento para o dia 13 e eu dissera: Não,espero que não, detesto dias 13s. Mas foi mesmo. Antes de partir para a maternidade, ainda tive de dar de jantar aos dois pequenos e telefonar a uma amiga da minha sogra, pedindo-lhe que viesse a minha casa para ficar com eles, enquanto o meu marido me levava. Foi complicado, a senhora estava com gripe e obriguei-a a sair da cama, o que me custou muitíssimo.
O bébé nasceu as 10.30 da noite. A parteira estava de mau humor, pois fazia anos nesse dia e tinha interrompido o jantar para vir ajudar ao parto (coincidências!).
Fiquei sozinha durante a noite porque o meu marido estava preocupado com os outros meninos, mas percebi que não precisava de ninguém, afinal, a felicidade que eu procurava estava no rosto daquele pequeno ser ao meu lado, de olhos fechados
, angélico, o meu terceiro filho, que viria a ser tão importante na minha vida.

Fica aqui uma das suas músicas preferidas e que ele próprio toca na guitarra:

sábado, 17 de setembro de 2011

No segundo dia

Fomos ver a parte histórica da cidade, que a minha filha conhecia mal. Estava uma manhã gloriosa e tudo parecia limpido. Fomos de autocarro até Westminter, mas não entrámos na Abadia, pois os bilhetes eram caríssimos e eu já conheço bem. Em tempos assisti a uma cerimónia das Vésperas na Páscoa, que me encheu as medidas com cânticos fabulosos. Descemos até à ponte de Westminster, donde se avista o Parlamento em todo o seu esplendor e agora também a grande roda - London's Eye - que faz um contraste interessante com os prédios à volta. O rio continua barrento e feioso, comparado com o nosso Douro, parece água de lavar a loiça;-).
Ao pé da ponte há uma fonte lindíssima, que adorei fotografar. Havia gente por todo o lado, alunos de escolas, até a TV e turistas japoneses.



Decidimos depois ir até à Oxford Street para ver o tal Museum of Everything nos armazens Selfridges. Foi uma desilusão. No andar mais baixo, entra-se para a exposição, dividida em cubiculos, onde se podem admirar desenhos, fotos, colagens, pinturas, etc....mas nada me pareceu muito original e a disposição era má, com pouca luz e visibilidade. Enfim, pelo menos não fiquei com pena de não a ter visto.

À noite fomos ao musical Billy Eliott. É um espanto, comovente e lírico até dizer basta, com intérpretes extraordinários, canções que nos fazem lacrimejar, uma história verídica. O programa explica a génese do musical e entrevista várias pessoas ligadas a performance, entre os quais o escritor das letras e o compositor, Elton John.  Para o papel de Billy há quatro adolescentes, todos eles a actuarem pela primeira vez num musical.
As personagens falam com a pronúncia do Yorkshire, que a minha filha tão bem conhece. A peça tem imenso sentido de humor e rimo-nos bastante. Já conhecia muitas das canções, o que é bom. Já vi bastantes musicais, este é um dos melhores, sobretudo porque é mesmo britânico e cobre os anos 80 que foram trágicos para os mineiros do norte e suas famílias. Foi mais uma noite mágica.

Fica aqui mais um excerto do musical. " Merry Christmas, Maggie Thatcher", que é de rir às lágrimas.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dia de S. Bartolomeu


Dizem que anda o diabo à solta....mas aqui não bule uma folha, está um dia esplendoroso, com sol pleno e calor relativo. Não me apeteceu sair, tinha marcado ir ao Solinca para uma limpeza de pele oferecida por eles e não me apeteceu cuidar da cosmética, não é actividade que me atraia. Para aqui estou calmamente, a passar a tarde em casa, já tratei de roupas, já lavei tampos de cadeiras, já aspirei a sala, agora descanso junto a meu filho que lê o jornal.

Ontem fui com a minha filha e  os meus netos à Feira do Artesanato na Foz. A Feira dura uma semana e todos os dias há vários eventos, desde o desfile de fatos de papel, até bombos, bandas, procissão etc. Não sou grande apreciadora dessas cerimónias, mas gosto da feira, onde se pode ver toda a espécie de trabalhos de mãos, feitos pelos artesãos, alguns já velhotes, mas sempre a trabalhar nas vergas, nas cerâmicas e até na gastronomia, nas farturas , no leitão ou nos queijos de ovelha.
Os meus netos deliraram com um insuflado gigante, onde saltavam crianças de todos os tamanhos, descalços e felizes...apeteceu-me loucamente ir para ali saltar também e sentei-me num banco a acompanhar os baloiçar dos corpos, os risos e a felicidade dos miúdos. Quase nem vi o resto da feira tal era a alegria deles! Trouxe para casa farturas , ovos moles, pão de lenha, queijo da serra, leitão com batatas fritas...fizémos um jantar de truz! O meu neto mais novo que não gosta de doces - felizardo! - comeu um rissol de leitão e disse que estava divinal:))
O sítio é lindo e as margens do Douro estavam convidativas. Só me apetecia pegar num daqueles barquinhos a remos e sair rumo à Afurada, ao Areinho, ver o pôr do sol no rio e no mar... e, por uma vez , deixar de ser uma Avó convencional.

