Penso que nunca nenhum cantor de música não-erudita, alternativa, pop-rock, indie ou folk, me apaixonou , emocionou, comoveu, espantou e inspirou tanto como Leonard Cohen, desde que comecei a ouvi-lo nos anos 60 - lembram-se de Joan of Arc? - até 2012, em que surge com um novo album, que as críticas têm deitado abaixo injustamente, chamado OLD IDEAS ( ideias antigas ou velhas). As ideias de Cohen não estão minimamente ultrapassadas - temos aliás um exemplo português que o imita um pouquinho, de seu nome Abrunhosa e que tem um sucesso fantástico - porque as suas letras ou poemas , embrulhados em instrumentais extraordinários e acompanhados de vozes femininas embalatórias, continuam a ser lindíssimos, emotivos e mesmo dilacerantes.Ouvi Cohen praticamente durante quarenta anos, comprei os seus discos em vinil, depois em CD e agora uso o Ipod , onde possuo um folder especial com o seu nome e mais de cinquenta versões das suas canções, umas ao vivo, outras muito antigas e voz juvenil, sempre bem orquestradas e interessantes. Também tinha um vídeo ou dois com entrevistas e concertos ao vivo, mas agora já não uso vídeo e o Youtube substitui bem esse aparelho anacrónico.
Usei os seus poemas, as suas músicas e até as suas entrevistas nas aulas sempre com bom feedback dos alunos, que se comoviam ou vibravam comigo, mesmo quando, aparentemente, este tipo de música não era aquele que mais apreciavam.
O que é divinal encanta todos. E Leonard Cohen é genial.
Coloco aqui duas canções , uma antiga outra actual. A diferença na voz é incrível, mas comparando as duas, não sei de qual eu gosto mais, como diria o Marco Paulo:)).