terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Dia do AMOR

Como se houvesse dias marcados para se amar...

Nunca festejei este dia, embora com os meus alunos fizéssemos quadras que se metiam num saco e depois eram lidas em voz alta para gáudio dos adolescentes.

Benfica is red, Porto is blue, my dear....., I love YOU.

Lembro-me desta singela e muito popular.

O amor é tão difícil de definir e algo tão íntimo que todas as parfernálias inventadas por razões comerciais, os programas pirosos ou as montras das lojas me chocam.

Nunca gostei de demonstrações de amor em público e diria como o Principezinho " L'Essentiel est invisible pour les yeux".

Aqui fica a passagem mais linda desse livro e uma das canções de amor que me faz chorar invariavelmente.


Foi então que apareceu a raposa.
- Olá, bom dia! - disse a raposa.
- Olá, bom dia! - respondeu delicadamente o principezinho que se voltou mas não viu ninguém.
- Estou aqui - disse a voz - debaixo da macieira.
- Quem és tu? - perguntou o principezinho. - És bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.

(...)

- Anda brincar comigo - pediu-lhe o principezinho. - Estou triste...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Não estou presa...

(...)

- O que é que "estar preso" quer dizer - disse o principezinho?
- É a única coisa que toda a gente se esqueceu - disse a raposa. - Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.
- Laços?
- Sim, laços - disse a raposa. - Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo...

(...)