Dia de S. Bartolomeu


Dizem que anda o diabo à solta....mas aqui não bule uma folha, está um dia esplendoroso, com sol pleno e calor relativo. Não me apeteceu sair, tinha marcado ir ao Solinca para uma limpeza de pele oferecida por eles e não me apeteceu cuidar da cosmética, não é actividade que me atraia. Para aqui estou calmamente, a passar a tarde em casa, já tratei de roupas, já lavei tampos de cadeiras, já aspirei a sala, agora descanso junto a meu filho que lê o jornal.

Ontem fui com a minha filha e  os meus netos à Feira do Artesanato na Foz. A Feira dura uma semana e todos os dias há vários eventos, desde o desfile de fatos de papel, até bombos, bandas, procissão etc. Não sou grande apreciadora dessas cerimónias, mas gosto da feira, onde se pode ver toda a espécie de trabalhos de mãos, feitos pelos artesãos, alguns já velhotes, mas sempre a trabalhar nas vergas, nas cerâmicas e até na gastronomia, nas farturas , no leitão ou nos queijos de ovelha.
Os meus netos deliraram com um insuflado gigante, onde saltavam crianças de todos os tamanhos, descalços e felizes...apeteceu-me loucamente ir para ali saltar também e sentei-me num banco a acompanhar os baloiçar dos corpos, os risos e a felicidade dos miúdos. Quase nem vi o resto da feira tal era a alegria deles! Trouxe para casa farturas , ovos moles, pão de lenha, queijo da serra, leitão com batatas fritas...fizémos um jantar de truz! O meu neto mais novo que não gosta de doces - felizardo! - comeu um rissol de leitão e disse que estava divinal:))
O sítio é lindo e as margens do Douro estavam convidativas. Só me apetecia pegar num daqueles barquinhos a remos e sair rumo à Afurada, ao Areinho, ver o pôr do sol no rio e no mar... e, por uma vez , deixar de ser uma Avó convencional.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

PARABÉNS , COR EM MOVIMENTO



Há 2 anos escrevia isto:

O meu lema foi sempre " HAPPINESS IS LOOKING FORWARD TO" - ou seja, a felicidade reside no anseio por alguma coisa. Este blogue é, ainda, apenas o anseio, a expectativa. E o gosto pela Arte.

Hoje posso dizer que este blogue é muito mais que um anseio, já é um "must" na minha vida. Todos os dias aqui escrevo ou coloco uma foto, uma pintura, uma notícia, uma opinião, uma sugestão, um entusiasmo...

Hoje resolvi pintar o meu blogue: Cor em movimento

Está aqui. Para todos vós que me lêem!


E em homenagem ao meu irmão que incentivou esta iniciativa, fica aqui um poema dele:

Que fazer
com a réstia de luar
que se acolhe no mar
no regaço da noite?

Transportá-la
nas mãos em concha?
Conservá-la
numa redoma?

Ou deixá-la
simplesmente
a cintilar
com o desejo ardente
de ser eu
o mar?



Mário Cordeiro

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

2 anos já !

Faz amanhã dois anos que iniciei este blogue.

Daí ter decidido mudar-lhe o visual...já estava m pouco cansada da mesma pintura e, embora goste dela, também aprecio outras que em tempos fiz.
Esta foi das primeiras que pintei pelo processo da mistura de tintas líquidas. Pintei-a numa noite, sozinha em casa. Está no meu quarto e quando entro vejo-a logo, pois ocupa grande parte da parede. Tem movimento e tem cor, muita cor e luz.

Espero que este blogue também irradie alguma luz e não se torne demasiado subjectivo e intimista. Sei que há quem considere os blogues todos um mero exercício de narcisismo e introspecção que não interessam a ninguém....:).

Continuarei enquanto gostar de escrever e fotografar o que me rodeia. Os leitores julgarão por si se vale a pena ler ou não.

