quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Art Nouveau ao som de Elgar

Há tempos fiz um quadro em tons de lilás e azul, que ficou muito especial. Tinha um misto de futurista e de gótico e o efeito com a moldura era lindo. Ofereci-o no Natal a uma pessoa que me é muito querida e ela, segundo me disse, pintou uma parte da parede da sala a combinar com o quadro, tal foi a alegria de o receber.

Hoje encontrei, por acaso, a fotografia do mesmo aqui nos arquivos e tive vontade de usar as mesmas cores num quadro diferente.

Usei impasto para dar a textura que desejava e ainda os tais vidrinhos minúsculos que dão à tela um efeito magnético.

Antes de ir para a fisioterapia, dediquei-me a lançar a tinta muito líquida sobre a tela, em cores muito enigmáticas e frias: branco, azul, violeta, que misturados criaram outros tantos tons maravilhosos.

Quando vim da fisioterapia, olhei para o quadro e gostei, mas precisava de mais branco, estava um pouco escuro demais, apliquei branco diluído e mais violeta. Deixei secar e só agora duas horas mais tarde o fotografei ainda sem verniz que dará o toque final.

Parece Art Nouveau, faz-me lembrar livros que havia em casa da minha Avó cujos inícios de capítulo eram decorados com ilustração muito rebuscada a negro.

Entretanto, pus-me a ouvir um concerto que adoro desde há muito: Concerto para violoncelo de Elgar, que já aqui mencionei a propósito de Jacqueline Du Pré, a violoncelista inglesa que morreu muito nova , mas deixou um legado imortal.

Ficam aqui os dois quadros e o concerto em questão: