Há meses vi o filme para crianças da PIXAR, RIO,que me encantou, eu, que, em geral, não gosto muito dos filmes de desenhos animados para crianças e já saí a meio duas vezes com o meu neto apavorado com a história e imagens num ecran gigante em 3D.
O filme RIO é alucinante, como o ritmo daquela cidade. Uma cidade feia, construída num dos locais mais belos do mundo.A gente esquece os prédios de todos os tamanhos e feitios, o betão, a cinzentude, as favelas, os milhões de pessoas com empregos precários, tal é a beleza natural da região, onde a cidade se ergueu. Uma espécie de paraíso.
Nos primeiros dias, o tempo estava muito cizento, as vistas eram limitadíssimas, devido ao nevoeiro cerrado, tanto no Monte do Corcovado como no Pão de Açucar, locais predestinados para se ver a cidade do alto. Mesmo assim conseguimos passear de taxi, ir ao Pão de Açúcar de teleferico, ao Monte de D. Marta, donde se tem uma vista magnifica de parte da cidade.
Tambem démos uma volta à noite pelo Rio no carro da minha Prima Maria Teresa, que finalmente conheci. Estar com ela foi um deslumbramento, pois há muto que a queria conhecer e, por azar, não estava no Porto quando ela veio cá nos anos 90. Ela apenas conheceu os meus filhos.É uma pessoa única e com enorme valor.
Para alem duma refeição excelente feita em sua casa - com tudo o que se pode imaginar de delicioso - e de horas de conversa sobre a família, o Brasil, a nossa profissão, pintura, teatro, etc., ainda fomos juntos ver a peça Dona Flor e Seus Dois Maridos, comédia deliciosa extraída do romance de Jorge Amado. Ri-me imenso, achei a interpretaçãodeliciosa, a facilidade com que os actores se movimentavam no palco, gesticulavam, expunham os seu corpos e brincavam com eles, as falas, os meneanços, as ameaças, os chorinhos, inolvidáveis! E a música popular tb era a propósito. A história: um docinho!!
À vinda, o Rio apresentou-se como nós vemos nos filmes e postais. Luminoso, quente, soalheiro e belo, muito belo.
O hotel que escolhemos pela Internetera uma maravilha. Poucas vezes tenho visto um edificio - adaptado duma fazenda por uma cadeia francesa - com tanto gosto, charme,classe,arte e culturalmente superior. Parecia um museu, com madeiras de todas as espécies, simplicidade e Disse-lhes à partida que iria fazer publicidade de graça no meu blogue e eles riram-se e agradeceram.
O ultimo dia na cidade foi um esplendor.
Fomos ao Corcovado, cujas fotos já pus noutras entradas, era cedo , ainda não havia demasiado povo, como dizia a minha sogra, e os jogos de luz e cor azul indescritíveis. O Cristo é imponente e parece mover-se no azul do céu. Belissimo.