Fica aqui um texto conhecido de Fernando Pessoa sobre o mistério da ARTE.

O Objectivo da Arte não é Ser Compreensível Toda a arte é expressão de qualquer fenómeno psíquico. A arte, portanto, consiste na adequação, tão exacta quanto caiba na competência artística do fautor, da expressão à cousa que quer exprimir. De onde se deduz que todos os estilos são admissíveis, e que não há estilo simples nem complexo, nem estilo estranho nem vulgar.
Há ideias vulgares e ideias elevadas, há sensações simples e sensações complexas; e há criaturas que só têm ideias vulgares, e criaturas que muitas vezes têm ideias elevadas. Conforme a ideia, o estilo, a expressão. Não há para a arte critério exterior. O fim da arte não é ser compreensível, porque a arte não é a propaganda política ou imoral.


Fernando Pessoa, in 'Sobre «Orpheu», Sensacionismo e Paùlismo'

terça-feira, 28 de junho de 2011

terça-feira, 16 de novembro de 2010

ANIVERSÁRIO



Os meus Pais fariam hoje 70 anos de casados.

Já cá não estão, mas para nós, a família, serão sempre os pilares desta grande prole: oito filhos, vinte e um netos, trinta bisnetos, dos 69 anos ao 1 dia de idade. Espero não me ter enganado nas contas:)

Os meus Pais viveram sempre um para o outro e para os filhos. Viveram bem, gozando todos os momentos que a vida lhes proporcionou, o meu Pai procurando tornar o país melhor no campo da Pediatria, a minha Mãe, cuidando de nós e ajudando-o , sendo ela também parte integrante do seu brilhante projecto de vida e carreira. O meu Pai faleceu faz em Dezembro trinta anos, a minha Mãe sobreviveu-lhe mais vinte e dois anos, nunca o esquecendo e orgulhando-se sempre muitissimo do seu marido, de quem falava a toda a hora aos netos e bisnetos. teriam agora 98 e 92 anos, respectivamente, o que não foi possível, infelizmente.

Fomos privilegiados, sem dúvida e por isso, aqui fica a memória deles, que, à medida que envelhecemos, se nos torna mais nítida e transparente.

Duas peças de música que cada um apreciava e que me comovem sempre que as oiço.

Ao meu Pai:



À minha Mãe:



Bem hajam, onde quer que estejam!

domingo, 1 de agosto de 2010

Faz hoje um ano nasceu este blogue



Claude Monet - Nympheas


Na altura escrevi estas palavras:

Quero que este blogue seja um espaço de reflexão sobre ARTE - música, pintura e fotografia, em especial. Quero que através dele se descubram trilhos e caminhos novos, recordando os já conhecidos e amados. Espero que haja leitores conhecedores e interessados, penso que os temas são ilimitados e eu "só sei que nada sei".
O meu lema foi sempre " HAPPINESS IS LOOKING FORWARD TO" - ou seja, a felicidade reside no anseio por alguma coisa.
Este blogue é, ainda, apenas o anseio, a expectativa. E o gosto pela Arte.


De anseio e expectativa, este blogue passou a realidade. De utopia a palavras e actos palpáveis. De sonhos a concretizações. No plano humano e no plano virtual. Este blogue aproximou pessoas, fê-las interagir, deu-lhes "food for thought" ( alimento para a alma)e tem razão para continuar. Posso afirmá-lo sem ponta de vaidade porque não fui eu que produzi este blogue, mas todos os quase 38.000 visitantes que aqui passaram ou por aqui ficaram. A eles devo um agradecimento caloroso.

Ninguém pode imaginar a felicidade que este blogue me proporcionou neste 12 meses, todos os dias, estes bocadinhos passados aqui são uma luz na minha vida...

Falaremos sobre isto daqui a um ano. OBRIGADA!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Hoje faço anos :) ( Muitos)


Não pretendo com esta entrada solicitar manifestações de entusiasmo ou alegria da vossa parte, mas somente exprimir, como as crianças, a minha felicidade por estar aqui. Já há quase um ano que este blogue começou e não houve um dia em que desse o "trabalho"por mal empregado. Gosto deste convívio, gosto de comunicar, de traduzir o que sinto e de o fazer dum modo positivo para que todos os que lêem isto se sintam felizes também.
Vai aqui uma foto tirada na expo do Spaso Zen.

Obrigada!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

SPASO ZEN - EXPO COR EM MOVIMENTO

Foi hoje o 3º aniversário do Spazo Zen -Wellness and Beauty - como já escrevi um local onde nos sentimos bem - onde a frase "mens sana e corpore sano" tem significado. Só o frequento para tratar do cabelo, pois não sei fazê-lo em casa e esporadicamente vou a uma massagem quando tenho as costas demasiado doridas.Por vezes a minha amiga Sónia oferece-me uns mimos:)


Há tempos propuseram-me fazer uma expo nesse espaço, que é muito bem decorado, todo em tons de preto e branco, toalhas, aquários, flores, tapetes, armários a condizer. Espelhos por todo o lado como é usual em salões de beleza. Lá dentro há salas de massagem, jacuzzi, salinha de chá e meditação. Tudo muito ZEN!
Onde caberiam os quadros?, perguntei-me. Mas couberam.







A festa foi muito bonita, o meu neto tocou quatro peças sozinho e acompanhado da Mãe, houve bolo, bolachas excelentes (ZEN?), chá de frutos tropicais.Conheci duas pintoras e outras pessoas interessantes e agradeço às duas promotoras desta iniciativa, Sónia e Pureza o prazer que me deram - e continuam a dar - ao ver os meus quadros a decorar um espaço tão bonito esteticamente.

Tirei umas fotos, sem muita luz.Mas aqui vão.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

PORTO GRAFIA - Espaço VIVACIDADE



Inaugurou-se hoje a exposição PORTO GRAFIA, que não é, como diz o seu autor, uma exposição de fotografia,nem de textos, mas uma simbiose entre ambos; eu acrescentaria que é como se estivéssemos a ler um livro sobre a cidade com fotografias belíssimas dos seus cantos e recantos em tamanho ampliado.
Esta inauguração coincidiu com o 1º aniversário do Espaço Vivacidade, realizando-se um cocktail bem servido à moda do Porto, após a sessão cultural.

Estive presente na apresentação do evento, que foi muito emotivo e socialmente concorrido. Pedro Freire de Almeida falou do seu amor à história da cidade do Porto e ao lado menos turístico, às suas tonalidades e charme granítico.

O cantor José Silva puxou da guitarra e cantou baladas de Zeca Afonso, em especial, que trouxeram lágrimas aos olhos, tal a emoção posta no seu canto.

A poetisa e "diseuse" Maria Lourdes Anjos recitou vários poemas e por fim um longo texto de sua autoria com memórias da cidade e referencias inimitáveis aos vários pregões e falares do povo dos bairros onde cresceu e viveu. Foi um momento muito intenso e com grande performance da autora.

Por fim a actriz e encenadora Vera Cunha , uma rapariguinha com aspecto frágil, transformou a sala num palco, personificando uma actriz introspeccionando-se e tentando explicar à audiência a dificuldade de fazer escolhas. Foi muito ovacionada e augurado um grande futuro.

As fotografias que aqui incluo foram extraídas do blogue Imago Mundi. Vai aqui também um vídeo do PORTO Canal com o "Porto grafo" Pedro Freire de Almeida. A entrevista fala por si. E também apresenta algumas fotografias acompanhadas do texto , tal qual como na exposição.


terça-feira, 24 de novembro de 2009

António Gedeão - aniversário- 24/11/1906




Faria hoje 103 anos, se tivesse a longevidade do nosso Manoel de Oliveira. Mas faz/fará anos sempre...e não faz/fará anos nunca, já que a sua poesia é presente, sempre.

Foi meu colega no Liceu Pedro Nunes, era eu uma catraia de 24 anos e ele teria já os seus 60. Olhava para nós com um sorriso altivo e nós corávamos, sabendo QUEM ele era, aquele professor, metodólogo, Rómulo de Carvalho. Foi professor do meu irmão mais novo durante cinco anos.
Os seus poemas são uma mistura de realidade, beleza e ciência em quantidades perfeitas.

Deixo aqui um poema e uma pintura minha que lhe dedico:



Tempo de Poesia

Todo o tempo é de poesia



Desde a névoa da manhã

à névoa do outro dia.



Desde a quentura do ventre

à frigidez da agonia



Todo o tempo é de poesia



Entre bombas que deflagram.

Corolas que se desdobram.

Corpos que em sangue soçobram.

Vidas que a amar se consagram.



Sob a cúpula sombria

das mãos que pedem vingança.

Sob o arco da aliança

da celeste alegoria.



Todo o tempo é de poesia.



Desde a arrumação ao caos

à confusão da harmonia.



FOREVER, GEDEÃO!


E já agora para os "poéticos e literatos" do Porto fica aqui o anuncio de mais uma actividade a não perder:



( clicar para ler)